SóProvas


ID
3968521
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Itatiaiuçu - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A fantástica arte de ignorar os brinquedos

dos filhos espalhados pela casa


Se você é daqueles pais que conseguem fazer com que seus filhos guardem todos os brinquedos depois de usar e que não espalhem bonecas, playmobils, spiners e afins pela casa, pode parar de ler este texto agora. Você, ser evoluído, não precisa presenciar essa discussão mundana. Agora, se você é daqueles que passa mais tempo implorando para que seus filhos sejam organizados do que vendo eles organizarem de fato alguma coisa, dê cá um abraço!

Já pisou em pecinha de lego? Sonhou que estava dando a coleção de Hot Wheels para o carroceiro? Se deparou com uma legião de bonecas no box do banheiro? Tenho um segredo pra dividir com vocês. Se chama a arte de ignorar brinquedos. É preciso um tanto de meditação, bom humor, muita cabeça erguida — pra ver só o que está a mais de um metro do chão — e, às vezes, um drink. Mas superfunciona!

No começo é difícil, a gente perde a cabeça e acaba guardando tudo num ato desesperado. Respire e volte a contar, na mesma filosofia do AA, há quantos dias você está sem tocar em brinquedos. Repare que, depois de um tempo, você só verá as paradas quando não estiver muito bem (aqueles dias em que a comida fica ruim, ninguém responde suas mensagens e nenhuma roupa fica boa, sabe?). O que recomendo nestes momentos é: não coloque as mãos nos brinquedos. Afaste o que dá delicadamente com os pés, junte tudo num canto, mas não organize. E, de preferência, arrume um programa fora de casa para mudar o visual.

Em pouco tempo você não vai mais ter esse problema, porque não enxergará nem o Hulk gigante ou o pogobol trambolhosamente nostálgico. Quando esse dia chegar, estabeleça trilhas por onde você anda e avise as crianças que, como você não enxerga brinquedos, o que estiver no caminho corre sérios riscos de colisão. Eles têm medo disso. E assim, deixam a passagem livre para que a circulação aconteça sem grandes traumas.

Agora, cá entre nós: é no primeiro “creck” que a mágica acontece. Quando, totalmente sem querer, você quebra o espelhinho da penteadeira da Barbie (não por maldade, mas porque você não vê Barbies) que as crianças começam a guardar os brinquedos. Algumas lágrimas vão rolar e você vai ser chamado de pior mãe ou pai do mundo, mas quem nunca teve que lidar com agressão gratuita que atire o primeiro blog. A vida segue. Os brinquedos (e blogs) também.

BOCK, Lia. A fantástica arte de ignorar os brinquedos dos filhos espalhados pela casa. Blogsfera. UOL. Disponível em:<https://goo.gl/NMrkan> . Acesso em: 17 ago. 2017 (Fragmento adaptado)

Assinale a alternativa em que o termo ou locução destacado não está corretamente classificado entre colchetes.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO -D

    “[...] porque não enxergará nem o Hulk gigante ou o pogobol trambolhosamente nostálgico.” [OBJETO INDIRETO]

    Não enxergará / algo = Hulk gigante ( Objeto direto)

    ----------------------------------------------------------------------------------

    Bons estudos!

  • Só eu acho que as alternativas b c d estão incorretas ?

  • Nesta questão, que trata de análise sintática, ou seja, a função de palavras ou segmentos dentro da estrutura, demanda a reconhecimento do que é objeto direto e indireto. Ambos são complementos verbais de VTD, VTI e VTDI — nestes dois últimos casos, normalmente há preposição:

    VTD: Verbo Transitivo Direto

    VTI: Verbo Transitivo Indireto

    VTDI: Verbo Transitivo Direto e Indireto

    Objeto direto

    a) Pedi que fosse embora;

    b) O aluno adquiriu um livro de gramática;

    b) Vamos engabelar os criminosos.

    Objeto indireto

    a) Ansiávamos por conquistas nobres;

    b) Os cartazes se referiam a pautas importantes;

    c) Todos simpatizaram com ele na festa.

    Inspecionemos os itens a seguir:

    a) “[...] não coloque as mãos nos brinquedos.” [OBJETO DIRETO]

    Correto. Consoante Celso Pedro Luft, em Dicionário Prático de Regência Verbal, p.124, o verbo "colocar" é VTDI na acepção em tela: "mãos" é o núcleo do objeto direto, ao passo que "brinquedos", o núcleo do objeto indireto;

    b) “[...] se você é daqueles que passa mais tempo implorando para que seus filhos sejam organizados do que vendo eles organizarem de fato alguma coisa [...]” [OBJETO DIRETO]

    Correto, embora seja preciso registrar um erro. A presença da locução conjuntiva subordinativa final "para que" é inoportuna, tendo em vista inexistir oração subordinada adverbial final. Ora, isso fica muito claro se observado o verbo "implorar". Este reclama um objeto direto (corretamente apontado como "seus filhos") introduzido por conjunção integrante "que". A frase correta dá-se nestes moldes: "[...] se você é daqueles que passa mais tempo implorando que seus filhos [...]". Quando a oração é de fato subordinativa adverbial final, torna-se impossível retirar a conjunção "para". Veja:

    Comprei essa bolsa para que viajássemosComprei essa bolsa que viajássemos.

    A estrutura carece de lógica, diferente do que acontece nesta alternativa, cuja retirada da conjunção "para" não somente ajusta a estrutura, como também confere o real sentido.

    c) “[...] não coloque as mãos nos brinquedos.” [OBJETO INDIRETO]

    Correto. Consoante Celso Pedro Luft, em Dicionário Prático de Regência Verbal, p.124, o verbo "colocar" é VTDI na acepção em tela: "mãos" é o núcleo do objeto direto, ao passo que "brinquedos", o núcleo do objeto indireto;

    d) “[...] porque não enxergará nem o Hulk gigante ou o pogobol trambolhosamente nostálgico.” [OBJETO INDIRETO]

    Incorreto. "Enxergar" é VTD e requer complemento verbal direto. O segmento "Hulk gigante" é um de seus objetos diretos.

    Letra D

  • Esse gabarito está completamente errado. "B" com certeza está errada, com uma preposição tão óbvia (para que).

  • GABARITO ERRADO!

    b,c e d estão erradas.

  • Fui na mais errada, mas não considerem essa questão pra se avaliar não. Prova de prefeitura é fo*a, as coisas mal destacadas, mesmo que sejam os núcleos dos objetos