SóProvas


ID
3077107
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                              Passagem pela adolescência


      "Filho criado, trabalho redobrado." Esse conhecido ditado popular ganha sentido quando chega a adolescência. Nessa fase, o filho já não precisa dos cuidados que os pais dedicam à criança, tão dependente. Mas, por outro lado, o que ele ganha de liberdade para viver a própria vida resulta em diversas e sérias preocupações aos pais. Temos a tendência a considerar a adolescência mais problemática para os pais do que para os filhos. É que, como eles já gozam de liberdade para sair, festejar e comemorar sempre que possível com colegas e amigos de mesma idade e estão sempre prontos a isso, parece que a vida deles é uma eterna festa. Mas vamos com calma porque não é bem assim.

      Se a vida com os filhos adolescentes, que alguns teimam em considerar um fato aborrecedor, é complexa e delicada, a vida deles também o é. Na verdade, o fenômeno da adolescência, principalmente no mundo contemporâneo, é bem mais complicado de ser vivido pelos próprios jovens do que por seus pais. Vejamos dois motivos importantes.

      Em primeiro lugar, deixar de ser criança é se defrontar com inúmeros problemas da vida que, antes, pareciam não existir: eles permaneciam camuflados ou ignorados porque eram da responsabilidade só dos pais. Hoje, esse quadro é mais agudo ainda, já que muitos pais escolheram tutelar integralmente a vida dos filhos por muito mais tempo.

      Quando o filho, ainda na infância, enfrenta dissabores na convivência com colegas ou pena para construir relações na escola, quando se afasta das dificuldades que surgem na vida escolar - sua primeira e exclusiva responsabilidade -, quando se envolve em conflitos, comete erros, não dá conta do recado etc., os pais logo se colocam em cena. Dessa forma, poupam o filho de enfrentar seus problemas no presente, é claro, mas também passam a ideia de que eles não existem por muito mais tempo.

      É bom lembrar que a escola - no ciclo fundamental - deveria ser a primeira grande batalha da vida que o filho teria de enfrentar sozinho, apenas com seus recursos, como experiência de aprender a se conhecer, a viver em comunidade e a usar seu potencial com disciplina para dar conta de dar os passos com suas próprias pernas.

      Em segundo lugar, o contexto sociocultural globalizado atual, com ideais como consumo, felicidade e juventude eterna, por exemplo, compromete de largada o processo de amadurecimento típico da adolescência, que exige certa dose de solidão para a estruturação de tantas vivências e, principalmente, interlocução. E com quem os adolescentes contam para conversar?

      Eles precisam, nessa época de passagem para a vida adulta, de pessoas dispostas a assumir o lugar da maturidade e da experiência com olhar crítico sobre as questões existenciais e da vida em sociedade para estabelecer com eles um diálogo interrogador. Várias pesquisas já mostraram que os jovens dão grande valor aos pais e aos professores em suas vidas. Entretanto, parece que estamos muito mais comprometidos com a juventude do que eles mesmos.

      Quem leva a sério questões importantes para eles em temas como política, sexualidade, drogas, ética, depressão e suicídio, vida em família, vida escolar, violência, relações amorosas e fidelidade, racismo, trabalho etc.? Quando digo levar a sério me refiro a considerar o que eles dizem e dialogar com propriedade, e não com moralismo ou com excesso de jovialidade. E, desse mal, padecem muitos pais e professores que com eles convivem.

      Os adolescentes não conseguem desfrutar da solidão necessária nessa época da vida, mas parece que se encontram sozinhos na aventura de aprender a se tornarem adultos. Bem que merecem nossa companhia, não?

SAYÃO, Rosely. “As melhores crônicas do Brasil”. In cronicasbrasil.blogspot.com/ search/label/Adolescência. 

O termo sublinhado em “Quando o filho, ainda na infância, enfrenta dissabores na convivência com colegas ou pena para construir relações na escola” (4º §) é forma flexionada do verbo “penar”, no sentido de “sofrer”, “padecer”. Comparando-se o referido termo com o substantivo “pena”, de “plumagem”, pode-se afirmar que é um fato semântico denominado:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E

    → pena (verbo "penar"); pena (substantivo, refere-se a penugem);

    >>> temos homônimos perfeitos >>> iguais na escrita, no som, mas possuem significados diferentes; outros exemplos: cedo (advérbio) cedo (verbo "ceder"), banco (instituição financeira) banco (assento)...

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • GABARITO E

    PARONIMOS

    Grafia (escrita): parecida

    Fonética (som): parecida

    Significado: diferente

    EX:soar e suar

    Homônimos são palavras que apresentam significados diferentes, mas que são pronunciadas da mesma forma, como cem e sem.

    “penar”, no sentido de “sofrer”,

    “pena”, de “plumagem

  • Tá difícil eu gravar a diferença entre polissemia e homonímia; alguém tem uma dica?

  • LUIZ FELIPE, palavras polissêmicas são idênticas (mesmo som e mesma grafia), porém a classificação morfológica não se altera (ex: BANCO --> pode ser o banco da praça ou onde se deposita e retira dinheiro. Perceba que ambos os casos são substantivos)

    Já com homônimos a palavra muda de classe gramatical, como no exemplo acima (pena: verbo; pena: substantivo)

  • Homônimos:

    - Homógrafos são palavras iguais na escrita e diferentes na pronúncia.

    Ex: colher (verbo), colher (subst.)

    - Homófonos são palavras iguais na pronúncia e diferente na escrita.

    Ex. cela (pequeno quarto), sela (forma do verbo selar)

    -Homógrafos e Homófonos (perfeitos) se tem a mesma pronúncia e escrita.

    Ex. canto (esquina, ponta), canto (verbo cantar)

    Parônimos: São palavras parecidas com significado diferente.

    Ex. deferir (atender), diferir (distinguir-se, divergir)

    Polissemia: uma mesma palavra que produz vários significados.

    Ex. O rapaz é um tremendo gato./ O gato do vizinho é peludo.

     

  • Parônimo - apresentam grafia e pronúncia parecida, mas com significados diferentes.

    Homônimo - apresentam grafia e pronuncia igual a de outra palavra, porém com outro significado.

  • homônimos perfeitos - palavras iguais na grafia e na pronuncia.

  • HOMINÍMIA

    É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de possuírem significados diferentes, possuem a mesma estrutura fonológica.

    HOMÓGRAFAS - são as palavras iguais na escrita e diferentes na pronúncia. (GOSTO - substantivo/GOSTO - 1ª pessoa do singular).

    HOMÓFONAS - são as palavras iguais na pronúncia e diferentes na escrita. (CELA - substantivo/ SELA-verbo)

    HOMOFONAS HOMOGRÁFICAS - são as palavras iguais na pronúncia e na escrita.diferente. (CURA - substantivo/ CURA-verbo)

    POLISSEMIA

    É a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar vários significados.

    Exemplos:

    Ele ocupa um alto posto na empresa.

    Abasteci meu carro no posto da esquina.

    Os convites eram de graça.

    Os fiéis agradecem a graça recebida.

  • Lembrar que: para ser POLISSEMIA a palavra/vocábulo deve pertencer a MESMA CLASSE GRAMATICAL e possuir MAIS DE UM SIGNIFICADO.

    No exemplo da questão são classes diferentes, respectivamente, Pena (verbo penar) e Pena (substantivo), por isso não é a correta.

    GABARITO: D (homonímia perfeita = mesma grafia e mesma pronúncia)

  • Homônimos:

    Grafia igual

    Pronúncia igual

    Sentido diferente

  • , ,,v,

  • Gabarito: E

    Homonimia - apresenta mesmo som e mesma grafia, mas com significados diferentes.

  • Diferença entre:

    HOMONÍMIA: apresenta mesmo som e mesma grafia, mas com significados diferentes. E as palavras são classes gramaticais diferentes (num caso é verbo, no outro é substantivo).

    POLISSEMIA: É a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar vários significados. Por mesma palavra, deve-se entender mesma classe gramatical.

    Acho que a diferença é basicamente essa. Se eu estiver errado, peço que me corrijam, porque essa questão me enlouqueceu.

  • Assertiva E

    homonímia.

  • POLISSEMIA: Classes gramaticais iguais!

  • POLISSEMIA: Classes gramaticais iguais!

  • Pelo que tenho estudo....a diferença entre polissemia e homônimos perfeitos está na ideia/origem da palavra. Se tem mesma origem/ideia fundamental e igual pronúncia e grafia, é caso de polissemia( ex. Letra- de música, escrita, alfabeto); se tem origem diversa e igual pronúncia e grafia, é caso de homônimo perfeito(ex. Banco-instituição financeira; Banco- assento).

  • Polissemia: uma palavra que possui vários significados, porém, todos guardam alguma relação entre si.

    Exemplos:

    Os anéis de Saturno.

    Meu anel de noivado.

    Em ambos os casos a palavra anel remete a algo circular.

    Eu sou graduada em História.

    Você não sabe a história da minha vida.

    Em ambos os casos a palavra história faz menção a algo do passado.

    Homonímia: são palavras com grafia e pronúncia iguais, porém, não guardam qualquer relação entre si, veja:

    A pata machucou a pata.

    temos a pata (animal) e pata (membro inferior do animal)

    Tenho pena de você. (dó)

    Vi uma pena no parque. (pluma)

    Eu uso esse raciocínio para resolver esse tipo de questão. Espero que ajude.

    Bons estudos!!!