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ID
3761026
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Farroupilha - RS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I
Redes sociais: riscos e potenciais para a eleição
Para pesquisadores, o Facebook e o WhatsApp devem ter mais ênfase neste pleito, mas é preciso usá-los bem.

      Embora estudiosos das relações entre comunicação e política sejam cautelosos ao projetar o espaço que redes sociais podem ocupar na campanha deste ano, pesquisa do Ideia Big Data, divulgada em maio, aponta que as redes sociais devem influenciar na definição de voto de 43,4% dos eleitores, contra 56,6% que disseram que mídias digitais não terão influência na tomada de decisão. Dentre tantas plataformas, o Facebook e o WhatsApp são apontados por pesquisadores como aquelas que devem ter uso intensificado na campanha de 2018, mas, ao mesmo tempo em que elas podem ser ferramentas úteis para a definição do voto do eleitor, também são terreno fértil para a propagação de Fake News e propaganda negativa na eleição.
    O estudo do Ideia Big Data revela que 59,5% dos entrevistados pretendem acompanhar as publicações dos seus candidatos pelas redes sociais. A plataforma preferida para isso, de acordo com o levantamento, é o Facebook (58,5%), seguida do YouTube (13,2%), do Instagram (11,5%), Twitter (8,9%), WhatsApp (4,8%) e LinkedIn (3,2%). A pesquisa, encomendada pela consultoria Bites, entrevistou 1.482 pessoas no País. A margem de erro, segundo o instituto, é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
        Os dados sinalizam que, como estratégias de campanha, plataformas como o Facebook, o Twitter e o Instagram, além de instrumentos de comunicação como o WhatsApp, podem ganhar mais espaços na disputa de postulantes pelos cargos eletivos que estarão em jogo em outubro próximo, mas pesquisadores defendem, também, que é fundamental que o eleitorado aprenda a fazer um bom uso das redes sociais para que elas possam ser relevantes no processo eleitoral.
         Na avaliação de Jamil Marques, professor do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que desenvolve pesquisas na área de comunicação e política, há dois elementos que apontam para que as redes sociais, às quais ele se refere como redes de comunicação digital, passem a ter espaço cada vez mais relevante nas campanhas e também no comportamento do eleitorado para a definição do voto.
Sociabilidade
      Em um universo de tantas redes sociais, porém, algumas, nas projeções dos pesquisadores, podem ter mais ênfase na campanha de 2018. Jamil Marques acredita que as duas plataformas que mais vão se destacar na disputa eleitoral deste ano são o Facebook, que já teve posição de destaque em pleitos anteriores, e o WhatsApp – embora defina este como um instrumento de comunicação –, que tem, segundo ele, ganhado projeção maior na esfera eleitoral.
    “Essas ferramentas passam a ocupar uma centralidade nas nossas vidas e os candidatos não podem abrir mão de estar lá. Alguns anos atrás, coisa de duas décadas, a gente tinha grandes atores que participavam da comunicação política: os marqueteiros, o jornalismo, os institutos de opinião pública, o Poder Judiciário. Hoje, a gente tem um outro ‘player’, que é justamente o controle das redes sociais”.
     Wilson Gomes, da UFBA, também considera que o WhatsApp deve estar mais em evidência na campanha, pela característica de que o compartilhamento de mensagens instantâneas na plataforma não é “rastreável” como em outras redes sociais, como o Facebook ou o Twitter, nas quais publicações podem ser salvas e ficam disponíveis por mais tempo. Este elemento, aliás, está na centralidade das discussões sobre a propagação de Fake News durante o pleito deste ano.
Alcance
    “O WhatsApp, que é uma rede de publicação de mensagens instantâneas, permite as pessoas utilizarem para tudo, para o bem e para o mal. Estamos reclamando do WhatsApp porque o ambiente político está muito envenenado, polarizado. Se as pessoas estão odiando, elas vão odiar no Twitter, no Facebook, no bar, na reunião...”, opina. Conforme Gomes, as redes sociais, contudo, potencializam a escala do alcance e a velocidade de distribuição de informações. (...) 
     Neste cenário, o professor Jamil Marques afirma que, para o eleitorado, o principal desafio já colocado é aprender a utilizar as redes sociais, de modo que possa se apropriar dos benefícios proporcionados por elas, mas também desviar de problemas que causam ou intensificam. “É muito importante que o eleitor aprenda a característica de uma Fake news e, a partir disso, possa começar a distinguir em qual material e em qual tipo de fonte ele pode confiar ou não”, defende.

http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/politica/redes-sociais-riscos-e-potenciais-para-a-eleicao-1.1963022. Acesso em 30/06/18. 

A vírgula destacada emAlguns anos atrás, coisa de duas décadas, a gente tinha grandes atores que participavam da comunicação política:” foi empregada para:

Alternativas
Comentários
  • ✅ Gabarito: B

    ✓ “Alguns anos atrás, coisa de duas décadas, a gente tinha grandes atores que participavam da comunicação política:” 

    ➥ Temos, em destaque, um adjunto adverbial de tempo deslocado da oração principal.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • lucas .tinti, o enunciado quis saber sobre a parte destacada.

    A vírgula destacada em “Alguns anos atrás, ...

  • Isolar adjunto adverbial de tempo invertido.

  • vulgo Advérbio fora da posição CANÔNICA.

  • FRASE: Alguns anos atrás, coisa de duas décadas, a gente tinha grandes atores que participavam da comunicação política:

    A)  Separar orações coordenadas assindética: Não trata de oração assindética, pois a última oração está separada pela conjunção ´´que``, denotando uma explicação

    Ao separarmos o período, temos 4 orações:

    1º - Alguns anos atrás

    2º - Coisa de duas décadas

    3º Agente tinha grandes atores

    Que participavam da comunicação política

    É importante não confundirmos: oração assindética é aquela desprovia de conectivo (EX: Será uma vida nova, começará hoje, não haverá nada para trás). Enquanto, sintética, é acrescentada conjunção coordenativa (A Grécia Seduzia-o, mas Roma dominava-o).

    B) Isolar adjunto adverbial de tempo invertido: O adjunto adverbial é aquele que denota alguma circunstância do fato expresso pelo verbo, ou intensifica o sentido deste, de um adjetivo ou de um advérbio (EX: Amou-a perdidamente). Dentre a sua classificação temos: DE TEMPO – EX: Todas as manhãs ele sentava-se cedo/ Alguns anos atrás, coisa de duas décadas).

    Em português como nas demais línguas românticas, predomina a ORDEM DIRETA, isto é, os temos da oração dispõem-se preferencialmente na seguência:

    SUJEITO+ VERBO+ OBJETO DIREITO+ OBJETO INDIREITO

    Ou

    SUJEITO + VERBO + PREDICATIVO

    EX: Carlos é gentil

    Contudo, em algumas situações é possível haja a inversão, alterando a sequência lógica.

    EX: Alguns anos atrás, Fulano era um cara engraçado.

    C)  Separar oração principal da subordinada. Errado, oração principal é aquela que não exerce nenhuma função sintática em outra oração do período.

    D)  Separar oração coordenada assindética da sindética: Errado, ao analisarmos os período, vimos que oração sindética é último período, demonstrado pela conjunção ´´que.

    E)  Errado: termo explicativo é última oração. 

  • Gab. B

    TOME MUITO CUIDADO, a banca quer que você responda a questão com base na virgula do seguinte trecho:

    Alguns anos atrás,

    O que vier após esse trecho não importa.

    Errei por falta de atenção!

  • questaozinha complicada

  • eu acertei a questão , mas não entendi esse invertido que foi colocado no enunciado.

  • A banca IDIB esqueceu de colocar a vírgula na alternativa correta...por isso estão questionando sobre a ambiguidade do termo "invertido".

    Deveria ser, no mínimo, "Isolar adjunto adverbial de tempo, invertido."

  • LETRA B).

    Complementando, a alternativa E) estaria correta caso o trecho pedido pelo enunciado fosse: "(...)coisa de duas décadas(...)", pois estaria explicando o adjunto adverbial de tempo "Alguns anos atrás...".

  • O linguajar dessa banca é completamente incomum.