- ID
- 3086914
- Banca
- VUNESP
- Órgão
- Câmara de Orlândia - SP
- Ano
- 2019
- Provas
- Disciplina
- Português
- Assuntos
Leia o texto de Antonio Prata, a seguir, para responder à questão.
Nada me deixava mais tranquilo do que os sons da máquina de escrever vindos do quarto ao lado. Era meu pai, escritor, que trabalhava depois que todos haviam ido dormir. O batuque no teclado, o ronco grave do rolo girando com o papel e a sineta do carro tilintando ao ser devolvido à posição inicial – plim! – me garantiam a presença de um adulto, ali ao lado: se não ao alcance das mãos, ao menos dos ouvidos. O ritmo caótico, mas contínuo – como chuva no telhado –, era ainda melhor do que a música de ninar, cadenciada, pois sugeria que mesmo em meio à confusão poderia haver harmonia. Sob esse cafuné auditivo, o mundo desaparecia, sem violência, depois voltava a existir, quando eu menos esperasse, iluminado: plim!
Prata, Antonio. Nu, de botas p.15 – 1ª ed. – São Paulo:
Companhia das Letras, 2013. (Excerto adaptado)
Leia com atenção as seguintes passagens do texto:
I. Nada me deixava mais tranquilo do que os sons da máquina de escrever vindos do quarto ao lado.
II. ... me garantiam a presença de um adulto, ali ao lado: se não ao alcance das mãos, ao menos dos ouvidos.
III. O ritmo caótico, mas contínuo (...) era ainda melhor do que a música de ninar...
As expressões em destaque exprimem, respectivamente, ideia de: