SóProvas


ID
3976828
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      A obra de Walter Benjamin e sua teoria crítica da cultura e da modernidade fornecem material importante para o estudo da história, da política, das concepções da infância, linguagem, leitura e escrita. Pensador crítico do seu tempo, aberto a áreas do conhecimento, teorias e abordagens diversas, diz-se de Benjamin que não seria possível convidar para uma mesa de jantar seus principais amigos e interlocutores como Adorno (filósofo da Escola de Frankfurt que contestou com Horkheimer a indústria cultural), Scholem (teólogo, estudioso da mística judaica) Brecht (poeta e teatrólogo marxista) ou os surrealistas (último instantâneo, segundo ele, da inteligência europeia). [...]

    Para Benjamin, cada objeto, fragmento ou insignificância contêm o todo (contêm do verbo conter). A totalidade se revela na singularidade e os estilhaços se compõem em imagens como as de um caleidoscópio. Por essa concepção de conhecimento, muitos teóricos – filósofos, historiadores, escritores, estudiosos da arte, da comunicação e da linguagem – consideram que, além de pensador crítico da modernidade, Benjamin seria precursor da crítica à pós-modernidade.

Sônia Kramer. “Educação a contrapelo”. In: Benjamin pensa a educação. Revista Educação. São Paulo: Segmento, 2008. Adaptado

“... diz-se de Benjamin que não seria possível convidar para uma mesa de jantar seus principais amigos e interlocutores.”. O termo em destaque nesse fragmento é conjunção integrante; na mesma classe gramatical inclui-se o que apresentado em:

Alternativas
Comentários
  • B) Filósofos e historiadores consideram que Benjamin seria precursor da pós-modernidade.

    → O que é uma conjunção que introduz uma oração subordinada substantiva objetiva direta.

    Ficou com dúvida? Troca o que por isso, fez sentido? Provável que será conjunção subordinativa integrante.

    GABARITO. B

  • Que é um pronome relativo quando:

    Substitui um substantivo, evitando a sua repetição;

    Estabelece uma relação com o substantivo que substitui;

    Aparece após o substantivo que substitui;

    Pode ser substituído por o qual, a qual, os quais ou as quais.

    Que é uma conjunção integrante quando:

    Estabelece a ligação de uma oração com outra;

    Introduz uma oração subordinada substantiva, que pode atuar como sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo do sujeito e aposto;

    Pode ser substituído por isto ou isso

  • O enunciado pede para achar uma conjunção integrante.

    A) PRONOME RELATIVO

    B) GABARITO

    C) PRONOME RELATIVO

    D) CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA CONSECUTIVA

    E) CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA CONCESSIVA

  • Sobre as características morfossintáticas da partícula "que", convém registrar duas:

    → Só terá função sintática quando for pronome relativo, ou seja, no resgate de termos anteriormente expressos. Nesses casos, poderá desempenhar as seguintes funções: sujeito, objeto direto, predicativo, objeto indireto, complemento nominal, objeto indireto adjunto adverbial;

    → Se for conjunção integrante, não resgatará termo algum e introduzirá segmentos oracionais, precisamente orações subordinadas substantivas.

    "(...) diz-se de Benjamin que não seria possível convidar para uma mesa de jantar seus principais amigos e interlocutores."

    O "que" acima destacada desempenha o papel de conjunção integrante, isto é, introduz uma oração subordinada substantiva e não exerce função sintática. Inspecionemos os itens abaixo a fim de encontrar a mesma classe:

    a) Adorno, filósofo que contestou a indústria cultural, foi lido por Benjamin.

    Incorreto. É pronome relativo e desempenha função sintática de sujeito;

    b) Filósofos e historiadores consideram que Benjamin seria precursor da pós-modernidade.

    Correto. É conjunção integrante e introduz uma oração subordinada substantiva objetiva direta (função de objeto direto do verbo "considerar");

    c) A totalidade que se revela na singularidade é fundamental para Benjamin.

    Incorreto. É pronome relativo e desempenha função sintática de sujeito;

    d) A obra de Benjamin é tão variada, que possibilita abordagens muito diversas.

    Incorreto. É conjunção subordinativa consecutiva (tão...que);

    e) Por mais que se esforcem, muitos não conseguem compreender Benjamin.

    Incorreto. É conjunção subordinativa concessiva (por mais que...), ou seja, confere à estrutura concessão. Poder-se-ia dar esta redação à estrutura a fim de que se observe a concessão: "Embora se esforcem, muitos não conseguem compreender Benjamin".

    Letra B