SóProvas


ID
3401851
Banca
IBFC
Órgão
TRE-PA
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia atentamente o texto abaixo para responder à questão.

Sem direito e Poesia

    Eis me aqui, iniludível. Incipiente na arte da escrita, desfraldo sentimentos vestindo-os com as palavras que lhes atribuem significado. Às vezes dá vontade ser assim, hermético. Talvez, porque eu sinta que o mundo não me entende ou porque, talvez, eu não me encaixe harmonicamente no mundo, é que sinto esta liberdade em não me fazer entender. É que, talvez, a vida seja mesmo um mal entendido.
    Portanto, despiciendo as opiniões e me faço prolixo. Suasório para o intento de escrever em uma língua indecifrável ao homem comum. Meu vocabulário, quando quero, é um quarto cerrado e, nele me tranco e jogo fora a chave do entendimento. Dizem-me que as palavras devem ser um instrumento para comunicar-se e que isto é fazer-se entender. Mas eu, que do mundo nada entendo, por que razão deveria me fazer entender?
    Sinto o decesso aproximar-se, pelo esvair-se do fluido vital, e, sem tempo para o recreio desejado, com os ombros arcados pelos compromissos assumidos, tenho no plenilúnio um desejo imarcescível de que haja vida no satélite natural. Talvez, após o decesso, eu possa lá estabelecer morada e, vivendo em uma sociedade singular, haja o recreio em espírito. Na realidade. Na iniludível realidade, meu recreio é uma sala ampla. Teto alto. Prateleiras rústicas com farta literatura e filosofia. Nenhuma porta ou janela aberta a permitir à passagem do tempo. Uma poltrona aveludada. Frio. Lareira acesa. Vinho tinto seco, Malbec.
    O amor? O entregar-se? Não!
    Tratar-se-ia apenas de amor próprio. Sem entrega. Apenas eu. Apenas eu e o tempo. Cerrado na sala cerrada. Divagando sobre o nada e refletindo sobre tudo. Imarcescível seria tal momento. Mas a vida. A vida é singular ao tempo, pois que o tempo é eterno, e a criatura humana é botão de rosa, matéria orgânica falível na passagem do eterno. Sigo... Soerguendo-me... Sobrevivo...
(Fonte: Nelson Olivo Capeleti Junior/ Artigos13/04/2018 - JUS Brasil)

Analise os tempos e modos verbais empregados e assinale a alternativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • Na letra D, o verbo poder está conjugado no tempo presento do modo subjuntivo e não no futuro do presente do indicativo.

    GABARITO. D

  • GABARITO: LETRA D

    ? Lembrando que queremos a alternativa incorreta: "Talvez, após o decesso, eu possa lá estabelecer morada". (Futuro do presente do indicativo).

    ? O verbo está conjugado na 1a pessoa do singular do presente do subjuntivo e não futuro do pretérito.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • LETRA D

    "Talvez, após o decesso, eu possa lá estabelecer morada". (presente do subjuntivo).

    Observem o talvez dando ideia de possibilidade.

  • DICA: NO PRESENTE DO SUBJUNTIVO "QUE EU" + VERBO = QUE EU POSSA

  • D=futuro do presente do subjuntivo

  • Possa - presente do subjuntivo.

    Difícil para o cerébro entender que a banca quer a alternativa incorreta.

  • Talvez > DA UMA IDEIA DE DUVIDA , LOGO, É SUBJUNTIVO

  • `Presente do indicativo: Ação no momento da fala

    Futuro do Pretérito do indicativo: Fato que poderia ter acontecido posteriormente a uma situação passada

    Futuro do presente do indicativo: Fato que acontecera num momento posterior ao discurso, também expressa uma incerteza bem como uma ordem.

    Com base nas definições acima: Gabarito letra D

  • D) "Talvez" remete possibilidade que remete ao verbo SUBJUNTIVO!

  • Possa - remete ao questionamento "possa ou não", logo indica algo incerto -> futuro do subjuntivo