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ID
3202279
Banca
FCC
Órgão
SANASA Campinas
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.


      Na costa noroeste da África, cerca de 230 quilômetros ao sul das Ilhas Canárias, a linha costeira se estende ligeiramente, formando uma protuberância conhecida como cabo Bojador. Para os europeus do início do século XV, o Bojador marcava a fronteira entre o conhecido e o desconhecido. Ao norte do cabo estavam a civilização e as cidades esclarecidas. Ao sul ficavam as terras místicas da África e do Mar da Escuridão. Nenhum marinheiro desde os antigos cartagineses tinha se aventurado ao sul do Bojador e retornado.

      Entre 1424 e 1434, o infante dom Henrique de Portugal enviou catorze expedições de navios para circundar o perigoso cabo, com seus mortais bancos de areia, redemoinhos e violentas tempestades. Todas fracassaram. O insondável, no entanto, revelava-se uma tentação irresistível. Inabalável, o infante dom Henrique despachou o explorador Gil Eanes para uma décima quinta tentativa. Em sua viagem, Eanes passou a grande distância do Bojador, desviando-se acentuadamente para oeste e penetrando no Mar da Escuridão. Ao virar para o sul, olhou por sobre o ombro e ficou estarrecido ao perceber que deixara o temido cabo para trás. Na viagem seguinte, em 1453, Eanes voltou a contornar o Bojador e ancorou numa baía a mais de duzentos quilômetros ao sul. Ali, viu pegadas humanas, de camelos…

      Na visão dos historiadores, dom Henrique não mandou seus navios para o sul, para a África, com o objetivo de colonizar seu território ou abrir novas rotas de comércio. Não, ele queria simplesmente descobrir o que havia para ser descoberto. A necessidade de encontrar, inventar, conhecer o desconhecido parece tão profundamente humana que não podemos imaginar nossa história sem ela. No fim, esse desejo profundo acaba por superar o medo do desconhecido e até mesmo o medo do perigo pessoal e da morte. O que resta é a emoção da descoberta.

(Adaptado de: LIGHTMAN, Alan. As descobertas: os grandes avanços das ciências no século XX. Trad. George Schlesinger. São Paulo, Companhia das Letras, 2015, p. 6-7)

Para os europeus do início do século XV, o Bojador marcava a fronteira entre o conhecido e o desconhecido. (1° parágrafo)


Uma expressão que, no contexto, expressa ideia de conformidade e tem função equivalente à da destacada na frase acima está sublinhada em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? Para os europeus do início do século XV, o Bojador marcava a fronteira entre o conhecido e o desconhecido. (1° parágrafo)

    ? Observa-se que temos uma ideia conformativa, conforme o pensamento dos europeus do início do século XV; na letra "d" temos essa mesma ideia (=Na visão dos historiadores, dom Henrique não mandou seus navios para o sul, para a África, com o objetivo de colonizar seu território ou abrir novas rotas de comércio ? conforme a visão dos historiadores, mesma ideia de conformidade).

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  • GABARITO (D).

    Uma expressão que, no contexto, expressa ideia de conformidade e tem função equivalente à da destacada na frase acima está sublinhada em:

    Na visão dos historiadores, (conforme a visão dos historiadores), dom Henrique não mandou seus navios para o sul, para a África, com o objetivo de colonizar seu território ou abrir novas rotas de comércio. (Na visão dos historiadores - Sujeito determinado do tipo - Simples)

  • Na visão dos historiadores, dom Henrique não mandou seus navios para o sul, para a África, com o objetivo de colonizar seu território ou abrir novas rotas de comércio → conforme a visão dos historiadores, mesma ideia de conformidade

  • De acordo com a visão dos historiadores...

    (conformidade)

    gab letra d