Para responder essa pergunta devemos colocar em prática nosso conhecimento sobre o processo de escavação de solos.
O solo consiste na camada superficial da Terra, oriundo dos processos de intemperismo e decomposição das rochas. Com base em sua consistência/compacidade, os solos recebem uma classificação.
Nesse contexto, antes de definir solos moles, é importante conceituar que o ensaio de penetração padrão, conhecido popularmente como SPT, é responsável pela determinação do índice de resistência à penetração do solo (N) que, por sua vez, é mensurado em função da quantidade de golpes necessários para a cravação de 30 cm de um amostrador padrão, após cravar o mesmo inicialmente por 15 cm.
Nesse contexto, os solos moles tratam-se de solos que possuem alta compressibilidade e reduzida resistência ao cisalhamento. Tecnicamente, a ABNT NBR 6484 (2001), intitulada "Solo - Sondagens de simples reconhecimento com SPT - Método de ensaio", classifica como solos moles as argilas e siltes que possuem índice de resistência à penetração variando de 3 até 5.
Dado que a compressibilidade está associada com a redução de volume do solo devido à aplicação de uma pressão externa, tem-se que a escavação de solos moles deve ser realizada, preferencialmente, por equipamentos dotados de esteiras, pois isso reduz a pressão sobre o solo, assegurando melhor aderência e menores deformações no terreno. Por sua vez, escavadeiras dotadas de pneus não devem ser empregadas, pois os pneus transmitem o peso da máquina para o solo de forma similar a um carregamento concentrado, ocasionando grandes deformações e dificuldades para a locomoção do equipamento no terreno.
Gabarito do professor: ERRADO.