SóProvas


ID
3165076
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2019
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Em nenhuma outra época o corpo magro adquiriu um sentido de corpo ideal e esteve tão em evidência como nos dias atuais: esse corpo, nu ou vestido, exposto em diversas revistas femininas e masculinas, está na moda: é capa de revistas, matérias de jornais, manchetes publicitárias, e se transformou em sonho de consumo para milhares de pessoas. Partindo dessa concepção, o gordo passa a ter um corpo visivelmente sem comedimento, sem saúde, um corpo estigmatizado pelo desvio, o desvio pelo excesso. Entretanto, como afirma a escritora Marylin Wann, é perfeitamente possível ser gordo e saudável. Frequentemente os gordos adoecem não por causa da gordura, mas sim pelo estresse, pela opressão a que são submetidos.

VASCONCELOS, N. A.; SUDO, I.; SUDO, N. Um peso na alma: o corpo gordo e a mídia. Revista Mal-Estar e Subjetividade, n. 1, mar. 2004 (adaptado).


No texto, o tratamento predominante na mídia sobre a relação entre saúde e corpo recebe a seguinte crítica:

Alternativas
Comentários
  • O texto tece uma crítica sobre a forma como a mídia massacra nossa concepção de corpo a partir da exaltação de um corpo magro, o que o autor afirma ser fato novo na história da humanidade. A partir de tal exaltação, o corpo gordo é visto como desvio e tal condição impõe sofrimento às pessoas obesas de modo a ser o estresse psicológico decorrente de tal pressão muito mais nocivo do que a gordura em si.
    A resposta é a letra E, pois claramente critica os estereótipos consolidados pela atuação midiática.
    A letra A está errada, pois não se trata de estética antiga, porém nova e inédita.
    Não se trata de crendices populares.
    Não há qualquer propagação de conclusão científica, exceto para estabelecer a crítica.
    A crítica é ao discurso hegemônico e midiático sobre o corpo, não sua reiteração, ou seja, reafirmação.
  • Gabarito: E

    Resolução: A maneira como a mídia trata a relação entre saúde e corpo é, muitas vezes, estereotipada. O corpo magro é enaltecido em detrimento do corpo gordo, visto como sinal de falta de saúde ou comedimento, um corpo estigmatizado pelo desvio. No entanto, essa representação cultural é contrariada no texto, o qual aponta que é perfeitamente possível ser uma pessoa gorda e saudável e, por isso, sugere uma crítica: a contestação dos estereótipos consolidados.

  • Letra E

    Assim como a padronização e homogeneização dos gostos, também há, na sociedade, uma padronização sobre como devem ser os corpos, baseados em noções ideológicas e estéticas. Uma dessas noções está arraigada num senso comum de que ser magro é mais saudável. O texto, assim, apresenta um contraponto a formação desse estereotipo.

  • O texto tece uma crítica sobre a forma como a mídia massacra nossa concepção de corpo a partir da exaltação de um corpo magro, o que o autor afirma ser fato novo na história da humanidade. A partir de tal exaltação, o corpo gordo é visto como desvio e tal condição impõe sofrimento às pessoas obesas de modo a ser o estresse psicológico decorrente de tal pressão muito mais nocivo do que a gordura em si.

    A resposta é a letra E, pois claramente critica os estereótipos consolidados pela atuação midiática.

    A letra A está errada, pois não se trata de estética antiga, porém nova e inédita.

    Não se trata de crendices populares.

    Não há qualquer propagação de conclusão científica, exceto para estabelecer a crítica.

    A crítica é ao discurso hegemônico e midiático sobre o corpo, não sua reiteração, ou seja, reafirmação.

  • Muito cuidado com o comando da questão . Ás vezes , ele pede o que a o texto critica(nesse caso os estereótipos estabelecidos) . Outra vezes ,pede o argumento usado no texto para ir contra a opinião estabelecida(nesse caso o argumento seria que obesos podem ser saudáveis e que não é a gordura que os prejudica mas sim o estresse causado pela opressão que vivem) . Acontece de aparecerem as duas alternativas só que tem que atentar para o comando.