SóProvas


ID
3470677
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Valença - BA
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Pressionar crianças para que sejam bons alunos
resulta em desânimo


Rosely Sayão


       Pesquisas apontam aumento na taxa de suicídio entre os jovens brasileiros, e o fenômeno é mundial. Por esse motivo, alguns países têm se preocupado com a depressão em crianças e jovens. A Academia Americana de Pediatria, por exemplo, recomendou que os médicos devem sempre procurar sinais dessa doença nos mais novos. Sinal amarelo piscando.
      Precisamos pensar com atenção na saúde mental de nossas crianças e de nossos jovens. Mas parece que nem as famílias e nem as escolas têm essa questão como importante: ambas são criadoras de muitas causas que podem afetar negativamente a qualidade de vida emocional de quem elas deveriam cuidar. Vamos levantar alguns pontos que podem provocar pressão em demasia, ansiedade e medos de fracasso nas crianças e nos jovens.       
        Primeiramente, a pressão sobre a vida escolar. Nunca, nunca antes tivemos famílias e escolas tão empenhadas em fazer com que filhos e alunos tenham alta performance escolar, o que significa, é claro, boas notas, aprovação com destaque em exames e provas etc. Mas por quê?
        Porque, de repente, decidimos que o bom rendimento escolar da criança é pré-requisito fundamental para um futuro profissional promissor. Posso assegurar-lhe que não é, por dois motivos bem simples. Primeiro: bom rendimento escolar não significa, necessariamente, bom aprendizado. Segundo: estamos um pouco atrasados nessa premissa, já que, hoje, ter estudos não garante nada, absolutamente nada em termos profissionais, e não apenas em nosso país. Agora, imagine crianças – inclusive as mais novas – e jovens pressionados até o limite para que sejam bons alunos. Só pode resultar em ansiedade, desânimo, receios etc. Junte a isso as acirradas competições às quais eles são submetidos, o bullying – que eu reputo à ausência de adultos na tutela dos mais novos –, as agendas lotadas de compromissos, as intermináveis lições de casa (muitas vezes motivos para brigas entre pais e filhos), a erotização precoce que promove busca infantil por um determinado tipo de beleza etc.
        Uau! Se para um adulto essa mistura já pode ser explosiva para a sanidade mental, imagine, caro leitor, para crianças e adolescentes! E o que podemos fazer? Muita coisa! Deixar de confundir cobrança com pressão já pode ser um grande passo. Nossos filhos e alunos precisam ser cobrados a levar sempre adiante sua vida escolar. Mas precisamos ser mais compreensivos quando eles não conseguem, e ajudá-los no esforço que precisam investir para aprender, em vez de pressioná-los mais ainda.
     As famílias podem e devem também ensinar os filhos a lidar com suas emoções. Sabe quando uma criança pequena pega algum objeto de vidro e os pais o ensinam a tomar cuidado porque é frágil e ela pode quebrar, mesmo sem querer? Podemos fazer a mesma coisa com os sentimentos que ela experimenta. Posso ilustrar isso que acabei de dizer com o seguinte exemplo: quando uma criança manifesta raiva, devemos ensiná-la que essa emoção e suas manifestações podem machucá-la e também os outros.
        E a escola precisa se dar conta de que o ambiente escolar pode ser – e em geral é – neurotizante para muitas crianças! E não é por falta de conhecimento que não mudamos esse panorama.
       Vamos cuidar da saúde mental de nossas crianças e jovens tanto quanto cuidamos de sua saúde física!


Adaptado de: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/roselysayao/2016/03/1747467-pressionar-criancas-ate-o-limite-para-que-sejam-bons-alunos-so-pode-resultar-em-ansiedade-edesanimo.shtml
Acesso em 10 de março de 2016.

No excerto “Porque, de repente, decidimos que o bom rendimento escolar da criança é pré-requisito fundamental para um futuro profissional promissor”, é correto afirmar que o termo destacado

Alternativas
Comentários
  • “Porque, de repente, decidimos que o bom rendimento escolar da criança é pré-requisito fundamental para um futuro profissional promissor”

    Quem decide, decide alguma coisa, logo temos uma conjunção integrante(que) dando início a uma oração subordinada objetiva direta.

    Para quem tem dúvida, período composto por subordinação é quando uma oração exerce a função sintática da outra oração completando seu sentido.

    GABARITO. E

  • GABARITO: LETRA E

    ? ?Porque, de repente, decidimos que o bom rendimento escolar da criança é pré-requisito fundamental para um futuro profissional promissor?

    ? Decidimos ISSO (=o "que" é uma conjunção subordinativa integrante e dá início a uma oração subordinada substantiva objetiva direta, ela possui função sintática de objeto direto).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Gab: E

     “Porque, de repente, decidimos que o bom rendimento escolar da criança é pré-requisito fundamental para um futuro profissional promissor”

    >> Decidimos "isso" >> trata-se de uma conjunção integrante;

    >> Quem decide, decide algo >> decide "isso" >> VTD, pede complemento direto (objeto direto);

    >> logo, temos a conjunção integrante "que" introduzindo uma oração subordinada substantiva objetiva direta!

  • Facilitará seu estudo se assentado este ensinamento: quando o "que" for conjunção integrante ele introduzirá oração subordinada substantiva. Verifiquemos o enunciado:

    "Porque, de repente, decidimos que o bom rendimento escolar (...)"

    Note o papel desempenhado pela conjunção em destaque: introduzir uma oração subordinada substantiva objetiva direta, ou seja, o objeto direto do verbo "decidir".

    a) é uma preposição e introduz um complemento nominal.

    Incorreto. É conjunção e não introduz complemento nominal. Importa relembrar: o complemento nominal é sempre preposicionado;

    b) é uma conjunção e introduz um adjunto adverbial de modo.

    Incorreto. É mesmo conjunção, porém não introduz adjunto;

    c) é uma preposição e introduz um objeto indireto.

    Incorreto. É conjunção e introduz uma oração oração subordinada substantiva objetiva direta;

    d) é um pronome relativo e introduz um sujeito.

    Incorreto. Pode atuar como pronome relativo e pode ser sujeito, e, nessa ocasião, ela retoma-o e não o introduz.

    e) é uma conjunção e introduz um objeto direto.

    Correto. Eis a escorreita definição.

    Letra E

  • Gab: E É possível substituir o 'que' por ISSO. Logo, temos uma conjunção integrante com função substantivo. Próximo passo é analisar a transitividade do verbo decidir. Decidir é VTD (decidir alguma coisa, decidir o que). VTD pede complemento de Objeto Direto. temos então conjunção integrante de oração subordinada substantiva objetiva direta.
  • GABARITO: E

    decidimos que------> troca o QUE por isso já mata a charada

    então já e conjunção,elimina quase todas as alternativas

    faz a pergunta ao verbo..... quem decide---->decide algo

  • #PPMG

  • pq não cai mais?

  • pq não cai mais?