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ID
3730495
Banca
MetroCapital Soluções
Órgão
Prefeitura de Conchas - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

No que se refere ao regime jurídico dos bens públicos, analise os itens a seguir e, ao final, assinale a alternativa correta:


I – É possível que a Administração Pública adquira bem imóvel por usucapião.

II – A alienação de bem público imóvel municipal depende de autorização legislativa.

III – Os Municípios não constam da vocação hereditária de aquisição de propriedade, caso o antigo proprietário faleça sem que sobreviva qualquer herdeiro.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D

    I - Os bens públicos NÃO ESTÃO sujeitos a usucapião segundo o CC. Porém, a administração pública poderá utilizar-se do instituto da Usucapião para usucapir bens privados.

    II - Lei 8666 - Art. 17.  A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:

    I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes casos:

    III - CC - Art. 1.822. A declaração de vacância da herança não prejudicará os herdeiros que legalmente se habilitarem; mas, decorridos cinco anos da abertura da sucessão, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União quando situados em território federal.

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  • O item III ficou estranho, mas me pareceu correto. A ordem de vocação hereditária, constante no CC/02, é a seguinte:

    Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:

    I — aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;

    II — aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;

    III — ao cônjuge sobrevivente;

    IV — aos colaterais.

    Os Municípios, de fato, não constam da vocação hereditária de aquisição de propriedade, eles adquirem o bem se não sobrevir herdeiro por herança vacante e não por estarem no rol da vocação hereditária.

    Enfim, quem puder explicar melhor rsrs

  • *A administração pode adquirir bens através de usucapião.

    *Os bens públicos não pode ser usucapidos. (imprescritibilidade)

  • Analisemos as assertivas:

    I- Certo:

    Nada impede a aquisição, pela Administração Pública, de bens imóveis, por meio da usucapião. O contrário é que não é viável, ou seja, particulares adquirirem bens públicos através desta técnica de aquisição originária da propriedade, o que encontra vedação expressa em nosso ordenamento jurídico (CRFB, art. 183, §3º e art. 191, parágrafo único c/c CC, art. 102).

    II- Certo:

    Em se tratando de alienação de bem público municipal, faz-se necessária, de fato, a autorização legislativa, consoante norma contida no art. 17, I, da Lei 8.666/93, in verbis:

    "Art. 17.  A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:

    I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes casos:"

    III- Errado:

    Trata-se de assertiva que contraria a norma do art. 1822 do CC/2002, na linha da qual percebe-se que os bens vagos (sem herdeiros) podem, sim, ser destinados aos municípios, quando se situarem nas respectivas circunscrições. No ponto, confira-se:

    "Art. 1.822. A declaração de vacância da herança não prejudicará os herdeiros que legalmente se habilitarem; mas, decorridos cinco anos da abertura da sucessão, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União quando situados em território federal."

    Do exposto, apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.


    Gabarito do professor: D

  • Curti a banca...não conhecia.

  • Gabrito duvidoso, a III está correta.

    Gabarito deveria ser letra E (minha opinião).

    - não sobrevivendo cônjuge, ou companheiro, nem parente algum sucessível, ou tendo eles renunciado a herança, esta se devolve ao Município ou ao Distrito Federal, se localizada nas respectivas circunscrições, ou à União, quando situada em território federal (art. 1.844).

    - a vacância não lega ao Estado a condição de herdeiro, mas apenas de depositário de bens vagos cuja jacência se estabelecera previamente. O Estado recolhe a herança, mas não tem a saisine, isto é, não consta na ordem de vocação hereditária. Só com a sentença de vacância é que os bens se incorporam ao Poder Público. Não tendo o estado jurídico de herdeiro, não lhe é dado repudiar a herança. O Poder Público pode, contudo, ser instituído legatário ou herdeiro testamentário, mas não é essa a situação ora tratada. - enquanto aquele com vocação hereditária adquire automaticamente a partir da abertura da sucessão (saisine), o Estado não adquire automaticamente, necessário proferir sentença judicial que declarar a herança vacante.

  • Foi pensando assim que que marquei a "E" e errei

    a Fazenda Pública constava no rol de vocação hereditária apenas no art. 1.603 do CC/1.916

    Art. 1.603. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:         

    I - Aos descendentes.

    II - Aos ascendentes.

    III - Ao cônjuge sobrevivente.

    IV - Aos colaterais.

    V - Aos Estados, ao Distrito Federal ou a União.

    V - aos Municípios, ao Distrito Federal ou à União

    No entanto, com o CC/02 a Fazenda foi excluída do rol (art. 1.829)

  • As pessoas jurídicas de direito público podem adquirir bens por usucapião, questões pra revisar> Q1195877 Q1037883.