SóProvas


ID
3070327
Banca
FCC
Órgão
SABESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Em 1938, o cineasta Orson Welles causou algumas horas de pânico ao fazer crer a milhares de ouvintes de rádio que o planeta estava sob ataque de marcianos. A dramatização, transmitida às vésperas do Halloween (dia das bruxas) em forma de programa jornalístico, tinha todas as características do radiojornalismo da época, às quais os ouvintes estavam acostumados. Hoje, talvez Welles provocasse um estrago ainda maior caso empregasse seu talento nas mídias sociais, onde notícias falsas enganam milhões diariamente em todo o mundo.

      Nos EUA, o debate sobre os efeitos nocivos de informações inverídicas ganhou força com a recente eleição − em que os norte-americanos se informaram maciçamente pelas redes sociais. Levantamentos mostraram que em diversas ocasiões o presidente eleito foi beneficiado pela leva de informações fabricadas. Ainda que seja quase impossível medir o impacto do fenômeno na definição do resultado eleitoral, a gravidade do problema não se apaga.

      No Brasil, a prática também preocupa. Muitas vezes, veículos da imprensa profissional precisam desmentir as mentiras, tão depressa elas se espalham.

      Em Mianmar, país em lento processo de democratização, violentas ondas de ataque contra muçulmanos têm sido atribuídas à circulação de notícias fictícias.

      Os grandes oligopólios da internet fogem da responsabilização pela montanha de barbaridades a que dão vazão. Não pecam apenas pela passividade, contudo. Associam-se às estratégias liberticidas e censórias de ditaduras.

      Nesse quadro que ameaça os pilares da arquitetura democrática do Ocidente, o jornalismo profissional, compromissado com os fatos e a ampla circulação das ideias, torna-se ainda mais necessário.

                     (Adaptado de: FSP. Editorial. Disponível em: www1.folha.uol.com.br/opinião

Hoje, talvez Welles provocasse um estrago ainda maior...


O elemento sublinhado acima possui, no contexto, a mesma função sintática que o sublinhado em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    → Hoje, talvez Welles provocasse um estrago ainda maior... → o termo é um objeto direto do verbo "provocar" (aquilo que provoca, provoca alguma coisa → exige um complemento sem preposição, um objeto direto), é o que queremos:

    A) ... que o planeta estava sob ataque de marcianos. → temos um predicativo do sujeito, marca uma característica momentânea do sujeito;

    B) Em 1938, o cineasta Orson Welles causou algumas horas de pânico... → temos o sujeito: Quem causou? O cineasta Orso Welles causou...

    C) Nos EUA, o debate sobre os efeitos nocivos de informações inverídicas ganhou força... → temos um complemento nominal, completando o sentido do substantivo "debate", debate SOBRE alguma coisa.

    D) ... veículos da imprensa profissional precisam desmentir as mentiras... → temos a nossa resposta, um objeto direto, precisam desmentir alguma coisa (as mentiras, complemento verbal sem preposição, um objeto direto).

    E) ... em que os norte-americanos se informaram maciçamente pelas redes sociais. → temos um adjunto adverbial de lugar, indica o lugar por que se informaram.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • Quando for resolver esse tipo de questão, comece pelo verbo.

  • GAB DDDDD

    AMBOS SÃO OD

  • Verbo Transitivo Direto (VTD) - É um verbo que exige complemento sem preposição.

    O grande problema, é que na maioria das vezes, as frases nunca vem na ordem (Sujeito, Verbo, Complemento e Adjunto). por isso, a identificação do verbo é essencial.