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ID
3393214
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
SEE -PB
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                  Resiliência na escola traz desafios (mas também muitas possibilidades)

                                                                                                    Ana Carolina C D'Agostini

                                                                                                       07 de Fevereiro de 2019


    Segundo definição da Sociedade Norte-Americana de Psicologia, a resiliência é definida como a capacidade psicológica de se adaptar às circunstâncias estressantes e se recuperar de eventos adversos. Na Física, resiliência é compreendida como a propriedade de um corpo de recuperar a sua forma original, após sofrer algum choque ou deformação. A palavra deriva do latim resilio, que significa saltar para trás, reduzir-se e afastar-se.

      Os primeiros estudos sobre resiliência foram conduzidos há mais de 40 anos e enfatizaram a influência da genética nesse traço de personalidade, alegando que o indivíduo nasceria com ou sem essa característica. Embora o papel da genética deva ser considerado, pesquisas mais recentes indicam que a resiliência – em crianças e adultos – pode ser aprendida, e a escola é um espaço privilegiado para isso. Atualmente, defende-se que a resiliência resulta de uma conjunção de fatores genéticos, pessoais e ambientais. Norman Garmezy, norte-americano pioneiro na pesquisa sobre resiliência e desenvolvimento cerebral, defendeu que a resiliência em crianças que vivem em contexto de vulnerabilidade e adversidade ocorre de maneira mais próspera quando elas podem contar com um adulto com quem mantenham uma relação de proximidade e confiança. Além disso, em um estudo sobre o desenvolvimento da resiliência desde a infância até a adolescência conduzido por mais de dez anos em uma comunidade urbana, pesquisadores concluíram que os fatores que mais influenciam o quanto um indivíduo se torna resiliente são, principalmente, a existência de relacionamentos positivos, o desafio intelectual e o bom desempenho acadêmico. Esses resultados reforçam a importância de se concentrar nos processos que promovem e facilitam a resiliência e iluminam o papel dos educadores como potenciais adultos de referência nesse processo. 

      Viktor Frankl, autor do livro Em busca de sentido, narra a sua experiência como sobrevivente de um campo de concentração. Para ele, o principal elemento que permite a um ser humano buscar significado é eleger um propósito e criar metas concretas para si mesmo que vão além do sofrimento momentâneo. Ao construir uma ponte para o futuro, o indivíduo pode encontrar a direção para um cenário que lhe pareça possível e aliviar a sensação de que o presente é tão avassalador que não pode ser administrado. Ainda que ser criativo diante das adversidades possa ser muito desafiador, é importante construir o hábito de ser inventivo, fazer uso dos recursos disponíveis de formas inexploradas e visualizar possibilidades que muitas vezes não estão claras no início. 

      Há uma ideia geral de que é responsabilidade de cada um administrar as próprias emoções. Considerando que a escola é um espaço propício para o aprendizado, troca entre pares e desenvolvimento pessoal, seria interessante que diretores, coordenadores pedagógicos e outros gestores incentivassem os professores a desenvolver a resiliência como uma das habilidades socioemocionais. Isso pode ser feito priorizando essa habilidade como parte do treinamento de professores e explorando seu desenvolvimento em reuniões pedagógicas. Se os professores precisam se adaptar às mudanças trazidas pelo advento da tecnologia e se manter emocionalmente equilibrados para lidar com os desafios da profissão, a base desse processo deve se fundamentar nos aspectos emocionais e de bem-estar dentro do ambiente profissional.

Disponível em: <https//novaescola.org.br/conteudo/15537/resiliencia-na-escola-traz-desafios-mas-tambem-muitas-possibilidades> . Acesso em: 25 fev. 2019

Assinale a alternativa que indica corretamente a função da oração em destaque em relação ao restante da frase na qual ela ocorre:

“[…] o indivíduo pode encontrar a direção para um cenário que lhe pareça possível e aliviar a sensação de que o presente é tão avassalador que não pode ser administrado”?

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? ?[...] o indivíduo pode encontrar a direção para um cenário que lhe pareça possível e aliviar a sensação de que o presente é tão avassalador que não pode ser administrado??

    ? Tão avassalador QUE (=depois do tesão vem a consequência, temos uma conjunção subordinativa adverbial consecutiva).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Gabarito: Letra B

    a) Finalidade -> precisaríamos de uma conjunção subordinativa adverbial final (para que, a fim de que, etc.) para introduzir a oração destacada, o que não ocorre.

    b) Consequência -> precisamos de uma conjunção subordinativa adverbial consecutiva para introduzir a oração destacada, que é justamente o que a questão traz: "tão avassalador que não pode ser administrado" (conjunção que tendo como antecedente na oração principal uma palavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho, etc.).

    c) Causa -> precisaríamos de uma conjunção subordinativa adverbial causal (porque, que, pois que, visto que, porquanto, desde que, etc.) para introduzir a oração destacada, o que não ocorre.

    d) Concessão -> precisaríamos de uma conjunção subordinativa adverbial concessiva (embora, ainda que, apesar de que, mesmo que, etc.) para introduzir a oração destacada, o que não ocorre. (Conj. Sub. Adv. Concessivas - introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal).

  • Dica Preciosa : o "Que" toda vez que tiver antecedido de TÃO , TAL , CADA , TANTO, TAMANHO será consecutiva

    Ex : Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora da prova 

  • Decore: tanto / tão +que = consecutivo.

    Sucesso!

  • GABARITO: B

    tão que,tanto que

    ideias de consequência

    EX: brinquei tanto que cansei !

  • O presente é tão avassalador (causa) que não pode ser administrado (consequência).

  • SE TEM TESÃO (TÃO, TANTO, TAMANHO), TEM CONSEQUÊNCIA

  • orações subordinadas Consecutivas: introduzem uma oração que expressa a consequência da principal. São elas: de sorte que, de modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, que (tendo como antecedente na oração principal uma palavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc.

    Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do exame.

    ✨As orações subordinadas que apresentam verbo em qualquer dos tempos finitos tempos do modo do indicativo, subjuntivo e imperativo e são iniciadas por conjunção, chamam-se orações desenvolvidas ou explicitas.✨

  • Pessoal!! Alguém me tira a seguinte dúvida:

    Nessa situação: " tão avassalador que não pode ser administrado”? (IAOCP,2019). Se for pra substituir por uma locução conjuntiva que represente consequência, como "de modo que", "de sorte que", a pessoa tira o "tão/que" ou tira só o "que". Sabe dizer?