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ID
3347737
Banca
IDECAN
Órgão
CRO - AL
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                Surto de imprudência

          Até a vacina contra o sarampo começar a ser usada, em 1963, a doença era uma das principais causas de mortalidade infantil. Com o aperfeiçoamento e a popularização das imunizações, ela foi controlada na maioria dos países. Nos Estados Unidos, a boa notícia foi anunciada em 2000. Em dezembro do ano passado, no entanto, o sarampo ressurgiu, com 94 casos registrados na Califórnia. Até agora, no total, 121 pessoas foram identificadas com o vírus, em dezoito estados americanos. A origem do surto está associada ao crescente espaço conquistado por grupos adeptos do movimento antivacina, avessos à imunização.
        Dizer “não” é um direito individual, inalienável, mas, quando ele afeta a saúde pública, não há como fugir da constatação de retrocesso, na contramão dos avanços da medicina. É a quebra de um contrato social que, nas últimas décadas, salvou milhões de vidas e não pode ser rompido com alegações muito frágeis.
      As justificativas para não imunizar as crianças contra o sarampo são variadas. Alguns pais argumentam que o sistema imunológico consegue naturalmente se livrar dos agentes patológicos. Outros recorrem à tese do gastroenterologista inglês Andrew  Wakefield. Em 1998, ele publicou um artigo na prestigiosa revista científica Lancet que associava a vacina tríplice (contra a caxumba, a rubéola e o sarampo) a um risco aumentado de autismo. Em 2010, acusado de fraudador, antiético e desonesto, perdeu o registro no Conselho Geral de Medicina da Inglaterra. Virou um desacreditado, embora alguns fanáticos pela antivacinação tenham considerado suas afirmações. A Lancet teve de pedir desculpas, mas o estrago estava feito.
         A grita contra as vacinas, sob a alegação da livre expressão de uma vontade, perde força quando comparada a uma discussão semelhante nos anos 60. Os fumantes acendiam um cigarro sem se preocupar com as pessoas ao lado porque estariam fazendo mal apenas a si mesmos, e ponto. Quando estudos minuciosos comprovaram os danos da “fumaça passiva” à saúde, xeque-mate.Fumar hoje é de mau gosto, além de crime em locais, cada vez mais numerosos, onde impera a proibição.
       A vacinação de uma criança não protege apenas a vida dela, mas também a de todos ao seu redor. Um programa de imunização, em geral, pode ser considerado um sucesso quando pelo menos 95% da população é vacinada. Os 5% restantes são protegidos pelo que se chama, no jargão médico, de “imunidade de rebanho”, como uma muralha de proteção. Como todos os medicamentos, as vacinas oferecem reações adversas, e seria desonesto escondê-las. Porém, o risco de contaminação é sempre muito maior do que qualquer efeito adverso que a imunização possa provocar. Essa é uma constatação que vale para qualquer vacina.
(Revista Veja, fevereiro de 2015. Adaptado.) 

Indique a alternativa em que as sílabas das palavras aparecem corretamente separadas.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    A) a-d-ver-so / au-tis-mo ? o correto é "ad-ver-so".

    B) pas-sa-do / fra-u-da-dor ? o correto é "frau-da-dor".

    C) in-fec-to-lo-gis-ta / sa-ú-de

    D) p-neu-mo-ni-a / e-rra-di-ca-do ? o correto é "pneu-mo-ni-a" e "er-ra-di-ca-do"

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Duas vogais com acento .

    graúdo ( se a segunda vogal levar o acento , então separa) Gra-ú-do

    chapéu ( se a primeira vogal levar o acento, então não separa) cha-péu

  • Duas vogais com acento .

    graúdo ( se a segunda vogal levar o acento , então separa) Gra-ú-do

    chapéu ( se a primeira vogal levar o acento, então não separa) cha-péu

  • a-d-ver-so / au-tis-mo

    (Não existe sílaba sem vogal / 'd' devia ter sido agregado a sílaba anterior)

    pas-sa-do / fra-u-da-dor

    (Ditongos não se separam)

    in-fec-to-lo-gis-ta / sa-ú-de

    (Resposta / Hiato devidamente separado / Consoante precedida de consoante permanece na sílaba anterior)

    p-neu-mo-ni-a / e-rra-di-ca-do

    (Não existe sílaba sem vogal / Dígrafos 'rr' ficam em sílabas separadas)

  • A questão é sobre divisão silábica e quer que identifiquemos a alternativa em que as sílabas das palavras aparecem corretamente separadas. Vejamos: 

     .

    A) a-d-ver-so / au-tis-mo

    Errado. O erro está em a-d-ver-so, pois não há sílaba sem vogal (por isso que o "d" não pode ficar sozinho). O certo é "ad-ver-so".

     .

    B) pas-sa-do / fra-u-da-dor

    Errado. O erro está em fra-u-da-dor, pois não se separa o ditongo "au". O certo é "frau-da-dor".

     .

    C) in-fec-to-lo-gis-ta / sa-ú-de

    Certo. Tanto in-fec-to-lo-gis-ta quanto sa-ú-de estão separados corretamente.

     .

    D) p-neu-mo-ni-a / e-rra-di-ca-do

    Errado. Há dois erros. O primeiro erro está em p-neu-mo-ni-a, pois não há sílaba sem vogal (por isso que o "p" não pode ficar sozinho). O certo é "pneu-mo-ni-a". O outro erro está em e-rra-di-ca-do, pois devemos separar o dígrafo "rr". O certo é "er-ra-di-ca-do".

     .

    Divisão silábica

     

    A divisão silábica faz-se pela silabação (soletração), isto é, pronunciando as palavras por sílabas. Na escrita, separam-se as sílabas por meio do hífen: te-sou-ro, di-nhei-ro, con-te-ú-do, ad-mi-tir, guai-ta-cá, sub-le-var.

    Regra geral:

    • Na escrita, não se separam letras representativas da mesma sílaba.

    Regras práticas:

    Não se separam letras que representam:

    • a)   ditongos: cau-le, trei-no, ân-sia, ré-guas, so-cie-da-de, gai-o-la, ba-lei-a, des-mai-a-do, im-bui-a, etc.
    • b)   tritongos: Pa-ra-guai, quais-quer, sa-guão, sa-guões, a-ve-ri-guou, de-lin-quiu, ra-diou-vin-te, U-ru-guai-a-na, etc.
    • c)    os dígrafos ch, lh, nh, gu e qu: fa-cha-da, co-lhei-ta, fro-nha, pe-guei, quei-jo, etc.
    • d)   encontros consonantais inseparáveis: re-cla-mar, re-ple-to, pa-trão, gno-mo, mne-mô-ni-co, a-mné-sia, pneu-mo-ni-a, pseu-dô-ni-mo, psi-có-lo-go, bí-ceps, etc.

    Separam-se as letras que representam os hiatos: sa-ú-de, Sa-a-ra, sa-í-da, ca-o-lho, fe-é-ri-co, pre-en-cher, te-a-tro, co-e-lho, zo-o-ló-gi-co, du-e-lo, ví-a-mos, etc.

    Contrariamente à regra geral, separam-se, por tradição, na escrita, as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç e xc: guer-ra, sos-se-go, pis-ci-na, des-çam, cres-ço, ex-ce-ção, etc.

    Separam-se, obviamente, os encontros consonantais separáveis, obedecendo-se ao princípio da silabação: ab-do-me, ad-je-ti-vo, de-cep-ção, Is-ra-el, sub-ma-ri-no, ad-mi-rar, ap-ti-dão, felds-pa-to, sub-lin-gual, af-ta, e-clip-se, trans-tor-no...

    Na divisão silábica, não se levam em conta os elementos mórficos das palavras (prefixos, radicais, sufixos): de-sa-ten-to, di-sen-te-ri-a, tran-sa-tlân-ti-co, su-ben-ten-di-do, su-bes-ti-mar, in-te-rur-ba-no, su-bur-ba-no, bi-sa-vó, hi-dre-lé-tri-ca, etc.

     . 

    Referência: CEGALLA, Domingos Pascoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa, 48.ª edição, São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008.

     .

    Gabarito: Letra C