I. Será imprescindível pensar em testes que auxiliem a compreender o maior número possível de condutas da criança. (Este é o objetivo)
II. É recomendado iniciar com os testes mais ansiógenos, para que o profissional tenha mais tempo de lidar com os conteúdos ao longo do processo. (testes ansiógenos??)
III. Não será possível realizar comparações entre os diferentes testes realizados, pois cada um refletirá aspectos específicos da personalidade da criança (oi?? não será possível?)
IV. É importante planejar a sequência em que serão aplicados os testes, levando-se em conta a natureza do teste e o caso avaliado. (Nem há o que comentar, planejar é essencial)
GABARITO: E.
A questão parece estar referenciada no artigo de Oliveira, et al. (2015), no qual os autores apontam que, no processo psicodiagnostico, deve-se pensar também em testes
que captem o maior número possível de condutas,
sejam elas verbais e não verbais, gráficas e lúdicas, de
maneira a possibilitar a comparação de um mesmo tipo de comportamento, por meio de diferentes estímulos ou
instrumentos. Também é importante discriminar a sequência de
aplicação das técnicas escolhidas, em função da natureza
do teste e do caso em avaliação. O teste que mobiliza
uma conduta que corresponde ao sintoma nunca deve ser aplicado primeiro – coloca-se o adolescente numa
situação mais ansiógena/deficitária sem o estabelecimento
de uma relação adequada paciente-terapeuta. É sugerido ao terapeuta que, na aplicação dos testes, tenha a
sensibilidade de aplicar testes mais ansiógenos nas
últimas sessões de psicodiagnóstico.
Portanto, a utilização dos testes psicológicos durante o processo de psicodiagnóstico requer do
profissional conhecimento prévio em relação à aplicação,
bem como habilidades quanto ao manejo e a abordagem deste instrumento no decorrer das sessões.
PSICODIAGNÓSTICO DO ADOLESCENTE: CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS
OLIVEIRA, F. B.; MORAIS, I. C.; GREINERT, B. R. M.; MILANI, R. C. Psicodiagnostico do Adolescente: considerações teóricas. Saúde e Pesquisa, 8, 173-182, 2015.
GABARITO: E
I. Será imprescindível pensar em testes que auxiliem a compreender o maior número possível de condutas da criança.
(Nenhum teste, isoladamente, é capaz de fornecer subsidios para uma avaliação abrangente da pessoa como um todo. )
II. É recomendado iniciar com os testes mais ansiógenos, para que o profissional tenha mais tempo de lidar com os conteúdos ao longo do processo.
(Ao contrário. É de primordial importância à questão da mobilização ou não da ansiedade na distribuição sequencial das técnicas e recomenda-se prioridade para instrumentos NÃO-ansiogênicos. Ocampo sugere que se inicie pelas técnicas gráficas ,justamente por serem breves e familiares do paciente, o que lhe causaria baixo nível de ansiedade, apesar da riqueza em conteúdo projetivo.)
III. Não será possível realizar comparações entre os diferentes testes realizados, pois cada um refletirá aspectos específicos da personalidade da criança.
(Ocampo salienta a necessidade de organizar os dados oriundos das diferentes técnicas, buscando um entendimento de coincidências e discordâncias, hierarquizando indícios e identificando os dados mais significativos, que, contrastados com as informações sobre o paciente, são integrados para confirmar ou infirmar as hipóteses iniciais)
IV. É importante planejar a sequência em que serão aplicados os testes, levando-se em conta a natureza do teste e o caso avaliado.
(Segundo Ocampo, "conseguindo selecionar as técnicas e os testes adequados, deve-se distribui-los conforme as recomendações inerentes à natureza e ao tipo de cada um, considerando, ainda, o tempo de administração e as características específicas do paciente." p.109)