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ID
3244810
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Birigui - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto, para responder à questão.

    O eminente poeta Alberto de Oliveira, segundo informações dos jornais, está empenhado em impedir que um proprietário ganancioso derrube um cedro venerável que lhe cresce nos terrenos.
    A árvore é remanescente de antigas florestas que outrora existiram para aquelas bandas e viu crescer Teresópolis já adulta.
    Não conheço essa espécie de árvore, mas deve ser bela porque Alberto de Oliveira se interessa pela sua conservação.
    Homem de cidade, tendo viajado unicamente de cidade para cidade, nunca me foi dado ver essas essências florestais que todos que as contemplam se enchem de admiração e emoção superior diante dessas maravilhas naturais.
    O gesto de Alberto de Oliveira é sem dúvida louvável e não há homem de mediano gosto que não o aplauda do fundo da alma.
    Desejoso de conservar a relíquia florestal, o grande poeta propôs comprar, ao dono, as terras onde ela crescia.
    Tenho para mim que, à vista da quantia exigida por este, ela só poderá ser subscrita por gente rica, em cuja bolsa umas poucas de centenas de mil-réis não façam falta.
    Aí é que me parece que o carro pega. Não é que eu tenha dúvidas sobre a generosidade da nossa gente rica; o meu ceticismo não vem daí.
    A minha dúvida vem do seu mau gosto, do seu desinteresse pela natureza. Excessivamente urbana, a nossa gente abastada não povoa os arredores do Rio de Janeiro de vivendas de campo com pomares, jardins, que os figurem graciosos como a linda paisagem da maioria deles está pedindo.
    Os nossos arrabaldes e subúrbios são uma desolação. As casas de gente abastada têm, quando muito, um jardinzito liliputiano de polegada e meia; e as da gente pobre não têm coisa alguma.
(Lima Barreto, O cedro de Teresópolis. Crônicas Escolhidas. Adaptado) 

Assinale a alternativa em que a expressão entre colchetes substitui a destacada, de acordo com a norma padrão de regência.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A

    ⇢ se importa COM alguém

    ⇢ propôs A alguma coisa

    ⇢ desfavorável A alguma coisa

    ⇢ originária DE algum lugar

    ⇢ usufruem DE alguma coisa

  • GABARITO: LETRA B

    A) ... deve ser bela porque Alberto de Oliveira se interessa pela sua conservação. [se importa em] ? quem se importa, importa-se COM alguma coisa e não "em".

    B) ... o grande poeta propôs comprar, ao dono, as terras nas quais ela crescia. [se dispôs a] ? correto, se dispôs a alguma coisa (=somente a preposição antes do verbo).

    C) ... está empenhado em impedir que um proprietário ganancioso derrube um cedro... [ser desfavorável] ? ser desfavorável A alguma coisa, faltou a preposição.

    D) A minha dúvida vem do seu mau gosto. [é originária em] ? é originária DE alguma coisa (=de+o ? do),

    E) ... e as da gente pobre não têm coisa alguma. [usufruem para] ? quem usufrui, usufrui DE alguma coisa e não "para".

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Entendi que o verbo dispor exige a preposição a. Concordo que entre as outras alternativas, essa é a única que apresenta a regência correta. Contudo não concordo com a correção do período após a substituição, pois trecho ao dono que antes era o objeto indireto de propôs, agora ficou sem lugar.

    Analisando o sentido, temos:

    Antes: Propôs ao dono comprar as terras onde ela crescia. (ou podemos pensar em: propôs a compra das terras onde ela crescia ao dono).

    Depois: [...] se dispôs a comprar as terras onde ela crescia, ao dono? [...] se dispôs ao dono a compra das terras onde ela crescia? o que dois objetos indiretos?

    Não entendi o que aconteceu com esse "ao dono". Agradecimentos antecipados a quem puder me explicar ou corrigir algo errado do que falei no meu raciocínio.

  • quem se dispõe, se dispões a alguma coisa