GABARITO: LETRA A
A raiva em morcegos não-hematófagos foi inicialmente relatada na Flórida (EUA), em 1953, quando um menino de 7 anos foi atacado por um morcego insetívoro. Após este fato, inúmeros casos de raiva humana vêm sendo descritos na América do Norte, tendo como fonte de infecção morcegos insetívoros, particularmente Lasionycteris noctivagans e Pipistrelus subflavus . Merece destaque o fato de a maioria dos casos humanos de raiva transmitida por morcegos insetívoros não ter histórico de exposição a estes animais. Casos de raiva humana nos quais foram identificadas variantes próprias de morcegos, sem evidências de mordeduras, também foram relatados em diversos 16 outros países da Europa e do continente americano.
Na América do Sul, pesquisas realizadas no Chile, Argentina e Brasil relatam que os seguintes gêneros/espécies têm maior importância epidemiológica: Tadarida brasiliensis, Myotis sp, Lasiurus sp, Artibeus sp.
À semelhança do que ocorre nos Estados Unidos, em São Paulo, nos últimos cinco anos, o número de casos de raiva em gatos, cuja tipificação antigênica e genética revela variantes de morcegos, é maior do que em cães. As duas variantes principais são Desmodus rotundus (Variante Antigênica 3 AgV3) e do Tadarida brasiliensis (AgV 4).
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FRAGMENTOS RETIRADOS DO ARTIGO: Reservatórios silvestres do vírus da raiva: um desafio para a saúde pública