Diminuição da complacência pulmonar: os neonatos normais a termo apresentam aumento na complacência pulmonar, na primeira semana de vida. A diminuição da complacência significa que o neonato está necessitando de maiores pressões de insuflação para manter o volume pulmonar, e os neonatos precisam trabalhar mais para ventilar seus pulmões. Este problema aumenta com a deficiência de surfactante e os alvéolos são mantidos a volumes baixos, diminuindo a capacidade residual funcional (CRF), o que é comum ocorrer em diversas patologias neonatais.
Padrão respiratório: o padrão respiratório do neonato, normalmente, é irregular; este fato está diretamente relacionado à imaturidade do recém-nascido.
Frequência respiratória: os neonatos compensam as dificuldades respiratórias aumentando a velocidade em vez da profundidade da ventilação.
Sono: o neonato dorme até 20 horas por dia podendo passar 80% desse tempo em sono de movimento rápido dos olhos (REM), enquanto no adulto apenas 20% do tempo de sono é na fase de sono REM. Durante o sono REM, ocorre grande aumento do trabalho respiratório secundário à diminuição do tônus muscular postural correspondente também à musculatura intercostal, o que faz com que a caixa torácica superior se retraia enquanto o diafragma se contrai. O trabalho respiratório aumenta ainda mais devido à redução de 30% na CRF durante o sono REM.
Diafragma: O diafragma do neonato apresenta uma porcentagem reduzida de fibras musculares do tipo I, vermelhas, correspondendo a aproximadamente 25% comparado com 50% no adulto, sendo estas fibras de contração lenta, resistentes à fadiga e com alto teor de oxidação. No prematuro, as fibras de tipo I podem ser de apenas 10% das fibras musculares do diafragma. Em consequência disto, fica aumentada a suscetibilidade à fadiga da musculatura respiratória.