Para resolução da questão em
análise, faz-se necessário o conhecimento da nova administração pública, sendo
mais especificamente cobrada as convergências e divergências entre Administração Pública e Privada.
Diante disso, vamos a
uma breve explicação.
A Nova Administração
Pública (Gerencialismo) ou “New Public Management" foi um conjunto de teorias
surgidas nos anos 70, que orientavam reformas na administração pública
baseadas
nos princípios gerenciais das empresas privadas
, ou seja, buscava-se trazer a mesma eficiência e eficácia do ambiente
privado para o público.
Entretanto, ao se
tentar imitar os princípios das empresas privadas ocorreram algumas
divergências pela natureza pública de algumas atividades, bem como pela própria
finalidade e objetivo da atividade pública.
Nesta
esteira, destacamos as divergências abaixo:
O Governo tem
como objetivo maior proporcionar o bem-estar à coletividade – enquanto a
iniciativa privada tem como objetivo primordial o lucro financeiro.
Além disso, na Administração Pública o “cliente"
paga os serviços através de impostos, mesmo sem usar – enquanto que na iniciativa
privada ele só paga pelo bem/serviço que compra ou utiliza.
Por fim, para Paludo
(2013), nas comparações entre a administração pública e a administração
privada certamente existem mais
convergências do que diferenças. Por exemplo: todas as entidades
privadas ou públicas utilizarão técnicas administrativas como o planejamento, a
organização, a direção e o controle, assim como as técnicas relacionadas à
motivação e avaliação de resultados.". (PALUDO, 2013, p. 55).
Ante o exposto, a questão está certa ao afirmar que a administração
pública gerencial inspira-se na administração de empresas (privadas), pois esta
é uma das característica do gerencialismo que foca em resultados.
Outrossim, a questão acerta novamente ao explicar a divergência em
relação às receitas da administração privada e pública. A receita privada
depende dos pagamentos que os clientes fazem livremente, dado que há liberdade
na escolha de compra ou adesão de serviço pelo cliente. Entretanto, a receita
do Estado deriva de tributos, que não tem contrapartida direta, ou seja, o
cidadão é obrigado a pagar, mesmo que não utilize serviços públicos.
Gabarito
do Professor: “Certo".
Fonte:
Paludo, Augustinho Vicente.
Administração Pública. 3ª Ed. –
Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.