A Listeria spp.é um microrganismo que se encontra amplamente disseminado na natureza e tem sido isolado do solo, de fezes humanas e de animais. Todas as espécies de Listeria são encontradas na natureza e podem, eventualmente, contaminar os alimentos, porém somente a Listeria monocytogenes é patogênica para o homem (4), tornando-se o principal patógeno nas doenças transmitidas pelos alimentos (12).
A Listeria monocytogenes é uma bactéria gram-positiva, com motilidade, que é um freqüente patógeno veterinário, causando aborto e meningoencefalite em vacas e ovelhas, porém há relatos em várias espécies animais. A infecção no homem não é comum, mas ocorre mais freqüentemente no período neonatal, durante a gravidez, nos idosos ou pacientes imunodeprimidos (3).
A transmissão de Listeria monocytogenes através dos alimentos pode causar doença em surtos ou casos isolados (9).
A gravidade da doença depende das condições imunológicas do hospedeiro e do tipo de infecção (11). Desta forma, a listeriose torna-se importante entre as gestantes e parturientes que se enquadram nas chamadas situações de risco. Segundo a organização americana Food and Drug Administration (FDA), um terço das infecções ocorre durante a gestação e pode provocar aborto ou doenças sérias no recém-nascido (5).
As mulheres grávidas infectadas podem apresentar sintomas de um resfriado e transmitir a doença ao feto através da placenta causando aborto, parto prematuro ou meningite após o nascimento (11).
O feto pode infectar-se no útero através da via hematógena ou da via ascendente a partir do trato genital materno (6), apresentando sinais de pneumonia e apnéia; pústulas na face e no corpo; granulomas no fígado, baço e cérebro (3).
Fonte: https://www.scielo.br/j/jbpml/a/Rx4J9xthwpd8PffWPh7y5LP/?lang=pt