SóProvas


ID
3346762
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de São Gonçalo do Rio Abaixo - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os fumantes e o trabalho
Fica mais difícil conseguir trabalho. Mas discriminar o fumante é socialmente injusto.

  Justificativas para deixar de contratar fumantes não faltam: em média, eles elevam os custos dos contratos com os planos de saúde, apresentam índices mais altos de absenteísmo e produtividade mais baixa.
    Em 2008, a Organização Mundial da Saúde (OMS) introduziu a recomendação de contratar apenas não fumantes, como estratégia de constrangimento para abandonar o cigarro.
   Grandes organizações de saúde americanas, como Cleveland Clinic e a Universidade da Pensilvânia, adotaram essa política com o argumento de que seus empregados devem servir de exemplo para a comunidade. Veladamente, resoluções semelhantes têm sido implantadas em outras companhias.
  De início justificadas para proteger contra o fumo passivo, medidas como essas estigmatizaram o fumante. Embora haja desacordo sobre o emprego de estigmas em nome de “boas causas”, eles contribuíram de fato para reduzir a prevalência do fumo.
  Na Cleveland Clinic, a proibição de fumar no campus foi adotada em 2005 e a da contratação de fumantes em 2007. A prevalência de fumantes em Cuyahoga (onde a clínica está situada) caiu de 20,7%, em 2005, para 15%, em 2009, enquanto no restante do estado de Ohio a diminuição foi de 22,4% para 20,3%. A questão fundamental é se políticas desse tipo são elaboradas com o objetivo de reduzir o número de dependentes ou para estigmatizar e excluir os fumantes dos empregos, por razões puramente econômicas?
    Parece paradoxal que instituições dedicadas ao tratamento de doenças para as quais o comportamento certamente contribui (diabetes, hipertensão arterial, Aids etc.) discriminem dependentes de nicotina.
    Regras para alijar os fumantes do mercado de trabalho não levam em consideração o fato de que 88% deles se tornam dependentes antes dos 18 anos; de que a nicotina causa a dependência mais escravizadora que a medicina conhece; e que embora mais de 80% dos fumantes digam que pretendem largar, apenas 2% a 3% dos que tentam conseguem passar um ano longe do cigarro. Políticas discriminatórias agravam desigualdades sociais. Como outras epidemias, a do fumo deslocou-se para os estratos mais pobres da população. Negar trabalho ao fumante perpetuará injustiças que a sociedade brasileira tem procurado corrigir.
   Avançamos muito na educação e nas medidas de combate ao cigarro. Na década de 1960, mais de 60% dos brasileiros com mais de 15 anos fumavam. Hoje, somos de 15% a 17%, conforme as estatísticas. Fumamos menos do que os norte-americanos, e também menos do que na Noruega, França, Alemanha, Itália e demais países europeus, com exceção da Suécia (12%).
  Esses resultados foram obtidos por meio de estratégias educativas divulgadas pelos meios de comunicação e da legislação antifumo, que infelizmente ainda padece de timidez acovardada.
  Empregadores que escolhem apenas funcionários não fumantes prejudicam as populações mais vulneráveis, colaboram para aprofundar desigualdades e se comportam de forma pouco ética.
(Por Drauzio Varella. Publicado em 21/09/2014. Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/revista/818/os-fumantes-e-o-trabalho324.html. Acesso em: 17/10/2016. Adaptado.)

No trecho “Parece paradoxal que instituições dedicadas ao tratamento de doenças para as quais o comportamento certamente contribui (diabetes, hipertensão arterial, Aids etc.) discriminem dependentes de nicotina.” (6º§), os parênteses têm como finalidade

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ?  ?Parece paradoxal que instituições dedicadas ao tratamento de doenças para as quais o comportamento certamente contribui (diabetes, hipertensão arterial, Aids etc.) discriminem dependentes de nicotina.? (6º§)

    ? Os parênteses estão marcando um aposto explicativo, ele explica acerca de algumas das doenças para quais o comportamento contribui.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Explica A CERCA DAS DOENÇAS .

  • GABARITO - C

    I) Um dos usos de parênteses é para introduzir informações acessórias:

    Os parênteses podem ser usados para introduzir toda espécie de informação considerada acessória no texto (comentários; significado de siglas, de palavras ou de expressões; possibilidades de leitura; enumerações; exemplificações; referências bibliográficas, nascimento e morte etc.). Veja algumas dessas situações:

    Significado de siglas:

    Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil tem mais de 200 milhões de habitantes.

    II) Referências bibliográficas:

    "O homem nasceu livre, e em toda parte se encontra sob ferros." (Jean-Jacques Rousseau, Do Contrato Social e outros escritos. São Paulo, Cultrix, 1968.)

    Mundo Educação.

  • Os parênteses estão marcando um aposto explicativo, ele explica acerca de algumas das doenças para quais o comportamento contribui.

  • Gab C!

    Funções do Parênteses:

    Em diálogos: Indicar fala de personagem. ''João Disse: - boa tarde.''

    Intercalar orações. (prestar atenção , se é oração tem verbo) ''o contrato - disse o juiz - foi feito.''

    Isolar aposto explicativo (prestar atenção, não tem verbo) '' João - meu amigo querido - está melhor.

    Isola orações adjetivas explicativas. As crianças - que são mais inocentes - aceitam tudo.