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Pessoal, vocês concordam com esse gabarito? Nada a ver essa resposta. Eu marquei a letra B. Alguém tem alguma outra sugestão?
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Sem dúvidas!
O gabarito deveria ser a letra B. Até porque, o grande responsável pela reforma administrativa no Estado Brasileiro, Bresser Pereira, dizia que a barreira cultural era a mais difícil de ser tranposta, tendo em vista os novos modelos de administração gerencial que queria inserir no setor público do país em face à administração burocrática.
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Só pra confirmar que o gabarito (letra 'C') tá correto pessoal. É uma parte do texto disponível em: http://www.fe.unb.br/linhascriticas/linhascriticas/n27/reestruturacao.html
Ok, e bons estudos.
Pimenta (1998), secretário de Logística e Projetos Especiais do Mare, afirma que a reforma teve como princípio fundamental a questão da autonomia, pois, a partir dela, as tendências autoritárias da burocracia desapareceriam. Quanto às características dessa reforma, esse autor destaca que ela teria três dimensões:
[...] a institucional-legal, a cultural e a dimensão-gestão. A dimensão institucional-legal é composta pelas mudanças necessárias no arcabouço normativo e legal da administração pública; a cultural é baseada na mudança de valores burocráticos para gerenciais; e a dimensão-gestão coloca em prática as novas idéias gerenciais e oferece à sociedade um serviço público efetivamente mais barato, mais bem controlado e com a melhor qualidade” (grifos do autor) (PIMENTA, 1998, p. 188).
Sobre essas dimensões, o Ministro do Mare considerava que a mais difícil de ser implantada era a dimensão referente à gestão, pois, para consolidá-la, teria que se colocar em prática os ideais do gerencialismo e, ao mesmo tempo, oferecer os serviços públicos com melhor qualidade, menor custo e de forma controlada.
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Jurava que era CULTURAL.
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Letra C.
Comentário:
As dimensões do plano gerencial na administração brasileira são identificadas como:
Dimensão institucional-legal: relacionada aos obstáculos de ordem legal para o alcance de uma maior eficiência do
aparelho do Estado. Questões como regime jurídico dos servidores, regras de licitação, estabilidade absoluta dos
servidores, etc., se encontram nessa dimensão.
Dimensão cultural: definida pela coexistência de valores patrimonialistas e principalmente burocráticos com novos
valores gerenciais e modernos na administração pública brasileira. Deveria haver uma mudança cultural para que os
princípios da administração pública gerencial fossem completamente aceitos e a visão patrimonialista fosse completamente
rejeitada.
Dimensão gerencial (ou dimensão-gestão): é uma dimensão associada às práticas administrativas. Diz respeito a
“como fazer” na administração pública. A boa gestão é aquela que define claramente os objetivos, recruta as melhores
pessoas por meio de concurso público ou processos seletivos, treina permanentemente os funcionários, desenvolve sistemas
de medição com múltiplas abordagens e cobra os resultados.
Considera-se que houve sucesso nas dimensões institucional e cultural, mas a dimensão gerencial (ou gestão) não
obteve o sucesso desejado, sendo o grande desafio para o modelo gerencial, inclusive para a questão das agências
autônomas e organizações sociais – conforme pedido pela questão.
GABARITO: C.
Prof. Carlos Xavier
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UAHAHAHAH e eu pensando que o CESPE era a banca mestra em respostas subjetivas e IMBECIS. Mas no fundo é bem isso mesmo, todas as bancas tentam copiar esse estilo demente do CESPE ao elaborar as questões.
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O objetivo da Reforma da Gestão Pública de 1995 é contribuir para a formação no Brasil de um aparelho de Estado forte e eficiente. Ela compreende três dimensões:
a) uma dimensão institucional-legal, voltada à descentralização da estrutura organizacional do aparelho do Estado através da criação de novos formatos organizacionais, como as agências executivas, regulatórias, e as organizações sociais;
b) uma dimensão gestão, definida pela maior autonomia e a introdução de três novas formas de responsabilização dos gestores – a administração por resultados, a competição administrada por excelência, e o controle social – em substituição parcial dos regulamentos rígidos, da supervisão e da auditoria, que caracterizam a administração burocrática; e
c) uma dimensão cultural, de mudança de mentalidade, visando passar da desconfiança generalizada que caracteriza a administração burocrática para uma confiança maior, ainda que limitada, própria da administração gerencial.
(Fonte: site do Bresser-Pereira)
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25 % de acertos e nada de comentário de professor. qc está uma vergonha
os colegas trazem a referência de Bresser Pereira dizendo que a barreira cultural era a mais difícil de ser transposta, a própria psicologia organizacional enfatiza a dificuldade em realizar mudanças organizacionais devido a cultura organizacional enraizada em seus próprios valores.