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ID
3393187
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
SEE -PB
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                  Resiliência na escola traz desafios (mas também muitas possibilidades)

                                                                                                    Ana Carolina C D'Agostini

                                                                                                       07 de Fevereiro de 2019


    Segundo definição da Sociedade Norte-Americana de Psicologia, a resiliência é definida como a capacidade psicológica de se adaptar às circunstâncias estressantes e se recuperar de eventos adversos. Na Física, resiliência é compreendida como a propriedade de um corpo de recuperar a sua forma original, após sofrer algum choque ou deformação. A palavra deriva do latim resilio, que significa saltar para trás, reduzir-se e afastar-se.

      Os primeiros estudos sobre resiliência foram conduzidos há mais de 40 anos e enfatizaram a influência da genética nesse traço de personalidade, alegando que o indivíduo nasceria com ou sem essa característica. Embora o papel da genética deva ser considerado, pesquisas mais recentes indicam que a resiliência – em crianças e adultos – pode ser aprendida, e a escola é um espaço privilegiado para isso. Atualmente, defende-se que a resiliência resulta de uma conjunção de fatores genéticos, pessoais e ambientais. Norman Garmezy, norte-americano pioneiro na pesquisa sobre resiliência e desenvolvimento cerebral, defendeu que a resiliência em crianças que vivem em contexto de vulnerabilidade e adversidade ocorre de maneira mais próspera quando elas podem contar com um adulto com quem mantenham uma relação de proximidade e confiança. Além disso, em um estudo sobre o desenvolvimento da resiliência desde a infância até a adolescência conduzido por mais de dez anos em uma comunidade urbana, pesquisadores concluíram que os fatores que mais influenciam o quanto um indivíduo se torna resiliente são, principalmente, a existência de relacionamentos positivos, o desafio intelectual e o bom desempenho acadêmico. Esses resultados reforçam a importância de se concentrar nos processos que promovem e facilitam a resiliência e iluminam o papel dos educadores como potenciais adultos de referência nesse processo. 

      Viktor Frankl, autor do livro Em busca de sentido, narra a sua experiência como sobrevivente de um campo de concentração. Para ele, o principal elemento que permite a um ser humano buscar significado é eleger um propósito e criar metas concretas para si mesmo que vão além do sofrimento momentâneo. Ao construir uma ponte para o futuro, o indivíduo pode encontrar a direção para um cenário que lhe pareça possível e aliviar a sensação de que o presente é tão avassalador que não pode ser administrado. Ainda que ser criativo diante das adversidades possa ser muito desafiador, é importante construir o hábito de ser inventivo, fazer uso dos recursos disponíveis de formas inexploradas e visualizar possibilidades que muitas vezes não estão claras no início. 

      Há uma ideia geral de que é responsabilidade de cada um administrar as próprias emoções. Considerando que a escola é um espaço propício para o aprendizado, troca entre pares e desenvolvimento pessoal, seria interessante que diretores, coordenadores pedagógicos e outros gestores incentivassem os professores a desenvolver a resiliência como uma das habilidades socioemocionais. Isso pode ser feito priorizando essa habilidade como parte do treinamento de professores e explorando seu desenvolvimento em reuniões pedagógicas. Se os professores precisam se adaptar às mudanças trazidas pelo advento da tecnologia e se manter emocionalmente equilibrados para lidar com os desafios da profissão, a base desse processo deve se fundamentar nos aspectos emocionais e de bem-estar dentro do ambiente profissional.

Disponível em: <https//novaescola.org.br/conteudo/15537/resiliencia-na-escola-traz-desafios-mas-tambem-muitas-possibilidades> . Acesso em: 25 fev. 2019

Assinale a alternativa em que o trecho em destaque é classificado como oração adjetiva, exercendo a função de restringir, de especificar um termo anterior a que se refere.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    A) ?A palavra deriva do latim resilio, que significa saltar para trás, reduzir-se e afastar-se.? ? pronome relativo "que" dando início a uma oração subordinada adjetiva explicativa (=entre pontuação).

    B) ?[...] pesquisas mais recentes indicam que a resiliência ? em crianças e adultos ? pode ser aprendida [...]? ? indicam ISSO (=o "que" é uma conjunção subordinativa integrante e dá início a uma oração subordinada objetiva direta (=função sintática de objeto direto).

    C) ?[...] a resiliência em crianças [...] ocorre de maneira mais próspera quando elas podem contar com um [...] adulto com quem mantenham uma relação de proximidade e confiança.? ? pronome relativo "quem" dando início a uma oração subordinada adjetiva restritiva (=sem pontuação).

    D) ?Ainda que ser criativo diante das adversidades possa ser muito desafiador [...]? ? temos a conjunção subordinativa concessiva "ainda que" dando início a uma oração subordinada adverbial concessiva).

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  • Faça uma troca rápida:

    adulto com quem ( com o qual ) mantenham uma relação de proximidade e confiança.”

    Pronomes relativos introduzem orações adjetivas . Sem vírgulas = restritiva , com vírgulas = explicativas.

    Não desista!

  • Só para lembrar que a Prep. COM vem por causa de RELAÇÃO.

  • A questão quer que encontremos a oração subordinada adjetiva RESTRITIVA (que exerce a função de restringir, de especificar um termo anterior a que se refere). Vejamos:

    Um período composto por subordinação é constituído por orações subordinadas. As orações subordinadas são sintaticamente dependentes. Contêm oração principal, com uma ou mais orações subordinadas associadas a ela, que funcionam como termo de outra oração. Podem ser: adjetivas, substantivas e adverbiais

    .

    A “A palavra deriva do latim resilio, que significa saltar para trás, reduzir-se e afastar-se.”

    Neste caso, a oração em destaque é subordinada adjetiva explicativa.

    Oração subordinada adjetiva explicativa: É isolada por VÍRGULAS. Toma o termo a que se refere no seu sentido amplo, destacando sua característica principal ou esclarecendo melhor sua significação, à semelhança de um aposto. 

    Ex.: O homem, que é mortal, tem problemas na vida. (todo homem é mortal e todo homem tem problemas na vida) 

    DICA:

    ExpliCativa  -> Com vírgula 

    ReStritiva -> Sem vírgula 

    B “[…] pesquisas mais recentes indicam que a resiliência – em crianças e adultos – pode ser aprendida [...]”.

    Neste caso, a oração em destaque é subordinada substantiva objetiva diretas (indicam o quê? ISSO)

    Oração subordinada substantiva objetiva direta: funciona como objeto direto do verbo da oração principal.  

    Esqueminha: VTD + QUE ou SE 

    Ex.: Eu quero que você passe em um concurso público. (= Eu quero o quê? ISSO) 

     

    C “[…] a resiliência em crianças [...] ocorre de maneira mais próspera quando elas podem contar com um […] adulto com quem mantenham uma relação de proximidade e confiança.

    Neste caso, a oração em destaque é subordinada adjetiva RESTRITIVA. O pronome relativo "quem" está restringindo o termo "adulto" (= relação de proximidade com o adulto)

    Oração subordinada adjetiva restritiva: Não é isolada por vírgulas. Restringe o sentido do termo a que se refere.  

    Ex.: Os celulares que são modernos custam caro. (somente os celulares que são modernos custam caro) 

    D Ainda que ser criativo diante das adversidades possa ser muito desafiador […]”.

    Neste caso, a oração em destaque é subordinada adverbial concessiva.

    Oração subordinada adverbial concessivas: exprime ideia contrária ao fato expresso na oração principal. A concessão está diretamente ligada à ideia de contraste, de quebra de expectativa. É introduzida pelas conjunções embora, ainda que, se bem que, mesmo que, nem que, mesmo quando, posto que, apesar de que, conquanto, malgrado, não obstante, inobstante... 

    Ex.: Embora discordasse, aceitei sua explicação. 

    Gabarito: Letra C

  • Restritiva = Sem virgula

    Explicativa = Com virgula

  • Orações Subordinadas Adjetivas.

    Há aquelas que restringem ou especificam o sentido do termo a que se referem, individualizando-o. Nestas orações não há marcação de pausa , sendo chamadas subordinadas adjetivas restritivas 

    Orações Subordinadas Adjetivas.

    Existem também orações que realçam um detalhe ou amplificam dados sobre o antecedente, que já se encontra suficientemente definido. Há marcação de pausa , Estas orações denominam-se subordinadas adjetivas explicativas.

    Exemplo 1: Jamais teria chegado aqui, não fosse um homem que passava naquele momento

    Oração Subordinada Adjetiva Restritiva

    Exemplo 2: O homem , que se considera racional, muitas vezes age animalescamente.

    Oração subordinada Adjetiva Explicativa.