De acordo com Braga e Pegarão (2020), apesar desse redirecionamento financeiro ocorrido a partir dos anos 1990 e do crescente número de serviços comunitários em funcionamento, a internação, quando necessária, é realizada preferencialmente em Hospitais Gerais (Brasil, 2015; citado por Braga e Pegarão 2020). A indicação para a internação ocorre quando há riscos potenciais quanto à integridade física para a pessoa em sofrimento e para o seu ciclo social mais próximo, como os familiares (Mello e Schneider, 2011; citado por Braga e Pegarão 2020). Além disso, espera-se que a internação ocorra, como já destacado, após se esgotarem os recursos comunitários (Brasil, 2001; citado por Braga e Pegarão 2020), ou seja, quando outros serviços falharem na tarefa de melhora da pessoa (Pacheco Neto et al., 2003; citado por Braga e Pegarão 2020). Segundo Oliveira (2013; citado por Braga e Pegarão 2020), a internação deve ser o mais breve possível, ocorrendo a alta tão logo ocorra melhora da crise, portanto, é importante que exista diálogo entre equipe e família ao longo do período de internação para que a evolução do usuário seja acompanhada de modo realístico. Neste contexto, por conseguinte, a família se torna essencial para a construção de um plano terapêutico que busque a autonomia e a singularidade do sujeito (Mello e Schneider, 2011; citado por Braga e Pegarão 2020) e deve organizar-se para o cuidado após a alta.
BRAGA, Raissa de Brito; PEGORARO, Renata Fabiana. Internação psiquiátrica: o que as famílias pensam sobre isso?. Rev. Psicol. Saúde, Campo Grande , v. 12, n. 1, p. 61-73, abr. 2020.
GABARITO: A