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ID
3215755
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
FERSB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                         Alcoolismo leva à perda da inteligência emocional

                   Falta da habilidade em reconhecer emoções impossibilita

                reação adequada do dependente de álcool ao seu ambiente


      “Anestesiar o coração” e “afogar as mágoas” são expressões que dizem mais do que se imagina quando o assunto é alcoolismo. Pesquisa de equipe da Saúde Mental da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP confirma dificuldades de dependentes de álcool em reconhecer emoções.

      Responsável pelo estudo, a psicóloga Mariana Donadon avaliou vítimas de alcoolismo em tratamento ambulatorial no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e comparou com pessoas saudáveis. Após entrevistas e testes específicos, como uma tarefa computadorizada de reconhecimento de expressões faciais de emoção, verificou que, além de sofrerem mais com depressão e ansiedade, os dependentes de álcool apresentam maior déficit para reconhecer e julgar emoções.

      Medo, nojo, alegria, tristeza e surpresa. Os alcoolistas mostraram maiores prejuízos para julgar, reconhecer e reagir a todas as emoções estampadas nos rostos a eles apresentados. A habilidade de julgar e reconhecer emoções é uma capacidade inata dos seres humanos. Segundo a pesquisadora, é ela que “propicia interações sociais saudáveis e nos protege de perigos”. O rápido reconhecimento de uma face de raiva pode evitar uma briga, enquanto “reconhecer faces de medo ou tristeza ajuda-nos a mudar o que está ruim”, exemplifica Mariana.

      Resultado de efeitos neurotóxicos da bebida em circuitos neurais diversos, a falta dessa habilidade impossibilita reação adequada do dependente de álcool ao seu ambiente. “Os alcoólatras não possuem essa inteligência emocional e, num círculo vicioso, utilizam a bebida para fugir de situações problemas”, diz.

      Além da falta de inteligência emocional, a pesquisa mostra que os alcoolistas sofreram mais traumas emocionais precoces (na infância) que os não alcoolistas e apresentam personalidade desadaptativa – dificuldade de adaptação e interação com seu meio social.

      O estudo distingue ainda fatores que podem levar ao alcoolismo (vivências de traumas gerais e emocionais na infância e maiores dificuldades para reagir às emoções, principalmente as de surpresa) daqueles que protegem contra o transtorno (personalidade marcada pela conscienciosidade – atributos relacionados à capacidade crítica ou autocrítica como a da autoconsciência sobre os malefícios da bebida – e maior facilidade para reconhecer emoções, preferencialmente o medo e o nojo).

      Com a doença já instalada, Mariana afirma que “a primeira conduta terapêutica seria psicoterapia para abstinência do álcool”, já que o consumo crônico prejudica a inteligência emocional (percepção e julgamento das emoções), e para prevenção de recaídas. A participação dos grupos de autoajuda – como o AA – e em palestras informativas sobre os danos do consumo de álcool também estão entre as indicações da psicóloga.

      Saber que determinados traumas vividos na infância e dificuldades de reagir às emoções estão entre os riscos para o alcoolismo ajuda a estabelecer medidas preventivas. A pesquisadora defende maior divulgação (como palestras informativas) dos “dados sobre o consumo de álcool a longo prazo, que culmina com dependência e torna-se doença”. Entre os inúmeros prejuízos, essas ações preventivas devem enfocar “a perda da inteligência emocional, como descrita nesse estudo”.

Fonte: Adaptado de:<http://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-da-saude/alcoolismo-leva-a-perda-da-inteligencia-emocional/> . Acesso em: 22 dez. 2017.

"Os alcoolistas mostraram maiores prejuízos para julgar, reconhecer e reagir a todas as emoções estampadas nos rostos a eles apresentados.". O modo como o substantivo alcoolista indica o gênero o classifica como substantivo

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? "Os alcoolistas mostraram maiores prejuízos para julgar, reconhecer e reagir a todas as emoções estampadas nos rostos a eles apresentados."

    ? Temos um substantivo uniforme comum de dois gêneros; uma forma para os dois gêneros, é invariável, (os alcoolistas ou as alcoolistas; a única diferenciação é o artigo definido).

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Questão passível de anulação uma vez que as alternativas A e C estão certas.

  • uniforme comum de dois.

    ex: o/ a dentista depende do artigo definido para sabermos o gênero.

    Letra C.

    Força e bons estudos.

  • Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar nomes de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está relacionado ao sexo do ser, havendo, portanto, duas formas, uma para o masculino e outra para o feminino. Observe:

    • gato - gata

    • homem - mulher

    • poeta - poetisa

    • prefeito – prefeita

    .

    Substantivos Uniformes são aqueles que apresentam uma única forma, que serve tanto para o masculino quanto para o feminino. Classificam-se em:

    a) Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos. Por exemplo:

    a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré fêmea.

    b) Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pessoas. Por exemplo:

    a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo, o indivíduo.

    c) Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pessoas por meio do artigo. Por exemplo:

    o colega e a colega, o doente e a doente, o artista e a artista, os alcoolistas e as alcoolistas.

    .

    https://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf23.php

  • Resumindo seu precioso tempo:

    Comum de dois: diferença é feita pelo artigo.

    o/ a artista, Intérprete..

    Sobrecomum: Uma só forma para o masculino e feminino.

    A pessoa, O cônjuge..

    Epiceno: Nomear animais..

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • Gabarito: C

    Substantivo comuns de dois: a distinção é feita por meio de um determinante (artigo, numeral, pronome ou adjetivo).

    Exemplo: A artista, O artista; bom cliente, boa cliente.

  • Eis a AOCP mostrando seu talento: errar.

  • Substantivos Biformes (= duas formas): 

    Ao indicar nomes de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está relacionado ao sexo do ser, havendo, portanto, duas formas, uma para o masculino e outra para o feminino.

    Observe:

    • gato - gata

    • homem - mulher

    • poeta - poetisa

    • prefeito – prefeita

    .

    Substantivos Uniformes 

    São aqueles que apresentam uma única forma, que serve tanto para o masculino quanto para o feminino.

    Classificam-se em:

    a) Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos.

    Por exemplo: a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré fêmea.

    b) Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pessoas.

    Por exemplo: a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo, o indivíduo.

    c) Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pessoas por meio do artigo.

    Por exemplo: o colega e a colega, o doente e a doente, o artista e a artista, os alcoolistas e as alcoolistas.

    .

  • primeira vez q vejo esse tipo de questao

  • morria e não sabia dessa classificação

  • O alcoolista

    A alcoolista

    = comum de dois gêneros (masculino e feminino).

  • Substantivos uniformes comum de dois: caracterizam-se pela flexão do elemento determinante (artigo, pronome etc.)

    O/A jovem

    O/A pirata

    O/A mártir

    O/A selvagem

    O/A chefe

    O/A sabiá