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O conceito de controle é central para a compreensão do entendimento humano e da formação das sociedades. Alguns autores afirmam que o controle tem duas formas: primária e secundária. Esta teoria afirma que o controle primário tem uma primazia funcional ou é preferido sobre o secundário, pois o organismo percebe que não pode, com sucesso, adaptar-se ao meio ambiente como o idealizado pelo controle secundário ou interno.
O controle primário, nessa perspectiva, envolve o controle que exercemos sobre meio ambiente externo para adaptá-lo aos nossos desejos, por exemplo: dar ordens a alguém para conseguir o desejado, assaltar alguém para obter dinheiro, plantar algo para comer para por fim à fome, usar um aquecedor para escapar do frio, etc.
Por outro lado, o controle secundário é visto como envolvendo uma readaptação de nós mesmos, num nível interno, em lugar da mudança do meio ambiente. Por exemplo: diante de um assaltante, evitar expor nossa raiva e procurar acalmar o meio externo (o bandido). O papel do controle secundário é compensar a perda do controle primário na tentativa de restaurar ou facilitar a construção de auto-estima.
O controle do meio ambiente externo ou interno é a característica fundamental do sistema motivacional. Os estudos mostram que o controle primário ontogeneticamente (desenvolvimento do indivíduo da concepção até a idade adulta) precede o controle secundário. O controle primário, quando comparado com o controle secundário, mostra-se mais importante para o desenvolvimento e sobrevida do organismo, e é funcionalmente mais adaptado e mais preferido.
Considerando essas duas formas de controle, os teóricos acham que, em geral, o controle primário prevalece cedo na vida, mas diminui (dá lugar, abre mão, renuncia) mais tarde para o controle secundário. Assim, com a idade, há um aumento do controle secundário devido à diminuição da força e habilidade biológica, bem como se adquire percepções mais claras das restrições sócio-culturais.