SóProvas


ID
3376783
Banca
FCC
Órgão
SPPREV
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                             Mais vale prevenir do que remediar


      Os dicionários trazem lições fundamentais, quanto ao justo sentido das palavras: costumam revelar o seu sentido de origem e o de seu emprego atual. Os provérbios também são esclarecedores: numa forma sintética, formulam lições que nascem do que as criaturas aprendem de suas próprias experiências de vida.

      Veja-se, por exemplo, o que afirma o provérbio “Mais vale prevenir do que remediar”. Prevenir é “tomar a dianteira”, “antecipar”, tal como dispõe o dicionário. Uma palavra que serve de prima-irmã desse verbete é precaver: daí que previdentes e precavidos seriam aqueles que preferem tomar medidas para não serem surpreendidos por fatos indesejáveis e incontornáveis. Nesse campo conceitual, a ideia comum é a valorização de iniciativas que se devem assumir para administrar o nosso destino até onde for possível. Sabemos todos, no entanto, que nem tudo se previne, e nem tudo tem remédio: vem daí outro provérbio popular, “o que não tem remédio, remediado está”. Como se vê, admite que nem tudo tem solução, ao passo que o provérbio que dá o título deste texto insiste em valorizar toda ação pela qual se busca, justamente, evitar a etapa da falta de remédio: prevenir.

      Ainda caminhando pelos verbetes do dicionário e pelas falas dos provérbios, damos com a palavra providência, que tem o sentido comum de “decisão”, “encaminhamento”. Ocorre que se vier com a inicial maiúscula − Providência − estará fazendo subentender a ação divina, a expressão maior de um poder que nos rege a todos. Há quem confie mais na Providência divina do que em qualquer outra instância humana; mas é bom lembrar que há também o provérbio “Deus ajuda a quem cedo madruga”, no qual se sugere que a vontade divina conta com a disposição do nosso trabalho, do nosso empenho, da nossa iniciativa, para se dispor a nos ajudar. Não parece haver contradição alguma entre ter fé, confiar na Providência, e ao mesmo tempo acautelar-se, sendo previdente. A ordem providencial e a ordem previdenciária podem conviver pacificamente, num sistema de reforço mútuo, por que não? A diferença entre ambas está em que a segunda conta com a qualidade da nossa gestão, de vez que seremos responsáveis não apenas pelo espírito de cautela que nos anima, mas sobretudo pelas medidas a tomar para que se administre no presente o que deve ser feito com vistas à garantia de um bom futuro.

                                                                                (Júlio Ribas de Almeida, inédito) 

A supressão da vírgula altera o sentido da frase:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? Pode-se e deve-se confiar nos dicionários, cuja edição se faz com critério.

    ? Temos o pronome relativo "cuja" dando início a uma oração subordinada adjetiva explicativa (=entre pontuação); ao retirar ao vírgula, teremos uma adjetiva restritiva (=sem pontuação), resultado: correção gramatical mantida, mas sentido alterado (=explicativo para restritivo).

    Baixe a Planilha de Gestão Completa nos Estudos Grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost3

    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • SEMPRE QUE COBRA ESSE TIPO DE QUESTÃO, PROCUREM PELO PRONOME RELATIVOS:

    (Que, quem,o qual (a qual, os quais, as quais), onde (equivalendo a em que), quanto (quanta, quantos, quantas) e cujo (cuja, cujos, cujas),

    POIS, NESSES CASOS, ESTAREMOS DIANTE DE ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA, QUE ALTERA O SENTIDO AO COLOCAR OU NÃO A VIRGULA

  • Boa colocação, colega!

    Quando estamos diante de relativos, ao retirar a frase alteramos o sentido de explicativo para restritivo.

    Sucesso, Bons estudos!

  • geralmente todo mundo procura logo o 'que', dessa vez eles colocaram o 'cujo' kkk

  • Pode-se e deve-se confiar nos dicionários, cuja edição se faz com critério.

    Usando a vírgula, temos uma Oração Subordinada Adjetiva Explicativa, ou seja, quer dizer que EM TODOS os dicionários as edições são feitas com critério.

    Se suprimirmos a vírgula antes do pronome reflexivo 'cuja' já mudará o sentido do texto, pois informará que pode-se e deve-se confiar APENAS NAQUELES DICIONÁRIOS cuja edição são feitas com critério, havendo aí uma Oração Subordinada Adjetiva Restritiva.

    Oração Subordinada Adjetiva Restritiva: sem vírgula

    Oração Subordinada Adjetiva Explicativa: com vírgula

    Restritiva, o nome já diz tudo: RESTRINGE.

    Ex: O homem que faz a mulher sofrer merece ser preso.

    Se não encontramos a vírgula, já sabemos que é Restritiva.

    Note que, quem merece ser preso é apenas aquele homem que faz a mulher sofrer, ou seja, especifica apenas ALGUNS.

    Ex: O homem, que faz a mulher sofrer, merece ser preso.

    Observe agora que há o uso de vírgulas, sendo assim uma Oração Subordinada Adjetiva Explicativa.

    Note também que, nesta frase, insinua-se que TODO HOMEM faz a mulher sofrer.

    Se tiver dúvidas, tente dar uma pausa no momento que encontrar a vírgula, que você entenderá melhor o sentido de ambas as frases.

  • Na alternativa C a oração passará de explicativa para restritiva.

  • Cujo - pronome relativo

    Empregado entre dois substantivos

    Valor de Posse.

    Substantivo 1(,) cujo Substantivo 2 = Substantivo 2 de Substantivo 1

    Virgula anteposta ao Pronome Relativo:

    Valor ReStritiVo - Sem Virgula

    Valor ExpliCatiVo - Com Virgula

  • Quando estamos diante de relativos, ao retirar a frase alteramos o sentido de explicativo para restritivo.

  • Pode-se e deve-se confiar nos dicionários, cuja edição se faz com critério.

    • Todos os dicionários possuem edição feita com critério

    Pode-se e deve-se confiar nos dicionários cuja edição se faz com critério.

    • Só devemos confiar no dicionário que possui edição feita com critério