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ID
3484045
Banca
VUNESP
Órgão
Câmara de São Joaquim da Barra - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto, para responder à questão .

Uma história literária do fanatismo

        A palavra “fanático” nem sempre foi um insulto ou uma acusação: até onde se sabe, pode ter começado como uma espécie de elogio. O termo latino fanaticus vem de fanus – um altar ou um santuário. Designava o benfeitor de um templo, ou um indivíduo diretamente inspirado pelos deuses; um mecenas das artes sacras ou um artista invulgarmente talentoso poderiam ser, a sua maneira, fanáticos.
       Cícero, no século I a.C., talvez tenha sido o primeiro a usar a palavra de forma pejorativa – numa de suas orações, o termo vira sinônimo de supersticioso.
       Centenas de anos depois, Voltaire chegou a uma definição mais próxima daquela que usamos hoje. “O fanatismo é uma doença da mente, que se transmite da mesma forma que a varíola”, escreve no Dicionário Filosófico, de 1764. “Não se transmite tanto por livros quanto por discursos e reuniões. Raramente nos sentimos exaltados quando estamos lendo sozinhos, com a mente tranquila e sedada.”
        Não sei até que ponto concordo com a indulgência plenária que Voltaire concede aos livros: poderíamos encher uma razoável biblioteca com obras que inspiraram paixões sangrentas. Mas o iluminista francês parece aproximar-se de uma verdade atemporal ao apontar a natureza gregária e contagiosa do fanatismo. Como uma força da natureza, essa praga mental se propaga pela ânsia exacerbada de unanimidade e pelo horror ao pensamento independente. Um contágio mais propenso a afetar manadas do que eremitas.
(José Francisco Botelho. Veja, 25.04.2018. Adaptado)

Na passagem – Não sei até que ponto concordo com a indulgência plenária que Voltaire concede aos livros: poderíamos encher uma razoável biblioteca com obras que inspiraram paixões sangrentas. – os dois-pontos introduzem uma sequência contendo

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E

    Não sei até que ponto concordo com a indulgência plenária que Voltaire concede aos livros: poderíamos encher uma razoável biblioteca com obras que inspiraram paixões sangrentas

    ✓ Após os dois-pontos temos uma ideia de explicação/justificativa do porquê de não haver concordância com o pensamento de Voltaire, a conjunção coordenativa explicativa "pois" traz perfeitamente essa ideia.

    ☛ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva E

    uma justificativa e poderiam ser substituídos pela conjunção “pois”.

    : = “pois”.

  • Pois antes do verbo é explicação

  • A conjunção ajuda a resolver a questão

  • Explicativas = explicação é o mesmo que justificativa ou dizer o mesmo com outras palavras

    porque, pois(anteposto ao verbo = inicio da oração), porquanto, que, ou seja

    venha para casa , pois está começando a chover

    OBS: Oração anterior a maioria vem com verbo no imperativo, Quando não vier no imperativo pode ter dúvida com causa nesse caso só o contexto salva.