SóProvas


ID
3486181
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de São Felipe D`Oeste - RO
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A elegância do conteúdo


      De ferramentas tecnológicas, qualquer um pode dispor, mas a cereja do bolo chama-se conteúdo. É o que todos buscam freneticamente: vossa majestade, o conteúdo.

         Mas onde ele se esconde?

         Dentro das pessoas. De algumas delas.

      Fico me perguntando como é que vai ser daqui a um tempo, caso não se mantenha o já parco vínculo familiar com a literatura, caso não se dê mais valor a uma educação cultural, caso todos sigam se comunicando com abreviaturas e sem conseguir concluir um raciocínio. De geração para geração, diminui-se o acesso ao conhecimento histórico, artístico e filosófico. A overdose de informação faz parecer que sabemos tudo, o que é uma ilusão, sabemos muito pouco, e nossos filhos saberão menos ainda. Quem irá optar por ser professor não tendo local decente para trabalhar, nem salário condizente com o ofício, nem respeito suficiente por parte dos alunos? Os minimamente qualificados irão ganhar a vida de outra forma que não numa sala de aula. E sem uma orientação pedagógica de nível e sem informação de categoria, que realmente embase a formação de um ser humano, só o que restará é a vulgaridade e a superficialidade, que já reinam, aliás.

      Sei que é uma visão catastrofista e que sempre haverá uma elite intelectual, mas o que deveríamos buscar é justamente a ampliação dessa elite para uma maioria intelectual. A palavra assusta, mas entenda-se como intelectual a atividade pensante, apenas isso, sem rebuscamento.

      O fato é que nos tornamos uma sociedade muito irresponsável, que está falhando na transmissão de elegância. Pensar é elegante, ter conhecimento é elegante, ler é elegante, e essa elegância deveria estar ao alcance de qualquer pessoa. Outro dia, conversava com um taxista que tinha uma ideia muito clara dos problemas do país, e que falava sobre isso num português correto e sem se valer de palavrões ou comentários grosseiros, e sim com argumentos e com tranquilidade, sem querer convencer a mim nem a ninguém sobre o que pensava, apenas estava dando sua opinião de forma cordial. Um sujeito educado, que dirigia de forma igualmente educada. Morri e reencarnei na Suíça, pensei.

      Isso me fez lembrar de um livro excelente chamado A Elegância do Ouriço, de Muriel Barbery, que conta a história de uma zeladora de um prédio sofisticado de Paris. Ela, com sua aparência tosca e exercendo um trabalho depreciado, era mais inteligente e culta do que a maioria esnobe que morava no edifício a que servia. Mas, como temia perder o emprego caso demonstrasse sua erudição, oferecia aos patrões a ignorância que esperavam dela, inclusive falando errado de propósito, para que todos os inquilinos ficassem tranquilos - cada um no seu papel.

      A personagem não só tinha uma mente elegante, como possuía também a elegância de não humilhar seus "superiores", que nada mais eram do que medíocres com dinheiro.

      A economia do Brasil vai bem, dizem. Mas pouco valerá se formos uma nação de medíocres com dinheiro.

Martha Medeiros, 06/06/2010

Nas frases:


• Graças a Deus chegou a Primavera.

• Graças a Deus cheguei à Primavera.


Pode- se afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? Graças a Deus chegou a Primavera ? chegou alguma coisa (alguns gramáticos consideram o termo "a primavera" como sujeito e outros como objeto direto, de toda forma, a resposta mais correta é a letra "c").

    ? Graças a Deus cheguei à Primavera ? o termo em destaque está marcando um adjunto adverbial com base feminina (a preposição está sendo regida pelo verbo "cheguei": cheguei a algum lugar; verbo intransitivo que pede um adjunto adverbial como complemento).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Graças a Deus”, sem crase, é a forma certa. Isso porque Deus é um substantivo masculino. Nesse caso, não há a junção da preposição “a” com o artigo feminino “a”, que formam a crase

  • kkkk tá serto!

  • A questão ofende a análise sintática, realizada aqui sem nenhum apuro. Inexiste gabarito, porque há inconteste erro de interpretação do segmento "a Primavera" na primeira das estruturas.

    I - Graças a Deus chegou a Primavera.

    Nessa oração, o termo "a Primavera" exerce função sintática de sujeito simples. A frase apresenta-se em ordem alterada. Para aclarar as ideias, disponha-a ordenadamente: "A Primavera chegou graças a Deus." Não se marca o fenômeno crásico, de acordo com a gramática normativa, em virtude de o sujeito não aparecer preposicionado. Eis a justificativa, que não foi elencada nas opções de resposta.

    Gabarito do monitor: Questão nula.

    Gabarito da banca: Letra C.

  • VB TRANSITIVO INDIRETO = QUEM CHEGA , ''CHEGA A''.................À PRIMAVERA PARECE-ME CIDADE,CASA,ALGO DO GÊNERO. [OU SEJA CIRCUSTâNCIA = ADVÉRBIO = ADJ ADVERBIAL.]

  • hahaha...Que banca bisonha é essa, mano véio?! Fala sério!

    Na primeira frase, "a primavera" é sujeito do verbo chegar, e não objeto direto. Um erro grosseiro de português numa prova de português. hehehe...

    Sem gabarito e sem comentários. Deveria ter sido anulada essa questão.

  • • Graças a Deus chegou a Primavera.

    • Graças a Deus cheguei à Primavera. adj adverbial - A crase está especificando o "lugar"

  • Loucura total.
  • Monitor do Qconcursos

    A questão ofende a análise sintática, realizada aqui sem nenhum apuro. Inexiste gabarito, porque há inconteste erro de interpretação do segmento "a Primavera" na primeira das estruturas.

    I - Graças a Deus chegou a Primavera.

    Nessa oração, o termo "a Primavera" exerce função sintática de sujeito simples. A frase apresenta-se em ordem alterada. Para aclarar as ideias, disponha-a ordenadamente: "A Primavera chegou graças a Deus." Não se marca o fenômeno crásico, de acordo com a gramática normativa, em virtude de o sujeito não aparecer preposicionado. Eis a justificativa, que não foi elencada nas opções de resposta.

    Gabarito do monitor: Questão nula.

    Gabarito da banca: Letra C.

  • BANCA LIXO.... PRIMAVERA É SUJEITO (1a FRASE) E OBJETO INDIRETO (2a FRASE)

  • LETRA C, É A MENOS ERRADA.

  • Pesquisei no site da Ibade e parece que não houve pedido de recurso em relação a essa questão.

  • Já estava achando que eu que não tinha aprendido nada. Banca lixo

  • Se na primeira "a Primavera" não for sujeito, eu sou o papa!

    Erro grosseiro, de uma banca comédia!

    Sabe qual é o pior? No dia da prova as pessoas perderem minutos preciosos, para tentar responder uma desgraça de questão dessa!

    Keep going on!

  • acertei a questão, fiquei feliz fui ver os comentários, estou triste kkkkkkkkkk

  • Se primavera é objeto direto, eu sou o neymar

  • Tenham cuidado com os comentários do Arthur Carvalho, pois ele apenas concorda com o gabarito da banca.

    Trata-se de questão manifestamente nula, pois não há resposta.

  • Acertei a questão mas discordo do gabarito. Questão deveria ter sido anulada.

    Tenho muito medo de ter que fazer a prova de Oficial de Justiça do TJRS com essa banca.

  • A. na primeira frase, Primavera é objeto indireto - é sujeito e não ocorre crase.  ERRADO

    B

    na primeira frase, Primavera é adjunto adnominal -é sujeito e, por isso, ocorre crase.  ERRADO

    C

    na primeira frase, Primavera é objeto direto- é sujeito; e na segunda, é adjunto adverbial.  ERRADO

    D

    na primeira frase, “a Deus” é objeto indireto- é ADJUNTO ADNOMINAL e deveria receber acento grave.  ERRADO

    E

    em ambas as ocorrências deveria ser acentuada porque se referem a adjuntos adverbiais.  TOTALMENTE ERRADA