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Caso contrário, não continuem, pois a leitura obrigatória é uma coisa tão absurda quanto a felicidade obrigatória.
O conectivo pois é uma conjunção coordenativa explicativa, que introduz uma oração coordenativa explicativa.
GABARITO. C
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✅ Gabarito: C
✓ Caso contrário, não continuem, pois a leitura obrigatória é uma coisa tão absurda quanto a felicidade obrigatória. (4º parágrafo)
➥ Temos, em destaque, uma conjunção coordenativa explicativa. Será conclsuivo quando vier entre vírgulas, depois do verbo ou no fim da frase. Será uma conjunção subordinativa causal, quando equivaler a JAQUE (= já que= causa).
➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!
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POIS -> antes do verbo: explicativa.
POIS -> depois do verbo: conclusiva.
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É tosco mas ajuda...
Pois atrais explicais (conjunção explicativa)
Pois depois conclois (conjunção conclusiva)
Atrás e depois do verbo !
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Nesta questão, cobra-se o valor semântico do conectivo “pois" que, como bem
se sabe, tem o seu significado identificado também pela organização da oração coordenada
que integra.
Assim, se anteposto ao verbo e marcado por uma vírgula, poderá ser
naturalmente substituído por um conectivo explicativo, como “porque", por
exemplo. Caso contrário, posposto ao verbo, e isolado por pontuação, poderá ser
substituído por conectivos conclusivos, como “portanto". Vejamos os exemplos
ilustrativos seguintes:
1.
[O boxeador deve estar com problemas pessoais], [pois
não rendeu o suficiente no treino].
2.
[O boxeador deve estar com problemas pessoais]; [não
rendeu, pois, o suficiente no treino].
Em
1, temos um exemplo do “pois explicativo", uma vez que, dentro da oração que
ocupa, ele se posiciona antes do verbo, sendo equivalente a “porque"; já em 2, temos
um “pois conclusivo", já que está depois do verbo e equivale a “portanto".
Aplicando
essa dica ao exemplo presente no enunciado, encontramos um “pois explicativo":
[Caso contrário, não continuem], [pois a leitura obrigatória é uma coisa tão absurda
quanto a felicidade obrigatória].
No interior de sua oração, o conectivo negritado acima está
anteposto ao verbo antecedido por vírgula, podendo ser substituído por “porque".
Essa percepção se confirma quando reconhecemos esse valor de explicação no
contexto em que a oração coordenada explicativa se insere: o escritor Roland Barthes
defende que uma leitura deve provocar prazer, então se o aluno estiver lendo um
texto que não o agrada, o escritor pede para que o estudante não continue,
explicando com base no posicionamento de que a leitura obrigatória é tão
absurda quanto a felicidade obrigatória.
Com
base nessas análises, vejamos as opções seguintes:
A)
finalidade.
ERRADA.
Para que se reconheça o sentido de
finalidade, devemos substituir o termo em análise pelo termo conectivo “para
que", pois este apresenta ideia de alcance de um objetivo ou meta, chamada
gramaticalmente de “finalidade". Não é o que ocorre no exemplo em questão, como
se viu.
B) consequência.
Errada.
A ideia de consequência ou resultado é
obtida por conectivos como “de modo que", “de maneira que", e não pelo conector
“pois", que expressa ideia de explicação. Além disso, a consequência é um
significado próprio de conectivos subordinativos, sendo manifestada pelas
orações subordinadas adverbiais consecutivas, o que não se reflete no período em
análise, composto por orações coordenadas.
C) explicação.
CORRETA.
Como se viu, o “pois" está antes do verbo “ser"
e pode ser substituído por “porque" para explicar o motivo pelo qual os
estudantes, segundo Barthes, devem ler somente o que lhes dá prazer.
D) concessão.
ERRADA.
O valor de concessão reúne duas ideias que
se associam: contrariedade e quebra de expectativa, expressadas por conectivos
como “embora", “mesmo que" e “apesar de", entre outros.
E) condição.
ERRADA.
O valor de condição pressupõe dependência,
pois algo só ocorre se outro também ocorrer, o que se expressa por conectivos
subordinativos adverbiais como “Se" e “caso"
Resposta: C
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GABARITO: LETRA C
COMENTÁRIO DO PROFESSOR
A) finalidade. ERRADA.
Para que se reconheça o sentido de finalidade, devemos substituir o termo em análise pelo termo conectivo “para que", pois este apresenta ideia de alcance de um objetivo ou meta, chamada gramaticalmente de “finalidade". Não é o que ocorre no exemplo em questão, como se viu.
B) consequência. Errada.
A ideia de consequência ou resultado é obtida por conectivos como “de modo que", “de maneira que", e não pelo conector “pois", que expressa ideia de explicação. Além disso, a consequência é um significado próprio de conectivos subordinativos, sendo manifestada pelas orações subordinadas adverbiais consecutivas, o que não se reflete no período em análise, composto por orações coordenadas.
C) explicação. CORRETA.
Como se viu, o “pois" está antes do verbo “ser" e pode ser substituído por “porque" para explicar o motivo pelo qual os estudantes, segundo Barthes, devem ler somente o que lhes dá prazer.
D) concessão. ERRADA.
O valor de concessão reúne duas ideias que se associam: contrariedade e quebra de expectativa, expressadas por conectivos como “embora", “mesmo que" e “apesar de", entre outros.
E) condição. ERRADA.
O valor de condição pressupõe dependência, pois algo só ocorre se outro também ocorrer, o que se expressa por conectivos subordinativos adverbiais como “Se" e “caso"
COMPLEMENTANDO...
Conjunções subordinativas adverbiais - Concessivos (Embora, conquanto, não obstante, ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, por mais que, por pior que, apesar de que, a despeito de, malgrado, em que pese...).
Conjunções coordenativas - Explicativa - (Pois, que, porque, porquanto...)
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GAB: C
>Noção de explicação.
>Para quem tem dificuldade em identificar o sentido explicativo, tente trocar por outra conjunção com o mesmo valor:
Caso contrário, por que não continuar a leitura? Porque a leitura obrigatória é uma coisa tão absurda quanto a felicidade obrigatória
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POIS - antes do verbo: explicativa.
POIS - depois do verbo: conclusiva.
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Famoso PAVE = POIS ANTES DO VERBO EXPLICA