SóProvas


ID
3486877
Banca
SELECON
Órgão
Prefeitura de Boa Vista - RR
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I


A mobilidade da criança


      O que significa a mobilidade para os pequenos habitantes das cidades brasileiras? Para parte deles, o ir e vir está sempre relacionado ao carro. Das janelas dos automóveis, eles enxergam reflexos da cidade, mas não participam dela.

      Para a maior parcela, que se locomove a pé e de transporte coletivo, há insegurança, medo e a certeza de que o pedestre é considerado um intruso, um invasor do espaço. Além de aprender que precisa atravessar a rua correndo porque o tempo do semáforo é insuficiente e o pedestre não é respeitado, a criança brasileira se acostuma a caminhar em calçadas muito estreitas e até em ruas sem a presença delas. As décadas de planejamento urbano focado no carro tornaram as ruas um território de guerra – o fato de que o Brasil é o quarto país do mundo em mortes no trânsito fala por si só. Pesquisadores internacionais há tempos discutem os efeitos da “imobilidade” e da violência no trânsito no desenvolvimento físico, cognitivo, motor e social das crianças. Exercer a independência numa cidade segura é fundamental para o crescimento saudável. Nos países em que as crianças andam de bicicleta e a pé com segurança, como na Holanda e na Dinamarca, por exemplo, os acidentes são praticamente inexistentes e a infância é um período de feliz interação na sociedade.

Sobrepeso e falta de luz solar

      Segundo a urbanista e arquiteta espanhola Irene Quintáns, os urbanistas usam a presença de crianças no espaço público como indicador de sucesso urbano. “A ausência delas nas ruas aponta as falhas das nossas cidades”, ela diz.

      Moradora da capital paulista há sete anos e mãe de dois filhos, Irene acredita que privar os pequenos de caminhar não é positivo. “Uma criança que fica circunscrita à locomoção no carro tende a ficar insegura para se movimentar. Ela também tem mais dificuldade em perceber o outro. Isso se chama empatia e é muito importante para a vida em sociedade. Há ainda a questão do sedentarismo, do sobrepeso e da falta de luz solar. Crianças que caminham para a escola têm mais concentração para desenvolver atividades complexas”.

       Mesmo com todas as dificuldades já citadas, é importante usar o transporte público, caminhar e participar da vida na cidade. Na próxima vez que levar seus filhos à escola, reflita: por que ir de carro? Que tal descobrir a cidade ao lado deles, trocando ideias sobre o que vocês veem? Assim, eles aprendem a ser cidadãos e a viver o coletivo, enquanto exigimos que o poder público priorize a proteção das nossas crianças.

(https://www.metrojornal.com.br/colunistas/2018/10/11/ mobilidade-da-crianca.html)

Uma ideia explicitamente construída sobre o leitor considera que ele:

Alternativas
Comentários
  • ✅ Gabarito: B

    ✓ Moradora da capital paulista há sete anos e mãe de dois filhos, Irene acredita que privar os pequenos de caminhar não é positivo. “Uma criança que fica circunscrita à locomoção no carro tende a ficar insegura para se movimentar. Ela também tem mais dificuldade em perceber o outro. Isso se chama empatia e é muito importante para a vida em sociedade. Há ainda a questão do sedentarismo, do sobrepeso e da falta de luz solar. Crianças que caminham para a escola têm mais concentração para desenvolver atividades complexas”.

    ➥ Ou seja, mesmo sendo perigoso, as pessoas transitam com as crianças pela cidade.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Mesmo com todas as dificuldades já citadas, é importante usar o transporte público, caminhar e participar da vida na cidade. Na próxima vez que levar seus filhos à escola, reflita: por que ir de carro? Que tal descobrir a cidade ao lado deles, trocando ideias sobre o que vocês veem? 

    B transita com crianças pela cidade

  • mesmo com todos as dificuldades já citadas, é importante usar transporte público, caminhar e participar da vida na cidade. Na próxima vez que levar seus filhos à escola, reflita: por que ir de carro? Que tal descobrir a cidade ao lado deles, trocando ideias sobre o que vocês veem? Assim, eles aprendem a ser cidadãos e a viver o coletivo, enquanto exigimos que o poder público priorize a proteção das nossas crianças.

  • leitor ou autor?

  • Gente pelo amor de Deus, só eu estou entendendo assim?

    Uma ideia explicitamente construída sobre o leitor considera que ele.

    QUEM ESTÁ LENDO ESSE TEXTO? Eu, você, nós estamos lendo ...

    A única parte do texto que vejo a autora nos indagando é: INJUNTIVA

    Na próxima vez que levar seus filhos à escola, reflita: por que ir de carro? Que tal descobrir a cidade ao lado deles, trocando ideias sobre o que vocês veem? Assim, eles aprendem a ser cidadãos e a viver o coletivo, enquanto exigimos que o poder público priorize a proteção das nossas crianças.

    Presume então que andamos mais de carro, se andamos mais de carro somos individualistas. Afinal, a autora deixa claro que nossos filhos só vão aprender a ser cidadãos e a viver O COLETIVO se andarem de ônibus.

    Então a única ideia de forma explicita que construo sobre o leitor é a letra d:

    defende valores do individualismo. Até porque a autora fala para largarmos os carros para andarmos de ônibus e ensinarmos aos nossos filhos o coletivo.

    Que questão maluca .. HELP!

  • Vi de forma diferente como autor do texto vê o leitor. Ao contrario do que é proposto, o leitor é visto como alguém que DEVA permitir que as crianças andem nas ruas, que vá para a escola a pé... A ideia explicita não é que ele TRANSITA e sim que ele TRANSITE. Que é totalmente diferente.

  • Não concordo com o gabarito, uma vez que não ficou demonstrado no texto que o AUTOR transita com as crianças na rua, e sim, que ele incentiva o LEITOR a transitar com as crianças elas aprendam a ser cidadãos e a viver o coletivo. Banca estranha! Além de tudo, eles erraram no enunciado, no lugar de "autor" colocaram "leitor".

  • Entenda a cabeça do cara que elabora as questões, essa é a dica. Dificilmente erro uma, quando comecei a usar esse método.