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ID
3393202
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
SEE -PB
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                  Resiliência na escola traz desafios (mas também muitas possibilidades)

                                                                                                    Ana Carolina C D'Agostini

                                                                                                       07 de Fevereiro de 2019


    Segundo definição da Sociedade Norte-Americana de Psicologia, a resiliência é definida como a capacidade psicológica de se adaptar às circunstâncias estressantes e se recuperar de eventos adversos. Na Física, resiliência é compreendida como a propriedade de um corpo de recuperar a sua forma original, após sofrer algum choque ou deformação. A palavra deriva do latim resilio, que significa saltar para trás, reduzir-se e afastar-se.

      Os primeiros estudos sobre resiliência foram conduzidos há mais de 40 anos e enfatizaram a influência da genética nesse traço de personalidade, alegando que o indivíduo nasceria com ou sem essa característica. Embora o papel da genética deva ser considerado, pesquisas mais recentes indicam que a resiliência – em crianças e adultos – pode ser aprendida, e a escola é um espaço privilegiado para isso. Atualmente, defende-se que a resiliência resulta de uma conjunção de fatores genéticos, pessoais e ambientais. Norman Garmezy, norte-americano pioneiro na pesquisa sobre resiliência e desenvolvimento cerebral, defendeu que a resiliência em crianças que vivem em contexto de vulnerabilidade e adversidade ocorre de maneira mais próspera quando elas podem contar com um adulto com quem mantenham uma relação de proximidade e confiança. Além disso, em um estudo sobre o desenvolvimento da resiliência desde a infância até a adolescência conduzido por mais de dez anos em uma comunidade urbana, pesquisadores concluíram que os fatores que mais influenciam o quanto um indivíduo se torna resiliente são, principalmente, a existência de relacionamentos positivos, o desafio intelectual e o bom desempenho acadêmico. Esses resultados reforçam a importância de se concentrar nos processos que promovem e facilitam a resiliência e iluminam o papel dos educadores como potenciais adultos de referência nesse processo. 

      Viktor Frankl, autor do livro Em busca de sentido, narra a sua experiência como sobrevivente de um campo de concentração. Para ele, o principal elemento que permite a um ser humano buscar significado é eleger um propósito e criar metas concretas para si mesmo que vão além do sofrimento momentâneo. Ao construir uma ponte para o futuro, o indivíduo pode encontrar a direção para um cenário que lhe pareça possível e aliviar a sensação de que o presente é tão avassalador que não pode ser administrado. Ainda que ser criativo diante das adversidades possa ser muito desafiador, é importante construir o hábito de ser inventivo, fazer uso dos recursos disponíveis de formas inexploradas e visualizar possibilidades que muitas vezes não estão claras no início. 

      Há uma ideia geral de que é responsabilidade de cada um administrar as próprias emoções. Considerando que a escola é um espaço propício para o aprendizado, troca entre pares e desenvolvimento pessoal, seria interessante que diretores, coordenadores pedagógicos e outros gestores incentivassem os professores a desenvolver a resiliência como uma das habilidades socioemocionais. Isso pode ser feito priorizando essa habilidade como parte do treinamento de professores e explorando seu desenvolvimento em reuniões pedagógicas. Se os professores precisam se adaptar às mudanças trazidas pelo advento da tecnologia e se manter emocionalmente equilibrados para lidar com os desafios da profissão, a base desse processo deve se fundamentar nos aspectos emocionais e de bem-estar dentro do ambiente profissional.

Disponível em: <https//novaescola.org.br/conteudo/15537/resiliencia-na-escola-traz-desafios-mas-tambem-muitas-possibilidades> . Acesso em: 25 fev. 2019

Assinale a alternativa em que o uso da vírgula é facultativo e sua supressão não configura desvio à oração.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? ?[...] pesquisas mais recentes indicam que a resiliência [...] pode ser aprendida, e a escola é um espaço privilegiado para isso.?

    ? Vírgula usada antes da conjunção coordenativa aditiva "e" de modo facultativo para separar orações com sujeitos diferentes.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Fiquei com uma dúvida, a vírgula usada antes da conjunção coordenativa aditiva "e" para separar orações com sujeitos diferentes é facultativa ou obrigatória? (Eu acreditava que era obrigatória, por isso a dúvida com relação ao gabarito da questão).

    Se alguém puder me explicar, ficarei grato!

  • Em relação ao uso da vírgula com a conjunção e, deve-se observar que há divergência entre os autores. Todavia, o que queremos é acertar a questão. Como faremos?

    Se o e tiver valor aditivo, deve-se olhar para o sujeito de cada oração. Assim, devemos observar se o sujeito é o mesmo ou se são sujeitos diferentes.

    Se o sujeito for o mesmo, existe uma preferência- não usar a vírgula. Se forem diferentes, o melhor é usá-la. Com o mesmo sujeito, é possível colocar a vírgula para dar ênfase ( mas o melhor é não usá-la, lembre-se!). Se forem sujeitos diferentes, você pode deixar sem a vírgula, desde que não comprometa o entendimento.

    Seguem exemplos:

    Ele estuda e trabalha ( mesmo sujeito). Preferência> Sem vírgula. Mas pode ser usada para dar ênfase.

    Ela irá no primeiro avião, e seus filhos irão no próximo ( sujeitos diferentes). Preferência> Com vírgula. A vírgula só poderá deixar de ser usada, caso não comprometa o sentindo, sendo, pois, facultativa.

    Frise-se, por fim, que se o e tiver valor adversativo, o uso da vírgula é obrigatório!

    Bons estudos!

  • pesquisas mais recentes indicam que a resiliência […] pode ser aprendida, e a escola é um espaço privilegiado para isso.”

    Quando os sujeitos são distintos a vírgula é facultativa antes do "e".

    Maria lava (,)e Joana passa.

    Bons estudos!

  • GABARITO: LETRA B

    → “[...] pesquisas mais recentes indicam que a resiliência [...] pode ser aprendida, e a escola é um espaço privilegiado para isso.”

    → Vírgula usada antes da conjunção coordenativa aditiva "e" de modo facultativo para separar orações com sujeitos diferentes.

  • Letra B

    De acordo com Bechara, a vírgula é FACULTATIVA entre orações aditivas e com sujeitos diferentes.

    Wesley, espero ter sanado sua dúvida. Foi assim que aprendi com o professor Elias Santana. Bons estudos :)

  • “Segundo […] a Sociedade Norte-Americana de Psicologia, a resiliência é definida como a capacidade psicológica de se adaptar às circunstâncias estressantes [...].”. (ERRADO).

    Oração subordinada adverbial conformativa a virgula é obrigatória.

  • GABARITO: LETRA B

    USO DA VÍRGULA

    1. Vírgula – indica uma pequena pausa na sentença.

    Não se emprega vírgula entre:

    • Sujeito e verbo.

    • Verbo e objeto (na ordem direta da sentença).

    Para facilitar a memorização dos casos de emprego da vírgula, lembre-se de que:

    A vírgula é:

    Desloca

    Enumera

    Explica

    Enfatiza

    Isola

    Separa

    Emprego da vírgula

    a) separar termos que possuem mesma função sintática no período:

    - João, Mariano, César e Pedro farão a prova.

    - Li Goethe, Nietzsche, Montesquieu, Rousseau e Merleau-Ponty.

    b) isolar o vocativo:

    - Força, guerreiro!

    c) isolar o aposto explicativo:

    - José de Alencar, o autor de Lucíola, foi um romancista brasileiro.

    d) mobilidade sintática:

    - Temeroso, Amadeu não ficou no salão.

    - Na semana anterior, ele foi convocado a depor.

    - Por amar, ele cometeu crimes.

    e) separar expressões explicativas, conjunções e conectivos:

    - Isto é, ou seja, por exemplo, além disso, pois, porém, mas, no entanto, assim, etc.

    f) separar os nomes dos locais de datas:

    - Cascavel, 10 de março de 2012.

    g) isolar orações adjetivas explicativas:

    - O Brasil, que busca uma equidade social, ainda sofre com a desigualdade.

    h) separar termos enumerativos:

    - O palestrante falou sobre fome, tristeza, desemprego e depressão.

    i) omitir um termo:

    - Pedro estudava pela manhã; Mariana, à tarde.

    j) separar algumas orações coordenadas

    - Júlio usou suas estratégias, mas não venceu o desafio.

    Vírgula + E

    1)Para separar orações coordenadas com sujeitos distintos:

    Minha professora entrou na sala, e os colegas começaram a rir.

    2) Polissíndeto:

    Luta, e luta, e luta, e luta, e luta: é um filho da pátria.

    3) Conectivo “e” com o valor semântico de “mas”:

    Os alunos não estudaram, e passaram na prova.

    4) Para enfatizar o elemento posterior:

    A menina lhe deu um fora, e ainda o ofendeu.

    RESUMO TIRADO AULAS DO PROFº PABLO JAMILK.

  • A questão é sobre o tema vírgula e quer que encontremos em qual alternativa a vírgula é de uso facultativo

    a) “Segundo […] a Sociedade Norte-Americana de Psicologia, a resiliência é definida como a capacidade psicológica de se adaptar às circunstâncias estressantes [...].”.

    Incorreta. Não se pode retirar a vírgula, pois separa um adjunto adverbial de conformidade de longa extensão deslocado e nesse caso por ter mais de duas palavras é obrigatório.

    b) “[...] pesquisas mais recentes indicam que a resiliência […] pode ser aprendida, e a escola é um espaço privilegiado para isso.”

    Correta. Temos na frase a vírgula sendo usada para separar conjunção "e" aditiva que tem sujeitos diferentes. " "Pesquisas" e "escola". Para Willian Cereja na sua Gramatica Reflexiva ele aponta como de uso facultativo a vírgula separando sujeitos diferentes com conjunção coordenativa. Vejam: As orações coordenadas sindéticas unidas pela conjunção e podem vir separadas por vírgulas quando: têm sujeitos diferentes: ·A criatura desviou-se, e ao cabo de um minuto as linhas moveram-se [ ... r (Graciliano Ramos) •a conjunção é repetida várias vezes: Queria não ver, e abaixava os olhos, e tapava-os com as mãos, e sentia-se fechar em si mesma. 

    c) “Viktor Frankl, autor do livro Em busca de sentido, narra a sua experiência como sobrevivente de um campo de concentração.”

    Incorreta. O termo entre as vírgulas é um aposto explicativo, pois está explicando "Viktor Frankl". Esse aposto deve vir entre as vírgulas.

    d) “[…] a resiliência resulta de uma conjunção de fatores genéticos, pessoais e ambientais.”

    Incorreta. A virgula está sendo usada para separar termos enumerativos com função caracterizadores (adjuntos adnominais)

    GABARITO: B

  • No caso de vírgula para separar ORAÇÕES ADITIVAS com SUJEITO DIFERENTES o uso da vírgula é recomendável, porém não é obrigatório.

    EXEMPLO: EU trabalhava, e meu FILHO estudava.

  • GABARITO: LETRA B

    Psquisas mais recentes indicam que a resiliência [...] pode ser aprendida, e a escola é um espaço privilegiado para isso.

    • Vírgula usada antes da conjunção coordenativa aditiva "e" de modo facultativo para separar orações com sujeitos diferentes.

    RUMO A PMCE T1 2021 COLOCAÇÃO 14

    RAIO SD PEDRO 01

    SD COSTA GARUPEIRO RAIO 02.

  • Gab B

    É facultativa usar a vírgula antes da conjunção “e” para separar ORAÇÕES ADITIVAS com SUJEITOS DIFERENTES