SóProvas


ID
3106075
Banca
FCC
Órgão
SANASA Campinas
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      A atual revolução tecnológica lança, a cada ano, novas formas de leitura, mudando não só o modo como a literatura é distribuída, mas também como é escrita, à medida que os autores se ajustam a essas novas realidades. Ao mesmo tempo, alguns dos termos que começamos a usar recentemente parecem momentos anteriores da longa história da literatura.

      Hoje, muitos já leem em uma tela. No dispositivo, o leitor irá virar páginas ou rolar um texto. Dois milênios após o rolo de papiro ter dado lugar ao livro de pergaminho, esse movimento de rolagem voltou, visto que a infindável sequência de palavras armazenadas pelos computadores está mais próxima de um pergaminho do que de páginas separadas. E, como os antigos escribas, mais uma vez nos sentamos curvados sobre “tabuletas”. A narração oral também retornou. Como bem se sabe, palavras “escritas” podem ser apenas ouvidas em um dispositivo de áudio.

      Mas a revolução tecnológica por si só não assegura o futuro da literatura. A única garantia de sobrevivência de uma obra é o uso contínuo: um texto precisa permanecer relevante o suficiente e ser lido, traduzido, transcrito e transcodificado pelas gerações futuras para persistir ao longo do tempo.

(Adaptado de: PUCHNER, Martin. O mundo da escrita. Trad. Pedro Maia Soares. São Paulo: Companhia das Letras, 2018, edição digital) 

No texto, estabelece-se relação de causa e consequência, respectivamente, entre:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E

    ? a infindável sequência de palavras armazenadas pelos computadores está mais próxima de um pergaminho do que de páginas separadas // esse movimento de rolagem voltou.

    ? O FATO DE (CAUSA) a infindável sequência de palavras armazenadas pelos computadores estar mais próxima de um pergaminho do que de páginas separadas FEZ QUE (CONSEQUÊNCIA) esse movimento de rolagem voltasse.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! Não importa o quão devagar você vá, desde que não pare.

  • Por que não a letra d?

  • E por que não a letra c?

    O FATO DE (CAUSA) muitos já leem em uma tela // FAZ COM QUE (CONSEQUÊNCIA) nos sentamos curvados sobre “tabuletas”.

  • A questão requer interpretação e compreensão textual, conhecimentos sobre coesão e coerência textual, além do conhecimento sobre o valor semântico das orações coordenadas e subordinadas adverbiais.


    COERÊNCIA – resulta da relação harmoniosa entre pensamentos ou ideias apresentadas num texto sobre determinado assunto e tema.


    COESÃO – responde pela perfeita articulação das ideias, o que se consegue através do encadeamento semântico (relativo ao significado, ao sentido) e do encadeamento sintático (mecanismos que unem uma oração à outra: coesão é, portanto, a conexão entre as partes do texto).


    ALTERNATIVA (A) INCORRETA - A relação que é estabelecida nesta alternativa é de oposição. Muitos já leem em uma tela, mas a revolução tecnológica por si só não assegura o futuro da literatura. Isso quer dizer que, por mais que haja mais pessoas lendo em dispositivos eletrônicos, só isso não assegura o futuro da literatura. Pode-se perceber que o terceiro parágrafo está sendo introduzido pela conjunção adversativa “mas", denotando essa ideia de oposição.


    ALTERNATIVA (B) INCORRETA - A relação que é estabelecida nesta alternativa é de proporção. Uma ação acontece na mesma proporção que outra, um ponto importante a se perceber é o uso da locução conjuntiva proporcional “à medida que".


    ALTERNATIVA (C) INCORRETA - A relação estabelecida nesta alternativa é de comparação porque o ato de sentar-se curvado quando se lê em uma tela é similar quando se lê sobre tabuletas. No segundo parágrafo, o autor faz essa comparação com o uso da conjunção comparativa “como" em: “E, como os antigos escribas, mais uma vez nos sentamos curvados sobre 'tabuletas'".


    ALTERNATIVA (D) INCORRETA - A relação estabelecida nesta alternativa é de inclusão/adição. Pode-se perceber o uso da palavra denotativa “também" em: “A narração oral também retornou", denotando a ideia de algo sendo acrescentado.

    ALTERNATIVA (E) CORRETA - No período retirado do segundo parágrafo, temos: “... esse movimento de rolagem voltou, visto que a infindável sequência de palavras armazenadas pelos computadores está mais próxima de um pergaminho do que de páginas separadas.", pode-se perceber que há uma relação de consequência e causa, respectivamente, e a segunda oração está introduzida pela locução conjuntiva causal “visto que". Nesta alternativa, o que houve foi a inversão das orações, trazendo a relação de causa e consequência, respectivamente.

    GABARITO DA PROFESSORA: ALTERNATIVA (E)
  • Chato é ter que voltar no texto para ver aquele VISTO QUE...... perdemos muito tempo

  • Sacanagem da banca. Ela suprimiu o "visto que" do trecho para confundir o candidato.