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ID
3082744
Banca
IF-MT
Órgão
IF-MT
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I


                  O filósofo australiano Roman Krznaric mergulhou na história da

                              expressão e concluiu: "A ideia do carpe diem está

                                          sendo roubada pelo consumismo"


      Você sabe o que significa carpe diem? Para o filósofo australiano Roman Krznaric, o real significado da expressão "foi subvertido e corre o risco de desaparecer". Durante a pesquisa para seu livro, Carpe diem: Resgatando a arte de aproveitar a vida, ele se debruçou sobre os mais de 2 mil anos de existência do lema, criado no fim do Império Romano pelo poeta Horácio e que se espalhou pelo planeta com traduções e interpretações diferentes. "A ideia do carpe diem está sendo roubada pelo consumismo", concluiu Krznaric.


                    Qual sua primeira lembrança sobre o carpe diem?

      A primeira vez que ouvi "carpe diem" foi no filme Sociedade dos Poetas Mortos, com Robin Williams. Lembro do momento em que ele fala na sala de aula que "somos comida de minhoca", que todos vão morrer e diz: "Carpe diem, façam da vida de vocês algo extraordinário". Percebi que eu também vou ser comida de minhoca, apesar de tudo na sociedade me dizer que nunca vou morrer. A publicidade diz até que vamos sempre ser jovens. Decidi escrever um livro sobre isso porque a ideia do carpe diem - que é muito antiga, foi pronunciada pela primeira vez há mais de 2 mil anos, pelo poeta latino Horácio - está sendo roubada pelo consumismo. Quando a Nike diz "just do it" em seu slogan, está tentando dizer que aproveitar o dia é comprar alguma coisa. Achei importante lembrar que não devemos deixar nossa liberdade de escolha ser uma liberdade de escolher entre marcas. A gente precisa ser maior. Também escrevi o livro por causa da cultura digital. A gente checa a internet o tempo todo, é o "just tweet it". O carpe diem sempre foi sobre ter experiências diretas do mundo. Claro que pela tela é possível sentir coisas reais, chorar e rir, mas existe uma diferença entre jogar tênis e assistir a uma partida de tênis. A gente começa a virar observadores da vida dos outros e isso também é roubar o espírito do carpe diem. No livro, tento encontrar um antídoto para o que está acontecendo com a liberdade humana.


                                             E você conseguiu?

      É difícil porque nossas vidas estão consumidas pelo consumismo e pelas mídias digitais, que estão tentando roubar nossa atenção e vendê-la para anunciantes.

Mas existem maneiras de recuperar o carpe diem e uma delas é se tornar um detetive de suas próprias escolhas. Pare e pense todos os dias sobre as escolhas que você fez hoje. Não viva a vida automaticamente. Seja super consciente das suas decisões, isso é metade do caminho. Precisamos pensar sobre a morte, acho que devemos ter uma pausa diária para pensar sobre a morte. Não precisa pensar em você morto deitado no caixão, mas sim em como você quer viver até a morte. Imagine: você está morto e vai jantar com os outros vocês que poderia ter sido se tivesse feito outras escolhas. Aquele que estudou muito, o outro que virou um alcoólatra, o que não se esforçou para manter suas relações. Pense nessas versões de você e veja com quem você quer conversar, de quem você gosta. É um jeito de pensar o que fazer com essa única vida que temos.

Disponível em:<https://revistatrip.uol.com.br/trip/o-filosofo-roman-krznaricz-diz-a-ideia-do-carpe-diem-esta-sendo-roubada-pelo-consumismo> . Acesso em: 20 abr. 2019.

Na fala do português brasileiro, são comuns os desvios no uso da colocação do pronome oblíquo átono. Isso não é permitido na escrita. Nesta modalidade, devem ser seguidas as regras gramaticais da norma culta. Diante disso, analise as orações abaixo e assinale aquela que apresenta inadequação quanto à colocação pronominal.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    A) "Aqui, em se plantando tudo dá". → correto utiliza-se a próclise em preposição "em" + verbo no gerúndio.

    B) Desta forma, se resolverá a questão da entrega dos materiais solicitados. → incorreto, verbo no futuro sem fator atrativo, logo se utiliza a mesóclise: resolver-se-á;

    C) A gerente pediu que a ajudássemos nessa tarefa tão árdua. → correto, conjunção integrante sendo fator de próclise.

    D) Resta-lhes, portanto, acatar a decisão judicial. → correto, começo de oração usa-se a ênclise.

    E) Peço-te, por favor: não me entenda mal.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Importante:

    O em + Gerúndio= fator de próclise.

    Não há ênclise após particípio.

    Havendo justificativa para próclise: Desfaz-se a mesóclise.

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • A gerente pediu que a ajudássemos nessa tarefa tão árdua.

    Suponho que a questão seja anulada, pois o verbo pedir é Transitivo Direto e Indireto, isto é, o objeto direto indica aquilo que é pedido(que ajudássemos nessa tarefa tão árdua). Enquanto o objeto indireto indica o destinatário da ação ( o pronome ), mas o pronome "a" só pode ficar na posição de OD, ou seja, deveria ser usado o "lhe " que é naturalmente uma forma utilizável para a posição de OI.

    Corrijam-me se eu estiver errado.

  • Gabarito B

    Pronomes oblíquos: me, nos, te, vos, o, a, os, as, se, lhe, lhes.

    COLOCAÇÃO PRONOMINAL

    PROCLÍTICOS: posicionam antes do verbo.

    Ex.: Nunca me diga não.

    •      Palavra no sentido negativo: nunca, não...

    •      Pronome relativo: que, o qual...

    •      Pronome indefinido: tudo, nada...

    •      Pronome demonstrativo: esse, isso...

    •      Conj. Subordinada: porque, como...

    •      Com advérbios: aqui, bem...

    •      Com gerúndio precedido de preposição em: Em se tratando de...

    •      Orações exclamativa: Os céus te protejam!

    Mesoclíticos: posicionam no meio.

    •      Com o verbo no futuro do presente: sentir-se-á(rei);

    •      Com o verbo no futuro do pretérito: sentir-se-ia (ria - rie).

    Enclíticos: coloca-se após ao verbo.

    •      Quando a oração inicia por verbos: Beije-me...

    •      Nas orações imperativas: Menina, beije-me...

  • Mds, o que esse texto (horrível por sinal) tem a ver com a pergunta??? Além das dicas dos colegas, fica aí mais um ensinamento, ler a pergunta primeiro antes do texto pra não perder tempo com lixo.

  • a questão exige conhecimento de colocação pronominal e queremos encontrar a alternativa que faz uso inadequado deles.

    a) "Aqui, em se plantando..."

    Gerúndio seguida de preposição usa-se a próclise. CORRETA.

    b) "Desta forma, se resolverá..."

    Não se usa próclise imediatamente após a vírgula. O correto é o uso da mesóclise, pois em verbo no futuro do indicativo aplica-se essa classificação. INCORRETA.

    Forma correta: resolver-se-á

    c) "A gerente pediu que a ajudássemos..." 

    Diante da partícula "que" se usa a próclise. CORRETA.

    d) "Resta-lhes..."

    Não se começa frase com pronome oblíquo e como não temos verbos no futuro do indicativo, emprega-se a próclise. INCORRETA.

    e) "Peço-te..."

    Não se começa frase com pronome oblíquo e como não temos verbos no futuro do indicativo, emprega-se a próclise. INCORRETA.

    GABARITO B

  • Em “Peço-te, por favor: não me entenda mal”, usa-se a segunda pessoa e mais adiante, troca para a terceira. Isso é correto?

  • Alguém consegue explicar o nexo entre os textos e a pergunta?