TEXTO 3
[...] “Mas não há dúvida de que se faziam grandes
progressos em direção a uma eleição mais limpa. A
rápida urbanização do país facilitava a mudança. O
eleitor urbano era muito menos vulnerável ao
aliciamento e à coerção. Ele era, sim, vulnerável aos
apelos populistas, e foi ele que deu a vitória a Vargas em
1950, a Kubitschek em 1955, a Goulart (como vice-presidente) em 1960. O populismo pode, sob certos
aspectos, ser considerado manipulação política, uma vez
que seus líderes pertenciam às elites tradicionais e não
tinham vinculação autêntica com causas populares.
Pode-se alegar que o povo era massa de manobra em
disputas de grupos dominantes. Mas o controle que
tinham esses líderes sobre os votantes era muito menor
do que a situação tradicional.” [...]
Trecho extraído de: Cidadania no Brasil: o longo caminho, José
Murilo de Carvalho.
Na escrita, para se conferir eficácia à coesão textual, é
comum o uso de recursos linguísticos que restringem ou
ampliam o significado de um termo, estabelecendo, desse
modo, diferentes vínculos de sentido no texto. Sendo
assim, as palavras: Vargas, Kubitschek, Goulart,
presidente e líderes, extraídas do texto acima, são
exemplos de: