A questão é sobre divisão silábica e quer que marquemos a alternativa em que existe CORRETA separação de sílabas em todas as palavras. Vejamos:
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A) En – co – me – nda / est – ra – da / es – tei – ra.
Errado. Soletramos "en-co-men-da", "es-tra-da", "es-tei-ra".
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B) Es – tre – ia / cal – ça – men – to / a – bo – rre – ci – do.
Errado. Soletramos "es-trei-a" (não devemos separar o ditongo "ei"), "cal-ça-men-to", "a-bor-re-ci-men-to" (o dígrafo "rr" deve ficar separado).
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C) Os – sa – tu – ra / zu – mbi – do / con – stru – ção.
Errado. Soletramos "os-sa-tu-ra" (o dígrafo "ss" deve ficar separado), "zum-bi-do", "cons-tru-ção".
*** ossatura: conjunto dos ossos dos animais vertebrados; esqueleto.
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D) Ve – ra – nei – o / ob – ser – va – ção / cor – rup – to.
Certo. Soletramos "ve-ra-nei-o" (não devemos separar o ditongo "ei"), "ob-ser-va-ção" (lembrando que o "b" não poderia ficar sozinho, pois toda sílaba precisa ter uma vogal. Nesse caso, a consoante "b" deve se ligar à sílaba anterior), "cor-rup-to" (o dígrafo "rr" deve ficar separado. Lembrando que o "p" não poderia ficar sozinho, pois toda sílaba precisa ter uma vogal. Nesse caso, a consoante "p" deve se ligar à sílaba anterior).
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Para complementar:
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Divisão silábica
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A divisão silábica faz-se pela silabação (soletração), isto é, pronunciando as palavras por sílabas. Na escrita, separam-se as sílabas por meio do hífen: te-sou-ro, di-nhei-ro, con-te-ú-do, ad-mi-tir, guai-ta-cá, sub-le-var.
Regra geral:
- Na escrita, não se separam letras representativas da mesma sílaba.
Regras práticas:
Não se separam letras que representam:
- a) ditongos: cau-le, trei-no, ân-sia, ré-guas, so-cie-da-de, gai-o-la, ba-lei-a, des-mai-a-do, im-bui-a, etc.
- b) tritongos: Pa-ra-guai, quais-quer, sa-guão, sa-guões, a-ve-ri-guou, de-lin-quiu, ra-diou-vin-te, U-ru-guai-a-na, etc.
- c) os dígrafos ch, lh, nh, gu e qu: fa-cha-da, co-lhei-ta, fro-nha, pe-guei, quei-jo, etc.
- d) encontros consonantais inseparáveis: re-cla-mar, re-ple-to, pa-trão, gno-mo, mne-mô-ni-co, a-mné-sia, pneu-mo-ni-a, pseu-dô-ni-mo, psi-có-lo-go, bí-ceps, etc.
Separam-se as letras que representam os hiatos: sa-ú-de, Sa-a-ra, sa-í-da, ca-o-lho, fe-é-ri-co, pre-en-cher, te-a-tro, co-e-lho, zo-o-ló-gi-co, du-e-lo, ví-a-mos, etc.
Contrariamente à regra geral, separam-se, por tradição, na escrita, as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç e xc: guer-ra, sos-se-go, pis-ci-na, des-çam, cres-ço, ex-ce-ção, etc.
Separam-se, obviamente, os encontros consonantais separáveis, obedecendo-se ao princípio da silabação: ab-do-me, ad-je-ti-vo, de-cep-ção, Is-ra-el, sub-ma-ri-no, ad-mi-rar, ap-ti-dão, felds-pa-to, sub-lin-gual, af-ta, e-clip-se, trans-tor-no...
Na divisão silábica, não se levam em conta os elementos mórficos das palavras (prefixos, radicais, sufixos): de-sa-ten-to, di-sen-te-ri-a, tran-sa-tlân-ti-co, su-ben-ten-di-do, su-bes-ti-mar, in-te-rur-ba-no, su-bur-ba-no, bi-sa-vó, hi-dre-lé-tri-ca, etc.
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Referência: CEGALLA, Domingos Pascoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa, 48.ª edição, São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008, página 36.
Gabarito: Letra D