SóProvas


ID
3195586
Banca
FCC
Órgão
Câmara de Fortaleza - CE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                         Não vês, Lise, brincar esse menino

                         Com aquela avezinha? Estende o braço,

                         Deixa-a fugir; mas apertando o laço,

                         A condena outra vez ao seu destino.


                         Nessa mesma figura, eu imagino,

                         Tens minha liberdade, pois ao passo,

                         Que cuido que estou livre do embaraço,

                         Então me prende mais meu desatino.


                         Em um contínuo giro o pensamento

                         Tanto a precipitar-me se encaminha,

                         Que não vejo onde pare o meu tormento.


                          Mas fora menos mal esta ânsia minha,

                          Se me faltasse a mim o entendimento,

                          Como falta a razão a esta avezinha.

(Adaptado de: PROENÇA FILHO, Domício. (org.). A poesia dos inconfidentes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996, p. 71-72) 

Verifica-se a ocorrência de objeto indireto pleonástico no seguinte verso:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? Se me faltasse a mim o entendimento, (4ª estrofe)

    ? O termo "pleonástico" vem de pleonasmo, ou seja, consiste na repetição de um termo, no caso, um objeto indireto; faltasse alguma coisa (o entendimento) a alguém ("me" equivalendo a mim, observa-se que temos essa repetição, isto é, um objeto indireto pleonástico "a mim").

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Assertiva A

    Se me faltasse a mim o entendimento, (4ª estrofe)

  • GABARITO - A

    Se me faltasse a mim o entendimento.

    ----SUJ--VTDI--------OI-----------------OD.

    O objeto indireto diz o mesmo que o sujeito

  • Se me faltasse a mim o entendimento, (4ª estrofe) ---> Se faltasse o quê? o entendimento (Objeto Direto) Se faltasse o entendimento a quem? a mim (objeto indireto) e a repetição (pleonasmo) , pois faz referência ao sujeito me

  • Falta algo a alguém.

  • Os objetos diretos e indiretos Pleonásticos aparecem repetidos por motivo de ênfase.

    Alguns exemplos para reforçar o assunto:

    Meus amigos, respeito-os muito.

    Suas roupas, passei-as ontem.

    Aos gatos, davam-lhes ração.

    Se me faltasse a mim o entendimento

    Faltasse alguma coisa= O entendimento =od

    a alguém= a mim= OI

    Me= OI

    Dica: Geralmente aparecem antes da vírgula...dá para facilitar muita coisa com esse entendimento..

    Fonte: P. &Spadoto.

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • Objeto indireto pleonástico pode vir repetido ou reforçado, por ênfase.

    A mim pouco me importa a opinião dele.

  • Para responder com facilidade essa questão eu foquei no verbo (VTDI).

    Se me faltasse a mim o entendimento

    Faltasse o quê? o entendimento

    A quem? a mim

    e o "me" é o OI pleonástico.

  • pleonasmo =repetição desnecessária de palavras como subir pra cima,sair pra fora,matinal da manhã e me faltasse a mim...

  • a)  Se me faltasse a mim o entendimento, - CERTO

     

    Já achamos! O verbo faltar, aqui, é transitivo indireto → Alguma coisa falta a alguém → O entendimento falta a mim 

    Vejam que tanto o "me" quanto o "a mim" exercem a função de objeto indireto. É desnecessário dizer se me faltasse a mim o entendimento. Bastaria dizer se mefaltasse o entendimento ou se faltasse a mim o entendimento. 

     

    Mas como isso é um poema, o autor resolveu fazer uso dessa estratégia estilística para dar ainda ênfase ao objeto indireto. Dessa forma, a letra A é o gabarito da questão. 

     

     

     

    b)  Deixa-a fugir; mas apertando o laço, - ERRADO

     

    Aqui nós não temos objeto indireto, muito menos pleonástico. Temos, em duas orações, um objeto direto. 

    Na primeira oração, o objeto direto é o pronome → Deixa-a fugir → Deixa "ela" fugir 

    Na última oração, o objeto direto é o laço. O verbo apertar é transitivo direto. Apertar algo.

     

     

     

    c)  A condena outra vez ao seu destino. - ERRADO

     

    Quem condena condena alguém a algo. Assim, o verbo condenar, aqui, é transitivo direto e indireto. 

    Na primeira estrofe, temos que o menino a condena (a avezinha) ao seu destino outra vez.

     

    Assim, o objeto direto é o pronome átono (que se refere à avezinha) e o objeto indireto é ao seu destino. Existe um objeto indireto, sim, mas ele não está repetido. Não se trata de um objeto indireto pleonástico. 

     

     

     

    d)  Então me prende mais meu desatino. - ERRADO

     

    A oração está na ordem indireta. Vamos colocá-la na ordem direta: Então, meu desatino me prende mais.

    Notaram que o verbo prender é transitivo direto? Assim, aqui nem sequer há objeto indireto. O objeto direto é o pronome oblíquo me. 

     

     

     

    e)  Tanto a precipitar-me se encaminha, - ERRADO

     

    O verbo precipitar-se, aqui, é pronominal. Isso quer dizer que o pronome faz parte do verbo. Não há objeto indireto. 

  • Objeto direto Pleonástica- Retoma o termo anterior!

  • Objeto indireto pleonástico  é representado por um pronome obliguo átomo para enfatizar um objeto indireto que já existe na frase

    PRONOMES OBLIGUO ÁTOMO

    ME

    TE

    SE, LHE,LHES,O,A, OS, AS

    NOS

    VOS

    1. exemplo: AO INGRATO, NADA LHE DAREMOS
    2. EXEMPLO :Se me faltasse a mim o entendimento

    FONTE:A GRAMÁTICA PARA CONCURSOS PÚBLICOS

    FERNANDO PESTANA