- ID
- 3060700
- Banca
- VUNESP
- Órgão
- Câmara de Piracicaba - SP
- Ano
- 2019
- Provas
- Disciplina
- Português
- Assuntos
Humanoide perde a vez entre robôs
Discretamente, o Google está reformulando seu ambicioso programa de robótica. Lançado em 2013, o projeto incluía
duas equipes especializadas em máquinas que pareciam e
se moviam como seres humanos. No entanto, pouco sobrou
desse projeto. A proposta agora é de usar robôs mais simples,
que possam aprender por si mesmos certas habilidades.
“O New York Times” foi o primeiro jornal a conhecer parte
da tecnologia na qual a companhia vem trabalhando. Embora
as máquinas não sejam tão atraentes visualmente quanto os
robôs humanoides, os pesquisadores acreditam que a tecnologia sutilmente mais avançada no interior delas tem mais
potencial no mundo real. Os robôs aprendem sozinhos habilidades como organizar um conjunto de objetos não familiares
ou locomover-se no meio de obstáculos inesperados.
Muitos acreditam que o aprendizado de máquinas – e
não a criação de novos equipamentos extravagantes – será a
chave para o desenvolvimento da robótica voltada para manufatura, automação de depósitos de materiais, transporte e
outras atividades.
Numa tarde no novo laboratório, um braço robótico pairava sobre uma lata cheia de bolas de pingue-pongue, cubos
de madeira, bananas de plástico e outros objetos escolhidos
ao acaso. Em meio a essa confusão, o braço robótico pegou
com dois dedos uma banana de plástico e, com um suave
movimento de punho, jogou-a numa lata menor que estava
a vários centímetros de distância. Foi um feito admirável.
Na primeira vez que viu os objetos, o braço não sabia como
pegar uma única peça. Porém, equipado com uma câmera
que “olhava” dentro da lata, o sistema aprendeu depois de 14
horas de tentativa e erro.
O braço mais tarde aprendeu a jogar itens nas latas certas, com 85% de acerto. Quando os pesquisadores tentaram
executar a mesma tarefa, a média foi de 80%. Parece uma
tarefa muito simples, todavia criar um código de computador
para dizer a uma máquina como fazer isso é algo extremamente difícil.
O braço que joga objetos numa lata não é uma máquina
desenhada pelos pesquisadores. Fabricado pela Universal
Robots, ele é comumente usado em manufatura e outras atividades. O que o Google está fazendo é treiná-lo para que
faça coisas que, de outro modo, ele não faria. “O aprendizado
está nos ajudando a superar o desafio de construir robôs de
baixo custo”, diz Vikash Kumar, supervisor do projeto.
(Cade Metz. The New York Times. Publicado pelo jornal O Estado de
São Paulo em 14.04.2019. Tradução de Roberto Muniz. Adaptado)
Considere as frases elaboradas a partir das ideias do texto.
• A empresa tem um ambicioso programa de robótica e decidiu reformular esse ambicioso programa.
• Alguns robôs lidam com objetos não familiares, e os pesquisadores analisam como organizam esses objetos.
De acordo com o emprego e a colocação dos pronomes
estabelecidos pela norma-padrão, os trechos em destaque podem ser substituídos por: