SóProvas


ID
3410011
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de São Roque - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                          O ataque da desinformação


      Sempre houve boatos e mentiras gerando desinformação na sociedade. O fenômeno é antigo, mas os tempos atuais trouxeram desafios em proporções e numa velocidade até há pouco impensáveis.

      A questão não é apenas a incrível capacidade de compartilhamento instantâneo, dada pelas redes sociais e os aplicativos de mensagem, o que é positivo, mas traz evidentes riscos. Muitas vezes, uma informação é compartilhada milhares de vezes antes mesmo de haver tempo hábil para a checagem de sua veracidade. O desafio é também oriundo do avanço tecnológico das ferramentas de edição de vídeo, áudio e imagem. Cada vez mais sofisticadas e, ao mesmo tempo, mais baratas e acessíveis, elas são capazes de falsificar a realidade de forma muito convincente.

      Para debater esse atual cenário, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) promoveu o seminário “Desinformação: Antídotos e Tendências”. Na abertura do evento, Marcelo Rech, presidente da ANJ, lembrou que o vírus da desinformação não é difundido apenas por grupos ou indivíduos extremistas. Também alguns governos têm se utilizado dessa arma para desautorizar coberturas inconvenientes. Tenta-se fazer com que apenas a informação oficial circule.

      O diretor da organização Witness, Sam Gregory, falou sobre as deepfakes e outras tecnologias que se valem da inteligência artificial (IA) para criar vídeos, imagens e áudios falsos. Houve um grande avanço tecnológico na área, o que afeta diretamente a confiabilidade das informações na esfera pública. O vídeo de um político fazendo determinada declaração pode ser inteiramente falso. Parece não haver limites para as manipulações.

      Diante desse cenário, que alguém poderia qualificar como o “fim da verdade”, Sam Gregory desestimulou qualquer reação de pânico ou desespero, que seria precisamente o que os difusores da desinformação almejam. Para Gregory, o caminho é melhorar a preparação das pessoas e das instituições, ampliando a “alfabetização midiática” – prover formação para que cada pessoa fique menos vulnerável às manipulações –, aperfeiçoando as ferramentas de detecção de falsidades e aumentando a responsabilidade das plataformas que disponibilizam esses conteúdos.

      Há um consenso de que o atual cenário, mesmo com todos os desafios, tem aspectos muito positivos, pois todos os princípios norteadores do jornalismo, como o de independência, da liberdade de expressão e o de rigor na apuração, têm sua importância reafirmada.

      O caminho para combater a desinformação continua sendo o mesmo: a informação de qualidade.

                                        (O Estado de São Paulo. 19.10.2019. Adaptado) 

Assinale a alternativa que está redigida de acordo com a norma-padrão.

Alternativas
Comentários
  • Assertiva E

    Independência, liberdade de expressão e rigor na apuração são os pilares onde se escora o jornalismo de primeira linha.

  • GABARITO: LETRA E

    A) A imprensa séria, a qual os tempos atuais têm proposto muitos desafios, deve ter sua importância reiterada ? têm proposto muitos desafios a alguém ou a algo (=preposição "a") + artigo definido "a" que acompanha o pronome relativo "qual" (=à qual).

    B) As instituições que divulgam informações, de cuja confiabilidade é vital para a esfera pública, têm sentido a interferência negativa dos avanços tecnológicos ? o correto é usar somente o pronome relativo "cuja" (=nenhum termo rege o uso da preposição "de").

    C) É necessário aperfeiçoar as ferramentas de detecção de falsidade, cujo o objetivo tem de ser exigir idoneidade das plataformas de conteúdo ? após o pronome "cujo" e suas variações não deve ser usado artigo.

    D) Em outubro de 2019, foi onde a Associação Nacional de Jornais organizou o seminário ?Desinformação: Antídotos e Tendências? ? pronome relativo "onde" usado para retomar um termo com valor temporal (="onde" retoma lugar e não tempo).

    E) Independência, liberdade de expressão e rigor na apuração são os pilares onde se escora o jornalismo de primeira linha ? frase plenamente correta, é a nossa resposta.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • não pode USAR ARTIGO DEPOIS DO CUJO

  • Dúvida: o pronome relativo "onde" foi utilizado corretamente na alternativa e?

    Alguns professores defendem que o "onde" só deve ser utilizado quando fica clara a ideia de lugar.

    Como a alternativa e apresenta somente substantivos abstratos (independência, liberdade e rigor), fiquei sem convicção para marcar.

    Além disso, "os pilares" fazem referência aos princípios do jornalismo (que também são abstratos).

    Valeu!

    Edição do comentário em 15 de maio de 2020

    Em transmissão realizada no YouTube esta semana, o Professor Felipe Luccas (Estratégia Concursos) resolveu uma questão semelhante e comentou que é recomendável/preferível a utilização de “no qual” ou “em que”, mas o “ondetambém pode ser usado para indicar um posicionamento virtual/metafórico (lugar figurado ou virtual).

  • Esse Arthur Carvalho é o bicho da goiaba!

    Pode escolher o concurso que quer passar.

  • E ESSE "ONDE" AÍ?!

    NUM TÁ ERRADO NÃO???

    VUNESP NEM É DE ENTRA EM POLÊMICA...

  • A alternativa E está correta, pois há o emprego de linguagem figurada (são os pilares).

    Independência, liberdade de expressão e rigor na apuração são os pilares onde se escora o jornalismo de primeira linha.

  • Concordo com o Oscar, o gabarito letra (E) tá meio "fuleiro". (substantivos abstratos = ONDE ??!!!)

    Bons estudos.

  • Esse pronome ONDE utilizado na E me deixou confusa!!!

  • Na letra E, o certo seria usar EM QUE em vez de ONDE, não é?

    ONDE, não retoma lugar? Então...

    Ainda não entendi por que a LETRA E é a correta. :(

  • CUIDADO

    A QUESTÃO NÃO APRESENTA ALTERNATIVA TOTALMENTE CORRETA

    Acredito que as alternativas A,B,C,D sejam de fácil resolução, não ensejando duvidas. O problema reside na alternativa E, que a banca aponta como gabarito.

    @Aline, @Doraci, @Oscar, @Almirmsantos, a alternativa E, de fato, apresenta, a priori da língua, um vicio no uso do pronome relativo "onde". Entretanto, como apontado pela colega Vanessa Mendonça, uma porção minoritária dos gramáticos aceita seu uso como expressão componente de figuras de linguagem. Na presente questão, seria a unica explicação possível e justificativa minimamente defensável para o gabarito.

    Ressalto que este é um entendimento apenas de alguns gramáticos, sendo que o mais aceito, e consequentemente correto, é o uso do pronome relativo "onde" apenas para a retomada de lugar. Na construção em tela, o mais correto seria o uso de "em que", "nos quais", etc... Por mais que tenhamos uma ideia figurada de lugar, o contexto deixa claro que "os pilares" não são algo físico, tornando o uso de "onde" incorreto.

    A alternativa E é a "menos incorreta".

  • questão complicada (e suspeita)... Mas não se esqueça: NÃO ENFIE ARTIGO NO CUJO!

  • Bora pra próxima galera!

  • NA LETRA "D", SERIA QUANDO, RETOMANDO TEMPO!!!

  • Gabarito tosco!

    Onde deve ser usado em lugar FÍSICO.

  • a) A imprensa séria, a qual os tempos atuais têm proposto muitos desafios, deve ter sua importância reiterada.

    Incorreta. a qual deveria receber o acento grave, pois quem propõe, propõe a algo ou a alguém. Temos a junção de preposição a + artigo a = à qual.

    b) As instituições que divulgam informações, de cuja confiabilidade é vital para a esfera pública, têm sentido a interferência negativa dos avanços tecnológicos.

    Incorreta. de cuja deveria ser apenas cuja, pois nenhum termo da oração pede/rege a preposição de.

    c) É necessário aperfeiçoar as ferramentas de detecção de falsidade, cujo o objetivo tem de ser exigir idoneidade das plataformas de conteúdo.

    Incorreta. cujo o deveria ser apenas cujo, pois não se usa artigo após o pronome relativo cujo.

    d) Em outubro de 2019, foi onde a Associação Nacional de Jornais organizou o seminário “Desinformação: Antídotos e Tendências".

    Incorreta. O pronome relativo onde está retomando um termo temporal (Em outubro de 2019). Esse pronome apenas retoma termos com valor de lugar.

    e) Independência, liberdade de expressão e rigor na apuração são os pilares onde se escora o jornalismo de primeira linha.

    Correta. O pronome onde retoma um termo com valor de lugar (pilares). Portanto, a frase está correta para a norma padrão.

    Gabarito do professor: E
  • GABARITO E

    O jornalismo se escora "em alguma coisa"

    O jornalismo se escora "nos pilares da independência, liberdade de expressão e rigor"

    Usam-se pilares como se fosse "colunas" 

    Pilar = coluna / algo de sustentação.

    Então, retoma lugar.

  • Alguém pode me ajudar com uma dúvida sobre a letra "B"? Não seria "a confiabilidade DE alguma coisa"?

    "As instituições que divulgam informações, de cuja confiabilidade (das instituições) é vital para a esfera pública, têm sentido a interferência negativa dos avanços tecnológicos."

    Reescrevendo: "A confiabilidade das instituições que divulgam informações é vital para a esfera pública, têm sentido a interferência negativa dos avanços tecnológicos"

    E concordo com os colegas sobre a "E", sempre aprendi que "Onde" só retoma lugar.

  • também fiquei com dúvida na questão B, mas acredito que o pronome relativo “cujo”, necessita ter algo relacionado à posse, e é aí que a nossa dúvida surge, visto que a preposição “de” aparece naturalmente em termos de posse. Exemplo:

    —> O livro, cuja leitura agradou muito aos alunos, trata dos tristes anos da ditadura. (cuja leitura = a leitura do livro). A leitura do livro (posse). Contudo, o verbo nesse exemplo já está com sua regência completa.

    —> A equipe cujo resultado foi o melhor terá financiamento. ( resultado da equipe). Preposição “de” indicando posse.

    —> Aquela é a empresa a cuja diretora me refiro (quem se refere, refere-se a). Nota-se que aqui também tem a preposição “de” ( diretora da empresa), mas a preposição antes do pronome relativo veio do verbo “referir-se”.

    Pelo que entendi, tem-se a necessidade de verificar a regência dos verbos nas orações que possuem o “cujo”, já que a preposição “de” é necessário para se ter uma situação de posse, em outras palavras, apenas a preposição da regência verbal e nominal que irá acompanhar o pronome relativo cujo, e não o termo (de) que indica posse.

    De qualquer forma, solicitei comentário do professor nessa questão.

  • Também ponho em questão o gabarito, justamente pelo fato do uso do pronome "onde". Gabarito queestionável...

  • Gabarito E. 'ONDE' está retomando um termo com valor de lugar.

  • E)

    Independência, liberdade de expressão e rigor na apuração são os pilares onde se escora o jornalismo de primeira linha.

    quem escora , escora algo = V.T.D

    Então não leva preposição = onde

  • colega ivan lucas explicou perfeitamente a polêmica envolvendo o gabarito

  • A PRIMEIRA QUE EXCLUI FOI A "E" KKKK SOCORRO

  • Marquei como correta a letra B, não consigo enxergar o erro no uso do "de" antes do cujo, conforme explicado pelo colega Arthur, já que a regra diz que podemos usar preposição antes de cujo e ao meu ver o "de" é devido a confiabilidade das informações. E a letra E está errada conforme a explicação do colega Oscar, no meu entendimento o Gabarito desta questão deveria ser a letra B. Caso alguém tenha enxergado algum erro no meu entendimento aceito explicações

  • Adicionei uma informação ao meu comentário acima.

    Bons estudos!

  • "Onde" pode ser, neste caso, substituído por "em que".

    Ficaria: Independência, liberdade de expressão e rigor na apuração são os pilares em que/nos quais se escora o jornalismo de primeira linha.

    Quem se escora (ampara), se escora EM alguma coisa.

    Acertei a questão com base nesse raciocínio.

    Caso eu esteja errada, corrijam-me.

    FOCO, FORÇA E FÉ!

  • E

    ERREI DE NOVO, NÃO VEJO ERRO NA A.

  • Qual é o erro da A?

  • O erro da alternativa "a" ao meu ver está na falta da crase. pois o verbo propor pede a regência da preposição por ser um VTDI e a pronome "a qual" está se referindo ao substantivo feminino "a imprensa".

    A imprensa séria, à qual os tempos atuais têm proposto muitos desafios, deve ter sua importância reiterada.

    OBS: pelo menos eu acho que seja isso!! estou engatinhando ainda na matéria de português kkkkk caso eu esteja equivocado agradeço quem puder me esclarecer melhor esta alternativa

  • PELO AMOR DE DEUS VUNESP, ESSE GABARITO ESTÁ ERRADO, "PILARES" nesse caso não é lugar!

  • O pronome “onde” e a sua variação “aonde” somente podem ser usados para se referir a lugar concreto.

    Nem todo lugar é geográfico.

    "Os pilares" é um local concreto e não geográfico.

  • O verbo propor não seria VTDI??

  • qual o erro da a?
  • ainda nao me desce a alternativa E

  • A alternativa A está errada pois a expressão `a qual` apresenta artigo, e o verbo `proposto` requer a preposição `a`. Desse modo, falta o acento indicativo de crase. O certo seria `à qual´.

  • Agora até o que gramático x ou y pensa temos que saber kkkkk

  • Questão polemica, pelas estatistas vejo que o povo que errou escolhendo a alternativa "A" ignorou completamente a crase considerando errado na alternativa "E" a utilização do pronome "onde"

  • O emprego do pronome relativo "Onde" na alternativa "E" me pareceu meio inadequado! ... Acredito que o excerto estaria melhor reescrito da seguinte forma: "Independência, liberdade de expressão e rigor na apuração são os pilares NOS QUAIS se escora o jornalismo de primeira linha".
  • Impressionante como uma questão dessa nunca tem professor explicando, mds

  • Avisem-me onde fica  Independência, liberdade de expressão e rigor que quero muito conhecer. Fiquei curioso!

  • Esta incorreto o uso do pronome relativo ONDE na alternativa E, tendo em vista que ele deve ser utilizado para se referir a lugares físicos.