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ID
3919069
Banca
COMPERVE
Órgão
TJ-RN
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O texto abaixo servirá de base para a questão.

 Óculos com luz e joia no rosto são novas armas contra reconhecimento facial

Letícia Naísa

A indústria fashion começa a oferecer produtos para quem não quer ser reconhecido por câmeras de vigilância. Podem ser óculos que emitem luz, joias que confundem o scanner facial ou máscaras que distorcem as feições. A rápida expansão da tecnologia de reconhecimento inspirou a artista polonesa Ewa Nowak a criar máscaras para driblar as autoridades. Feitas de metal, as joias prometem embaralhar os algoritmos e impedir que os rostos sejam reconhecidos por câmeras.

O projeto foi chamado de "Incognito" e consiste em um tipo de óculos que cobre parte da testa e das maçãs do rosto. "Este projeto foi precedido por um estudo de longo prazo sobre forma, tamanho e localização dos elementos da máscara para que ela realmente cumprisse sua tarefa", escreve Nowak em sua página. Segundo ela, a máscara foi testada no algoritmo DeepFace, do Facebook, e passou na prova: seu rosto não foi reconhecido.

Ainda há muito debate e muita pesquisa em torno da eficiência da tecnologia de reconhecimento facial, especialmente com os falsos positivos: a câmera diz que uma pessoa é, na verdade, outra. Especialistas apontam que ainda há muitas falhas em reconhecer rostos fora do padrão de homens brancos. "Se a gente aplica essas tecnologias de maneira errônea e ela indica que o meu rosto é de uma pessoa suspeita, a tendência é que oficiais deem crédito ao equívoco, e abre-se margem a abuso policial, porque tem indício de que você é uma pessoa suspeita e aí pode-se inverter o princípio da inocência, que é fundamental", afirma Joana Varon, diretora executiva da Coding Rights, organização de defesa dos direitos humanos na internet.

A preocupação com o reconhecimento facial tem crescido nos últimos anos, visto que a tecnologia tem sido usada para fins de segurança pública e privada e de marketing. No Brasil, a novidade já chegou. Durante o carnaval deste ano, um homem foi preso depois de ser reconhecido por uma câmera, e a ViaQuatro do metrô paulista foi impedida de usar o reconhecimento facial. O debate sobre a regulamentação da tecnologia está previsto na Lei Geral de Proteção de Dados, que entrará em vigor em agosto de 2020.

Para Pollyana Ferrari, professora da PUC-SP e pesquisadora de mídias sociais, é preciso que os governos regulamentem o uso de nossas "pegadas digitais", sejam likes, compras, navegação ou biometria. "Os riscos da tecnologia são os usos não declarados; na maior pa rte das vezes, não sabemos o que será feito da nossa biometria", diz. "Cada vez a driblamos menos", afirma.

Quanto à eficiência do Incognito, as especialistas ainda são céticas, mas Varon reconhece que há uma tendência na tentativa de hackear o sistema de vigilância da tecnologia de reconhecimento facial. O próprio "Incognito" foi inspirado em um projeto japonês que criou óculos com luzes que impedem a tecnologia de reconhecer rostos. Em Hong Kong, durante a onda de protestos na China, os jovens usaram máscaras, lenços e lasers para enganar as câmeras. 

Para Varon, a via legislativa e moratórias para uso da tecnologia são vias eficientes. Nos Estados Unidos, algumas cidades já baniram o uso de reconhecimento facial na segurança e impediram empresas que desenvolvem softwares de venderem para esse fim. "O que funciona é ter uma visão crítica e ampliar o debate sobre quão nocivo pode ser o uso dessa tecnologia, seja por discriminação de pessoas, seja por coleta abusiva de expressões faciais, sentimentos, humores, visando manipular mentes, e o debate sobre o guardo e o compartilhamento desses dados, que são extremamente sensíveis", afirma. 

Para Ferrari, o projeto enquanto artístico é válido. "O papel da arte sempre foi nos tirar da zona de conforto. Então, esse movimento que se declara contra a vigilância governamental e corporativa, com joias, óculos de LED e máscaras, é bem oportuno, pois nos alerta para algo que já nos afeta diariamente", opina. 


Disponível em: https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2019/10/30/artista -cria-mascara-anti-reconhecimento-facial.htm. Acesso em: 27 jan. 2020. [Adaptado]

Para responder às questão, considere o excerto transcrito abaixo.

A preocupação com o reconhecimento facial tem crescido nos últimos anos, visto que a tecnologia tem sido usada para fins de segurança pública e privada e de marketing. No Brasil, a novidade já chegou. Durante o carnaval deste ano, um homem foi preso depois de ser reconhecido por uma câmera, e a ViaQuatro do metrô paulista foi impedida de usar o reconhecimento facial. O debate sobre a regulamentação da tecnologia está previsto na Lei Geral de Proteção de Dados, que entrará em vigor em agosto de 2020.


O último período do excerto é composto po

Alternativas
Comentários
  • ✅ Gabarito: B

    ✓ [...] O debate sobre a regulamentação da tecnologia está previsto na Lei Geral de Proteção de Dados, que entrará em vigor em agosto de 2020.

    ➥ DUAS ORAÇÕES. Oração principal + oração subordinada substantiva adjetiva explicativa (entre pontuação)= período composto por subordinação.

    EXPLICATIVA (=ENTRE PONTUAÇÃO);

    RESTRITIVA (=SEM PONTUAÇÃO).

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Corrigindo,

    Gabarito: A

  • o debate sobre a regulamentação da tecnologia está previsto na Lei Geral de Proteção de Dados, que entrará em vigor em agosto de 2020. Podemos ver que o "que" é um pronome relativo que retorna "A Lei Geral de Proteção de Dados" e liga as duas orações. Logo um pronome relativo é característica de uma oração subordinada adjetiva, e nesse caso como possui a vírgula é explicativa.
  • De saída, convém citar:

    → em se tratando de quantidade de oração, volte o interesse para os verbos e/ou locuções verbais, visto que o número deles será correspondente ao de orações;

    → para saber o tipo de relação que se estabelece, leia e procure identificar se há sentido ou não nas estruturas. Se houver, trata-se de oração independente, ou seja, coordenada ou principal; se não houver, de oração dependente, isto é, subordinada.

    Este é o fragmento a ser inspecionado:

    "O debate sobre a regulamentação da tecnologia está previsto na Lei Geral de Proteção de Dados, que entrará em vigor em agosto de 2020."

    Em negrito, dois verbos. Ora, se há dois verbos, há duas orações. Perceba que a primeira delas (toda a estrutura anterior à vírgula) se classifica em oração principal da qual a segunda é dependente; em contrapartida, esta última, introduzida por um pronome relativo (que) é subordinada à primeira. Precisamente, trata-se de uma oração subordinada adjetiva explicativa (há vírgula).

    Letra A

  • RESSALVA NO COMENTÁRIO DE ARTHUR...

    Só pra dizer que é Oração Subordinada Adjetiva Explicativa (acho que ele acrescentou "Substantiva" sem querer).

  • Obrigada Sr. Shelking, muito esclarecedor.

  • Analisando o último período, encontramos 2 orações (2 verbos), sendo uma subordinada e outra coordenada.

    Pelo meu entendimento, as alternativas A e B estão corretas.

    Se alguém puder me ajudar, agradeço.

    Bons estudos!!

  • O debate sobre a regulamentação da tecnologia está previsto na Lei Geral de Proteção de Dados, que entrará em vigor em agosto de 2020.

  • Até nos comentários há divergências entre ser a letra A e ser a letra B. Questão deveria ter sido anulada.

  • Quem concorda com o gabarito pode me explicar por que a letra B está errada, por favor?

  • O debate sobre a regulamentação da tecnologia está previsto na Lei Geral de Proteção de Dados, que entrará em vigor em agosto de 2020.

    nesse período há duas orações, são elas:

    Oração Principal: O debate sobre a regulamentação da tecnologia está previsto na Lei Geral de Proteção de Dados;

    Oração Subordinada Adjetiva Explicativa: que entrará em vigor em agosto de 2020.

    A alternativa B está errada, porque não há oração coordenada, não ocorre independência sintática, ou seja, não há relação sintática entre as orações.

    As orações coordenadas podem ser sindéticas que são ligadas por conectivos (aditivos, alternativos, adversativos, conclusivos e explicativos) e assindéticas sem os conectivos.

  • se pedir exoneração não volta perde o vínculo com o antigo cargo

  • ainda não entendi se não é uma subordinada e uma coordenada. E neste caso letra A e B.
  • Na minha opinião há dois gabaritos (A & B).

    Ora, se há duas orações então uma é coordenada(antes da vírgula) e a outra subordinada (depois da vírgula e iniciada pelo 'QUE')

    Logo, tanto A quanto B estariam corretas.

    Corrijam-me se eu estiver errado.

  • Minha dúvida: na frase eu vejo mais de dois verbos, pq ela nao é dividida em mais orações?

    Perdoem minha ignorância

  • Questão horrível!

  • Qual a classificação da primeira oração "O debate sobre a regulamentação da tecnologia está previsto na Lei Geral de Proteção de Dados"?