Emergência psiquiátrica e a Reforma da Assistência à Saúde Mental
Conforme comentado anteriormente, as reformas na assistência à Saúde Mental redirecionaram o modelo de atenção focado essencialmente em grandes manicômios para uma rede diversificada e articulada de atendimento extra-hospitalar, sendo as internações reservadas para casos agudos5. As mudanças nas políticas de saúde mental, com ênfase no tratamento extrahospitalar, levaram ao aumento do número de pacientes na comunidade sujeitos a recaídas, por vezes repetitivas, demandando o uso crescente de SEPs6.
Consequentemente, os SEPs assumiram um novo papel na estruturação e funcionamento na rede de serviços de saúde mental, fomentando uma melhor relação entre eles2. Os SEPs passaram a desempenhar um papel central na funcionalidade dos serviços de saúde mental, pois além de atuarem como principal porta de entrada no sistema7 e organizarem o fluxo das internações8, contribuíram para a redução de admissões hospitalares desnecessárias9 e possibilitaram uma melhor comunicação entre as diversas unidades do sistema de saúde10.
"Serviços de emergência psiquiátrica e suas relações com a rede de saúde mental Brasileira" - Régis Eric Maia Barros, Teng Chei Tung e Jair de Jesus Mari. link https://www.scielo.br/j/rbp/a/xQ7NkgJ4VHTTPZ6Vsz76mpS/?lang=pt