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ID
3193522
Banca
FCC
Órgão
Câmara de Fortaleza - CE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: Para responder a questão, baseie-se no texto abaixo. 


             Os debates travados na Câmara e pela imprensa em torno da Lei do Ventre Livre fizeram da emancipação dos escravos uma questão nacional. O projeto do governo foi apresentado à Câmara em 12 de maio de 1871. Para alguns, o projeto era avançado demais, para outros, excessivamente tímido. Os defensores do projeto usaram argumentos morais e econômicos. Argumentavam que o trabalho livre era mais produtivo que o escravo. Diziam que a existência da escravidão era uma barreira à imigração, pois que os imigrantes recusavam-se a vir para um país de escravos. A emancipação abriria as portas à tão desejada imigração. Usando de argumentos morais, denunciavam os que, em nome do direito de propriedade, defendiam a escravidão e se opunham à aprovação do projeto. Não era legítimo invocar o direito de propriedade em se tratando de escravos. “Propriedade de escravos” − dizia Torres Homem, político famoso, homem de cor e de origens modestas que chegara ao Senado depois de brilhante carreira – “era uma monstruosa violação do direito natural.” “A maioria dos escravos brasileiros” − afirmava ele − “descendia de escravos introduzidos no país por um tráfico não só desumano como criminoso. Nada pois mais justo que se tomassem medidas para acabar com a escravidão.”

       Em contrapartida, os mais arraigados defensores da escravidão consideravam o projeto uma intromissão indébita do governo na atividade privada. Argumentavam que o projeto ameaçava o direito de propriedade garantido pela Constituição. Segundo a prática, que datava do período colonial, o filho de mãe escrava pertencia ao senhor. Qualquer lei que viesse a conceder liberdade ao filho de escrava era, pois, um atentado à propriedade e, o que era pior, abria a porta a todas as formas de abusos contra esse direito. Acusavam o projeto de ameaçar de ruína os proprietários e de pôr em risco a economia nacional e a ordem pública. Diziam ainda que, emancipando-se os filhos e mantendo os pais no cativeiro, criar-se-iam nas senzalas duas classes de indivíduos, minando, dessa forma, a instituição escravista pois não tardaria muito para que os escravos questionassem a legitimidade de sua situação.

(Adaptado de: COSTA, Emília Viotti da. A Abolição. São Paulo: Editora Unesp, 2010, p. 49-52) 

A coesão textual opera por meio da elipse de um substantivo no seguinte trecho:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? Argumentavam que o trabalho livre era mais produtivo que o escravo. (1º parágrafo)

    ? Zeugma do substantivo "trabalho"; que o TRABALHO escravo.

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  • Elipse: figura de linguagem que consiste na omissão de um ou mais termos de uma oração, os quais são facilmente identificados a partir do contexto do texto.

    d) Argumentavam que o trabalho livre era mais produtivo que o (trabalho) escravo

  • Para quem ficou em dúvida na A:

    Os defensores do projeto usaram argumentos morais e econômicos.

    Argumentos está no plural, logo concorda com os dois termos que o sucede.

    Vejam outro exemplo:

    1} Os juízes inocentaram João e Maria.

  • A letra "a" também está correta, não?

     argumentos morais e econômico

    (argumentos morais e argumentos econômicos).

  • Elipse: figura de linguagem que consiste na omissão de um ou mais termos de uma oração, os quais são facilmente identificados a partir do contexto do texto.

    d) Argumentavam que o trabalho livre era mais produtivo que o (trabalho) escravo

  • como é satisfatorio marcar com 100% de certeza