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ID
3219418
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Rio Claro - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto Acabar em pizza, de João Pereira Coutinho, para responder à questão.

    Tenho um amigo de infância que ainda vive na casa dos pais. Estranho? Talvez, se tivermos em conta que ele tem 40 anos.
    E, antes que o leitor imagine o personagem como uma triste figura – um rapaz que só vive para os estudos e sem atrativos físicos, por favor, não se iluda.
    O rapaz está em excelente forma. A vida sentimental sempre foi como a cabeça de Carmen Miranda – colorida e suculenta. E, economicamente falando, o desgraçado é mais rico do que eu.
    Mas o pior não são estas evidências. É escutá-lo sobre a situação doméstica, que ele relata com uma serenidade oriental. A questão é bastante simples – e razoável. Os pais sempre insistiram para que ele “voasse para fora do ninho”. Mas ele, mais inteligente que os pais, começou a fazer contas. E ficou no ninho.
    Um apartamento custa dinheiro. Uma empregada para tratar da roupa e da limpeza da casa também não é grátis. Os cozinhados da mãe suplantam qualquer produto congelado. E, quando existem encontros românticos, nada se compara a um bom hotel com um bom room service. Além disso, as poupanças de viver com os pais permitem-lhe trabalhar a meio-termo.
    “E se um dia surgir uma mulher permanente?”, pergunto eu, desesperado. A resposta é lógica: “A casa é suficientemente grande para todos”.
    Escuto tudo com uma mistura de pasmo e inveja. E depois penso: a sorte dele é não viver na Itália.
    Alguns números: na pátria do “dolce far niente”, 65% dos italianos entre os 18 e os 34 anos ainda vivem na casa dos pais (uma enormidade em termos europeus). São os chamados “mammone” – uma palavra que expressa a ligação umbilical dos filhos adultos às respectivas mães.
    E esses meninos da mamãe se parecem com meu amigo. Mas com uma diferença: no caso dos italianos, a trilogia cama-mesa-roupa lavada não basta. É preciso acrescentar também uma mesada.
    Felizmente, os pais italianos começam a reagir contra os abusos da descendência. E todos os anos há milhares – repito: milhares – de processos em tribunal com os pais a implorar ao juiz para que o filho seja expulso de casa.
    Nem sempre conseguem. Relata o Daily Telegraph que, em Modena (uma simpática cidade da região italiana de Emília-Romanha), um pai foi judicialmente obrigado pelo filho a continuar a sustentar os seus “estudos”. O filho tem 28 anos. E só em Modena há 8000 processos anuais de filhos contra pais por motivos de mesadas.
(Folha de S. Paulo, 03.05.2016. Adaptado) 

Considere as expressões destacadas nos trechos do texto.

E, quando existem encontros românticos, nada se compara a um bom hotel com um bom room service. (5º parágrafo)

E todos os anos há milhares – repito: milhares – de processos em tribunal com os pais a implorar ao juiz para que o filho seja expulso de casa. (10º parágrafo)

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, essas expressões podem ser substituídas, correta e respectivamente, por:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    A) se nivela a um bom hotel / pais a suplicar com o juiz ? suplicar a alguém (ao juiz).

    B) se equipara a um bom hotel / pais a fazer apelos para o juiz ? correto, equipara-se a algo e faz apelos para alguém.

    C) se iguala com um bom hotel / pais a recorrer no juiz ? iguala-se a alguma coisa (a um bom hotel).

    D) é proporcional com um bom hotel / pais a invocar no juiz ? é proporcional a alguma coisa (a um bom hotel).

    E) é condizente em um bom hotel / pais a pedir intercessão para o juiz ? é condizente com alguma coisa (com um bom hotel).

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Assertiva b

    se equipara a um bom hotel / pais a fazer apelos para o juiz