INSTRUÇÃO: Para responder a questão, ler os textos que seguem.
TEXTO A
“No aeroporto, canso de esperar. Um cidadão grisalho explica a um funcionário que as suas duas malas contêm
vestidos para senhora. Trinta vestidos. Ante o espanto do outro, ele declara a meia voz: ‘Eu também acho muito, mas
vá convencer a minha mulher do contrário...’ Uma inglesa de dois metros de altura trata de liberar dois cãezinhos foxterrier. Seus sapatos de bico fino estão encarregados de comprimir dois formosos pés quarenta e quatro. Por fim,
subo a escada de bordo, procuro a poltrona nº 12, ajeito a bagagem de mão, ato o cinto, reclino um pouco mais a
poltrona.
As pessoas que ficaram no aeroporto viram o avião correr na pista de cimento, decolar, subir mais e mais e desaparecer nos céus claros daquela bela manhã carioca.”
TEXTO B
“Quando o avião aterrissou, sacudindo com guizos os metais e os vidros de bordo, Plínio vinha dormitando. Camilo
de um lado e Joan do outro amparavam o seu corpo para que se mantivesse em posição vertical. Avisada, a companhia mandara para junto da escada uma cadeira de rodas e destacara alguns dos seus homens para conduzirem o
doente escada abaixo. (...) foram os primeiros a saírem da sala de espera das bagagens: entregaram os talões das
malas para dois carregadores, foram para a frente do aeroporto onde um vento de primavera aliviava o calor que
haviam sentido a bordo.”
Nos fragmentos acima, retirados, respectivamente, das obras As muralhas de Jericó e Camilo Mortágua, de Josué
Guimarães, o narrador refere-se às condições de viagem, usando pontos de vista diferenciados. O primeiro fragmento diz respeito à partida do viajante e é narrado em _________ pessoa; o segundo, ao momento de chegada e é
narrado em _________ pessoa. Em ambas as narrativas, o narrador apela para as sensações das personagens,
fazendo referência às condições _________ para expressá-las melhor.