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ID
3198340
Banca
IBADE
Órgão
SEJUDH - MT
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e responda à questão.

UM PLANO GENIAL

                      Apparício Torelly (Barão de Itararé)


   Joaquim Rebolão estava desempregado e lutava com grandes dificuldades para se manter. A sua situação ainda mais se agravava pelo fato de ter que dar assistência a um filho, rapaz inexperiente que também estava no desvio. Joaquim Rebolão, porém, defendia-se como um autêntico leão da Núbia, neste deserto de homens e ideias.

   O seu cérebro, torturado pela miséria, era fértil e brilhante, engendrando planos verdadeiramente geniais, graça aos quais sempre se saía galhardamente das aperturas diárias com que o destino cruel o torturava. 

  Naquele dia, o seu grude já estava garantido. Recebera convite para um banquete de cerimônia, em homenagem a um alto figurão que estava necessitando de claque. Mas o nosso herói não estava satisfeito, porque não conseguira um convite para o filho.

   À hora marcada, porém, Rebolão, acompanhado do rapaz, dirige-se para o salão, onde se celebraria a cerimônia. Antes de penetrar no recinto, diz a seu filho faminto:

    — Fica firme aqui na porta um momento, porque preciso dar um jeito a fim de que tu também tomes parte no festim.

   Já estavam todos os convidados sentados nos respectivos lugares, na grande mesa em forma de ferradura, quando, ao começar o bródio, Rebolão se levanta e exclama:

    — Senhores, em vista da ausência do Sr. Vigário nesta festa, tomo a liberdade de benzer a mesa. Em nome do Padre e do Espírito Santo!

     — E o filho? — perguntou-lhe um dos convivas.

     — Está na porta — responde prontamente.

     E, voltando-se para o rapaz, ordena, autoritário e enérgico:

     — Entra de uma vez, menino! Não vês que estes senhores te estão chamando?


  1. (TORTELLY. Apparício. Fonte: http://contobrasileiro.com.br/um-
  2.                                   plano-genial-cronica-do-barao-de-itarare/)

O período “Joaquim Rebolão estava desempregado e lutava com grandes dificuldades para se manter.” (§ 1) está formado por duas orações coordenadas, classificando-se a segunda oração como sindética aditiva.
Numa leitura mais atenta, observa-se que, do ponto de vista semântico, há entre as duas orações uma relação de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? ?Joaquim Rebolão estava desempregado e lutava com grandes dificuldades para se manter.? (§ 1) 

    ? Temos uma relação de causa e consequência (o fato de ? causa: Joaquim Rebolão estar desempregado) (fez com que ? consequência: lutasse com grandes dificuldades para se manter).

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Para sacar que é uma ideia de causa faça uma troca rápida:

    por "Já que".ou outro conector com ideia de causa..porque, que, como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde que.

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • Acho que o nosso colega, Arthur Carvalho, equivocou-se, pois temos a causa primeiro e depois a consequência. Assim aprendi de uma forma fácil com um grande professor.

    Assim ele ensinou: "Temos de nos perguntar o que veio primeiro". Então temos a seguinte pergunta: O que veio primeiro, o desemprego ou as lutas para se manter vivo após ter ficado desempregado?

    Exemplificando o supracitado: O que vem primeiro: a causa ou a consequência? R: Óbvio que será sempre a causa de alguma coisa. Não existe consequência sem uma ação (uma causa).

    Ou seja, por causa do desemprego "acometer" a sua pessoa, ele, então, passou lutar com grandes dificuldades para se manter. Sem a causa do desemprego não haveria a consequência de uma vida difícil.

    Um período que peguei como exemplo para nunca mais passar dificuldades com Orações Subordinadas Adverbiais Consecutiva e Causal foi:

    "A cidade alagou PORQUE choveu muito ontem". Então perguntamos o que veio primeiro: se foi o alagamento ou se foi a chuva. Assim podemos perceber que a conjunção PORQUE está ligada à segunda oração - está ligada ao verbo chover, à muita chuva que por consequência veio a causar o alagamento. Logo é uma O.S Adverbial Causal.

    Agora vamos inverter:

    "Choveu muito ontem por isso a cidade alagou". Então voltamos a nossa atenção à conjunção para saber se a oração SUBORDINADA é de causa (motivo) ou de consequência. Vamos observar a "quem" a conjunção POR ISSO está ligada. Assim podemos perceber que a conjunção POR ISSO está ligada à oração que o verbo ALAGAR faz parte - está ligada à consequência causada por muita chuva no dia anterior . Logo é uma O.S Adverbial Consecutiva.