Na análise de IANNI, (1992, p.88) durante a vigência do regime de trabalho escravo, é evidente que já havia uma questão social. “O escravo era expropriado no produto do seu trabalho e na sua pessoa. Nem sequer podia dispor de si. [...] A questão social estava posta de modo aberto, transparente.” Mas é “com a abolição, com a emergência do regime de trabalho livre e toda a sequência de lutas por condições melhores de vida e trabalho”, que o social se põe em questão.
Também Iamamoto (1991,p.127), discorre que o aparecimento da questão social, sobretudo no Brasil, “diz respeito diretamente à generalização do trabalho livre numa sociedade em que a escravidão marca profundamente seu passado recente.”