SóProvas


ID
3082348
Banca
IF-MT
Órgão
IF-MT
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I


             3 Reflexões para entender o pensamento de Zygmunt Bauman

             Sociólogo explora os efeitos do individualismo e da sociedade

                        de consumo nas relações humanas modernas


      O sociólogo polonês Zygmunt Bauman faleceu em janeiro de 2017, aos 91 anos. Suas mais de 50 obras e diversos artigos se dedicam a temas como o consumismo, a globalização e as transformações nas relações humanas.

      Após ter servido durante a Segunda Guerra Mundial, Bauman fez parte do Partido Comunista Polaco e anos mais tarde se formou em Sociologia. Como professor na Universidade de Varsóvia, teve alguns de seus livros e artigos censurados e acabou afastado em 1968.

      Após sofrer perseguições antissemitas na Polônia, partiu para a Grã-Bretanha e trabalhou como professor titular da Universidade de Leeds. De todas as suas contribuições, a obra Modernidade e Holocausto talvez tenha sido a mais emblemática e lhe rendeu, em 1989, o Prêmio Europeu Amalfi de Sociologia e Ciências Sociais. Conheça as principais conclusões de um dos pensadores mais influentes da atualidade:


                  A sociedade pós-moderna sofre mudanças em ritmo intenso

      Para definir as condições da pós-modernidade e discutir as transformações do mundo moderno nos últimos tempos, o sociólogo sempre preferiu usar o termo "modernidade líquida", por considerar "pós-modernidade" um conceito ideológico.

      Bauman escolhe o "líquido" como metáfora para ilustrar o estado dessas mudanças: facilmente adaptáveis, fáceis de serem moldadas e capazes de manter suas propriedades originais. As formas de vida moderna, segundo ele, se assemelham pela vulnerabilidade e fluidez, incapazes de manter a mesma identidade por muito tempo, o que reforça esse estado temporário das relações sociais.

      Há 100 anos, ser moderno significava buscar um ponto de perfeição e hoje representa o progresso constante, sem um resultado final único prestes a ser conquistado.


                       A estrutura familiar mudou drasticamente

      Em entrevista ao canal Quem Somos Nós?, o professor Luís Mauro Sá Martino explica as transformações do conceito de "família" segundo Bauman: "A partir do século 19 ou 20, o afeto e amor surgem como elementos fundadores da família, mas nem sempre foi assim e não é por acaso que nosso imaginário sempre gostou de idealizar as histórias de amor", observa.

      "No passado, as pessoas casavam com quem os pais mandavam, mas os laços de uma família ainda eram algo sagrado. Hoje, por outro lado, constituímos várias "famílias", assumindo as diferenças disso em relação ao mundo pré-moderno, com aindependência e também as dificuldades que essa pluralidade de relacionamentos pode trazer."


                       As conexões no mundo moderno foram individualizadas

      Bauman observa que o século 20 sofreu uma passagem da sociedade de produção para a sociedade de consumo. Com isso, também passamos pelo processo de fragmentação da vida humana e deixamos de pensar em termos de comunidade — a qual nação, grupos ou movimento político pertencemos. A identidade pessoal, após essa transformação, restringiu o significado e propósito da vida e da felicidade a tudo aquilo que acontece com cada pessoa individualmente.

      "A ideia de progresso foi transferida da ideia de melhoria partilhada para a de sobrevivência do indivíduo", resumiu o sociólogo em entrevista para a revista Cult. "O progresso é pensado não mais a partir do contexto de um desejo de corrida para a frente, mas em conexão com o esforço desesperado para se manter na corrida."

Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2016/12/3-reflexoes-para-entender-o-pensamento-de-zygmuntbauman.html. Acessado em: 15/05/2019

Considerando o excerto: "Sociólogo explora os efeitos do individualismo", marque a alternativa em que aparece sublinhada a mesma função sintática do termo em destaque:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    → "Sociólogo explora os efeitos do individualismo" >>> quem explora, explora alguma coisa (verbo transitivo direto, exige um complemento sem preposição, o termo em destaque é o objeto direto), é isso que queremos:

    A) "O sociólogo polonês Zygmunt Bauman faleceu em janeiro de 2017 [...]." → temos um adjunto adverbial de tempo.

    B) "Após sofrer perseguições antissemitas na Polônia [...]." → respectivamente: adjunto adnominal e adjunto adverbial de lugar.

    C) "[...] a obra Modernidade e Holocausto talvez tenha sido a mais emblemática e lhe rendeu, em 1989, o Prêmio Europeu Amalfi." → rendeu alguma coisa a alguém (verbo transitivo direto e indireto, pede um complemento sem preposição e um com preposição), algo (o Prêmio Europeu Amalfi → objeto direto), a alguém (lhe → a ele → objeto indireto).

    D) "No passado, as pessoas casavam com quem os pais mandavam [...]." → quem casa, casa com alguém (verbo transitivo indireto, pede um complemento preposicionado, o termo em destaque é o objeto indireto).

    E) "[...] não é por acaso que nosso imaginário sempre gostou de idealizar as histórias de amor". → quem gosta, gosta de alguma coisa (verbo transitivo indireto, pede um termo iniciado pela preposição "de", o termo em destaque é o objeto indireto).

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Sociólogo explora os efeitos do individualismo.

    Explora= V.T.D.

    Os efeitos do individualismo= O.D.

  • A vogal não faz parte do OD?

    ”os efeitos…”