SóProvas


ID
3077119
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                              Passagem pela adolescência


      "Filho criado, trabalho redobrado." Esse conhecido ditado popular ganha sentido quando chega a adolescência. Nessa fase, o filho já não precisa dos cuidados que os pais dedicam à criança, tão dependente. Mas, por outro lado, o que ele ganha de liberdade para viver a própria vida resulta em diversas e sérias preocupações aos pais. Temos a tendência a considerar a adolescência mais problemática para os pais do que para os filhos. É que, como eles já gozam de liberdade para sair, festejar e comemorar sempre que possível com colegas e amigos de mesma idade e estão sempre prontos a isso, parece que a vida deles é uma eterna festa. Mas vamos com calma porque não é bem assim.

      Se a vida com os filhos adolescentes, que alguns teimam em considerar um fato aborrecedor, é complexa e delicada, a vida deles também o é. Na verdade, o fenômeno da adolescência, principalmente no mundo contemporâneo, é bem mais complicado de ser vivido pelos próprios jovens do que por seus pais. Vejamos dois motivos importantes.

      Em primeiro lugar, deixar de ser criança é se defrontar com inúmeros problemas da vida que, antes, pareciam não existir: eles permaneciam camuflados ou ignorados porque eram da responsabilidade só dos pais. Hoje, esse quadro é mais agudo ainda, já que muitos pais escolheram tutelar integralmente a vida dos filhos por muito mais tempo.

      Quando o filho, ainda na infância, enfrenta dissabores na convivência com colegas ou pena para construir relações na escola, quando se afasta das dificuldades que surgem na vida escolar - sua primeira e exclusiva responsabilidade -, quando se envolve em conflitos, comete erros, não dá conta do recado etc., os pais logo se colocam em cena. Dessa forma, poupam o filho de enfrentar seus problemas no presente, é claro, mas também passam a ideia de que eles não existem por muito mais tempo.

      É bom lembrar que a escola - no ciclo fundamental - deveria ser a primeira grande batalha da vida que o filho teria de enfrentar sozinho, apenas com seus recursos, como experiência de aprender a se conhecer, a viver em comunidade e a usar seu potencial com disciplina para dar conta de dar os passos com suas próprias pernas.

      Em segundo lugar, o contexto sociocultural globalizado atual, com ideais como consumo, felicidade e juventude eterna, por exemplo, compromete de largada o processo de amadurecimento típico da adolescência, que exige certa dose de solidão para a estruturação de tantas vivências e, principalmente, interlocução. E com quem os adolescentes contam para conversar?

      Eles precisam, nessa época de passagem para a vida adulta, de pessoas dispostas a assumir o lugar da maturidade e da experiência com olhar crítico sobre as questões existenciais e da vida em sociedade para estabelecer com eles um diálogo interrogador. Várias pesquisas já mostraram que os jovens dão grande valor aos pais e aos professores em suas vidas. Entretanto, parece que estamos muito mais comprometidos com a juventude do que eles mesmos.

      Quem leva a sério questões importantes para eles em temas como política, sexualidade, drogas, ética, depressão e suicídio, vida em família, vida escolar, violência, relações amorosas e fidelidade, racismo, trabalho etc.? Quando digo levar a sério me refiro a considerar o que eles dizem e dialogar com propriedade, e não com moralismo ou com excesso de jovialidade. E, desse mal, padecem muitos pais e professores que com eles convivem.

      Os adolescentes não conseguem desfrutar da solidão necessária nessa época da vida, mas parece que se encontram sozinhos na aventura de aprender a se tornarem adultos. Bem que merecem nossa companhia, não?

SAYÃO, Rosely. “As melhores crônicas do Brasil”. In cronicasbrasil.blogspot.com/ search/label/Adolescência. 

O verbo “dizer”, empregado na oração “Quando digo levar a sério” (8º §), tem flexão irregular, assim como seus derivados “desdizer” e “contradizer”. Considerando esse fato, pode-se afirmar que das frases abaixo contém erro de flexão a seguinte:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    → Se o aluno se contradizer, será repreendido.

    → se ele DISSESSE; se ele se CONTRADISSESSE → conjugação no pretérito imperfeito do subjuntivo.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • SUBJUNTIVO

    se eu contradissessese

    tu contradissesses

    se ele contradissesse

    se nós contradisséssemos

    se vós contradissésseis

    se eles contradissessem

    GABARITO C

  • Se o aluno se contradizer, será repreendido.

  • Letra C

    Verbo: Contradizer-se

    Tempo/Modo: Futuro do Subjuntivo.

    "Se o aluno se contradizer" (ERRADO) => deve ter o mesmo valor dos seguintes verbos reflexivos: "Se o aluno se vestir", "Se o aluno se propuser", "Se o aluno se tornar"

    "Se o aluno se contradisser" (CORRETO)

    Conjugação:

    (quando) Eu contradisser

    (quando) Tu contradisseres

    (quando) Ele contradisser

    (quando) Nós contradissermos

    (quando) Vós contradisserdes

    (quando) Eles contradisserem

  • TEM BASE UM TREM DESSE

    Em 23/10/19 às 22:52, você respondeu a opção B.

    !

    Você errou!Em 21/10/19 às 11:20, você respondeu a opção B.

    !

    Você errou!Em 15/10/19 às 22:12, você respondeu a opção B.

    !

    Você errou!Em 12/10/19 às 15:39, você respondeu a opção B.

    !

    Você errou!Em 08/10/19 às 17:09, você respondeu a opção D

  • Tá repreendido uma questão na minha prova, isso sim!

  • A questão dá a dica, bastava conjugar o verbo "dizer" e comparar nas questões.

  • GABARITO C

    Se o aluno se CONTRADISSER