Para solucionar essa questão precisamos
colocar em prática nossos conhecimentos sobre ensaios para pavimentação.
De forma
simplificada, as camadas que constituem um pavimento são:
-
Subleito: material de fundação do
pavimento;
- Leito: camada situada acima do subleito, formada pelas
movimentações de terra na terraplenagem para conceber o greide de projeto;
- Reforço
de subleito: camada concebida com o intuito
de com intuito de melhorar a capacidade estrutural do pavimento. Esta camada possui
propriedades geotécnicas inferiores as da sub-base, sendo empregada com o
intuito de reduzir a espessura dessa última por motivos econômicos;
-
Sub-base: camada intermediária entre o
reforço do subleito e a base. Ela tem a função de controlar deformações e
compatibilizar o comportamento mecânico das camadas, podendo sua existência ser
desnecessária;
- Base: camada que resiste e distribui as ações
provenientes das cargas verticais;
-
Revestimento: camada localizada acima da
base, na posição mais externa. Sua função é receber a ação do tráfego
diretamente.
Além disso, vale conceituar que o cimento
asfáltico de petróleo (CAP) consiste em um material viscoso, existente no
estado líquido, sólido ou semissólido, muito utilizado na camada de revestimento,
pois apresenta boas características de flexibilidade, durabilidade e alta
resistência.
Nesse contexto, o ensaio de
penetração, como o próprio nome sugere, possui a função de determinar a
penetração de materiais betuminosos que, por sua vez, trata-se da distância
que uma agulha padronizada penetra verticalmente no material, para determinadas
condições de carga, tempo e temperatura.
O ensaio de penetração é regulado pelas
normas ABNT NBR 6576 (2007) e DNER-ME 003/99, intituladas, respectivamente, “Materiais
asfálticos — Determinação da penetração" e “Material betuminoso – Determinação
da penetração".
Por sua vez, a Norma DNIT 095/2006 –
EM, cujo título é “Cimentos asfálticos de petróleo - Especificação de
material", classifica o CAP quanto à penetração em sua Tabela 1.
Especificamente, considerando a penetração para a carga de 100 g, em 5 s e a
25º C, tem-se que:
- CAP 30/45 para a penetração entre 30
e 45;
- CAP 50/70 para a penetração entre 50
e 70;
- CAP 85/100 para a penetração entre 85
e 100;
- CAP 150/20 para a penetração entre
150 e 200.
Portanto, a assertiva do enunciado
está correta, visto que o limite de penetração, determinado pelo ensaio
de penetração, consiste em um dos parâmetros pelos quais classifica-se o CAP.
Gabarito do professor: CERTO.
Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP)
É o resíduo da destilação do petróleo e é classificado de acordo com o teste de penetração, no Brasil os
tipos produzidos são:
CAP 30-45,
CAP 50-70,
CAP 85-100 e
CAP 150-200.
Esses números associados representam a faixa de penetração a qual o CAP deve possuir. Assim, o CAP 50-70, por exemplo, deve possuir uma penetração entre 50 e 70 décimos de milímetro.
O ensaio para a determinação da penetração consiste na penetração de uma agulha padrão, numa amostra de CAP, por 5 segundos, à 25°C.
O CAP é utilizado em serviços a quente, tais como: concreto asfáltico, pré-misturado, areia-asfalto e tratamento superficial. O CAP não deverá ser aquecido acima de 177 C, sob risco de oxidação e craqueamento térmico do ligante.
Asfalto obtido pela refinação do petróleo, de acordo com métodos adequados, de maneira a apresentar as qualidades necessárias para a sua utilização em construções de pavimentos asfálticos.