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ID
3159187
Banca
VUNESP
Órgão
UNIFAI
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão.

Bartleby, o escriturário

    Não é à toa que Bartleby, o escriturário (ou o escrivão ou Uma história de Wall Street) é uma obra tão debatida e que deixa tantas pessoas confusas quando de seu desfecho: há no livro um espaço extremamente propício a especulações e discussões de toda a sorte, que, de certo modo, parecem conduzir todas, em maior ou menor medida, a um beco sem saída.
    Vamos aos fatos para tentar clarear a situação a respeito do misterioso desfecho de Bartleby. O conto foi publicado na revista literária Putnam’s Magazine, pelos idos de 1853, sendo posteriormente incorporado à coletânea de contos The piazza tales, de 1856. Seu autor, Herman Melville, é conhecido do grande público pela obra Moby Dick.
    Quem nos narra a história é o patrão de Bartleby, um advogado de carreira de Wall Street, que, com elegância e alguma pompa, digna-se a narrar a estranha história de um de seus funcionários (ele emprega outros três: Nippers, Turkey e Ginger Nut) e de como a história dele também o atormenta e confunde profundamente.
    Tendo Bartleby ido trabalhar no escritório do narrador da história, ficamos conhecendo seu excêntrico e aparentemente depressivo comportamento, de modo que começa já aí a se delinear a bruma de mistério em torno de sua figura. Cabisbaixo, quieto e sofrendo do que parece ser uma falta de motivação ou vontade de realizar algo, Bartleby estranhamente segue à risca as exigências de seu trabalho, com exceção das revisões de documentos em que seu patrão ou algum dos outros funcionários lê em voz alta o texto para que os outros confiram as cópias.
    Com o passar do tempo, porém, Bartleby começa a recusar-se a cumprir suas obrigações, dizendo sempre a mesma frase, “Prefiro não fazê-lo”, atraindo a insatisfação do patrão, que começa a pressioná-lo a respeito de sua cada vez menos produtiva labuta. Sem coragem de demiti-lo, o advogado o deixa continuar “trabalhando” e chega a encontrá-lo trancafiado sozinho nos dias de folga nas dependências do escritório.
    A perturbação recai sobre o advogado, que decide mudar- -se dali, visto que Bartleby se recusa a deixar o escritório, e seu aspecto fantasmagórico está deixando seus nervos à flor da pele.
    O nó da história se dá quando, voltando para onde seu escritório se localizava, o advogado encontra Bartleby morto, ao que parecia, por inanição. Devido à quase mudez do empregado acerca de suas escolhas e à sua insistência em preferir não fazer nada, pouco se sabe (e muito se especula) sobre os motivos e as razões subjacentes a suas escolhas e sua existência moribunda.
(Lucas Deschain. https://www.posfacio.com.br. Adaptado)

Considere as passagens:

●  ... e de como a história dele também o atormenta e confunde profundamente. (3º parágrafo)
●  ... e seu aspecto fantasmagórico está deixando seus nervos à flor da pele. (6º parágrafo)

Os pronomes destacados referem-se, correta e respectivamente, às seguintes expressões:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? Quem nos narra a história é o patrão de Bartleby, um advogado de carreira de Wall Street, que, com elegância e alguma pompa, digna-se a narrar a estranha história de um de seus funcionários (ele emprega outros três: Nippers, Turkey e Ginger Nut) e de como a história dele (história de Bartleby, o qual TAMBÉM ERA UM DOS FUNCIONÁRIOS) também o (atormenta quem? O patrão de Batleby, o qual é um advogado) atormenta e confunde profundamente.

    ? A perturbação recai sobre o advogado, que decide mudar- -se dali, visto que Bartleby se recusa a deixar o escritório, e seu (aspecto fantasmagórico de quem? De Batleby) aspecto fantasmagórico está deixando seus (nervos de quem? Do patrão, que é advogado) nervos à flor da pele.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Para o alto e avante!

  • Com um pouco de CALMA e ATENÇÃO, dá pra matar a questão!

  • História de quem? de um dos funcionários, patrão..

    Gab. D

  • Esta questão requer conhecimento sobre o emprego dos pronomes coesivos referenciais dentro do texto.

    Os pronomes destacados nos fragmentos dados funcionam como elemento coesivo referencial anafórico, pois fazem referência a termos ou expressões que já foram citados.

    Em “... e de como a história dele também o atormenta e confunde profundamente" (3º parágrafo), a forma pronominal dele - pronome pessoal reto “ele" contraído com a preposição “de"-  refere-se à expressão citada anteriormente “um dos funcionários" (3º parágrafo). A forma pronominal “dele" tem valor possessivo (a história é de um dos funcionários). Já o pronome pessoal oblíquo átono o se refere a “o patrão".  No caso, o patrão de Bartleby, um advogado de carreira de Wall Street.

    Em “... e seu aspecto fantasmagórico está deixando seus nervos à flor da pele" (6º parágrafo), temos dois pronomes possessivos. O primeiro pronome seu se refere a “Bartleby" (aspecto fantasmagórico do Bartleby); o segundo pronome seus se refere a “o advogado" (os nervos do advogado).

    Gabarito da professora: alternativa D.
  • Precisa perder alguns minutos e analisar com calma. Não está difícil mas querer atenção

  • Quem nos narra a história é o patrão de Bartleby, um advogado de carreira de Wall Street, que, com elegância e alguma pompa, digna-se a narrar a estranha história de um de seus funcionários (ele emprega outros três: Nippers, Turkey e Ginger Nut) e de como a história Dele também o atormenta e confunde profundamente.  (3º parágrafo) 

    A perturbação recai sobre o advogado, que decide mudar-se dali, visto que Bartleby se recusa a deixar o escritório, e seu aspecto fantasmagórico está deixando seus nervos à flor da pele. (6º parágrafo)

    Os pronomes destacados referem-se, correta e respectivamente, às seguintes expressões:

    D) um de seus funcionários; o patrão; Bartleby; o advogado. [Gabarito]