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ID
3187522
Banca
FCC
Órgão
TJ-MA
Ano
2019
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Em relação ao psicodiagnóstico infantil, na escolha da bateria de teste mais adequada para entender e avaliar a criança, considere as assertivas a seguir.


I. Será imprescindível pensar em testes que auxiliem a compreender o maior número possível de condutas da criança.

II. É recomendado iniciar com os testes mais ansiógenos, para que o profissional tenha mais tempo de lidar com os conteúdos ao longo do processo.

III. Não será possível realizar comparações entre os diferentes testes realizados, pois cada um refletirá aspectos específicos da personalidade da criança.

IV. É importante planejar a sequência em que serão aplicados os testes, levando-se em conta a natureza do teste e o caso avaliado.


Está correto o que consta APENAS em

Alternativas
Comentários
  • I. Será imprescindível pensar em testes que auxiliem a compreender o maior número possível de condutas da criança. (Este é o objetivo)

    II. É recomendado iniciar com os testes mais ansiógenos, para que o profissional tenha mais tempo de lidar com os conteúdos ao longo do processo. (testes ansiógenos??)

    III. Não será possível realizar comparações entre os diferentes testes realizados, pois cada um refletirá aspectos específicos da personalidade da criança (oi?? não será possível?)

    IV. É importante planejar a sequência em que serão aplicados os testes, levando-se em conta a natureza do teste e o caso avaliado. (Nem há o que comentar, planejar é essencial)

    GABARITO: E.

  • Achei confuso já que teste não é a ferramenta imprescindível numa avaliação psicológica

  • A questão parece estar referenciada no artigo de Oliveira, et al.  (2015), no qual os autores apontam que, no processo psicodiagnostico, deve-se pensar também em testes  que captem o maior número possível de condutas,  sejam elas verbais e não verbais, gráficas e lúdicas, de  maneira a possibilitar a comparação de um mesmo tipo de comportamento, por meio de diferentes estímulos ou  instrumentos. Também é importante discriminar a sequência de  aplicação das técnicas escolhidas, em função da natureza  do teste e do caso em avaliação. O teste que mobiliza  uma conduta que corresponde ao sintoma nunca deve ser aplicado primeiro – coloca-se o adolescente numa  situação mais ansiógena/deficitária sem o estabelecimento  de uma relação adequada paciente-terapeuta. É sugerido ao terapeuta que, na aplicação dos testes, tenha a  sensibilidade de aplicar testes mais ansiógenos nas  últimas sessões de psicodiagnóstico.  Portanto, a utilização dos testes psicológicos durante o processo de psicodiagnóstico requer do  profissional conhecimento prévio em relação à aplicação,  bem como habilidades quanto ao manejo e a abordagem deste instrumento no decorrer das sessões.


    PSICODIAGNÓSTICO DO ADOLESCENTE: CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS
    OLIVEIRA, F. B.; MORAIS,  I. C.; GREINERT, B. R. M.; MILANI, R. C. Psicodiagnostico do Adolescente: considerações teóricas.  Saúde e Pesquisa, 8, 173-182, 2015.

    GABARITO: E
  • I. Será imprescindível pensar em testes que auxiliem a compreender o maior número possível de condutas da criança.

    (Nenhum teste, isoladamente, é capaz de fornecer subsidios para uma avaliação abrangente da pessoa como um todo. )

    II. É recomendado iniciar com os testes mais ansiógenos, para que o profissional tenha mais tempo de lidar com os conteúdos ao longo do processo.

    (Ao contrário. É de primordial importância à questão da mobilização ou não da ansiedade na distribuição sequencial das técnicas e recomenda-se prioridade para instrumentos NÃO-ansiogênicos. Ocampo sugere que se inicie pelas técnicas gráficas ,justamente por serem breves e familiares do paciente, o que lhe causaria baixo nível de ansiedade, apesar da riqueza em conteúdo projetivo.)

    III. Não será possível realizar comparações entre os diferentes testes realizados, pois cada um refletirá aspectos específicos da personalidade da criança.

    (Ocampo salienta a necessidade de organizar os dados oriundos das diferentes técnicas, buscando um entendimento de coincidências e discordâncias, hierarquizando indícios e identificando os dados mais significativos, que, contrastados com as informações sobre o paciente, são integrados para confirmar ou infirmar as hipóteses iniciais)

    IV. É importante planejar a sequência em que serão aplicados os testes, levando-se em conta a natureza do teste e o caso avaliado.

    (Segundo Ocampo, "conseguindo selecionar as técnicas e os testes adequados, deve-se distribui-los conforme as recomendações inerentes à natureza e ao tipo de cada um, considerando, ainda, o tempo de administração e as características específicas do paciente." p.109)